Capítulo 10

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Shawn


— Gatinha, por favor, vamos nos atrasar! — gritei para Camila, que estava no banheiro.

— Já vou, espera aí. Escutei o som de algo batendo na bancada e pés se arrastando. — Tudo bem, estou pronta. — E Camila entrou na sala de estar. Fiquei boquiaberto ante a visão de suas pernas bronzeadas naquele curto vestido branco.

Examinei cada centímetro de seu corpo, admirando cada curva. Balancei a cabeça e sorri. Juro, Camila parecia um anjo deslumbrante. E eu queria ser o seu diabo.

— Gatinha, você vai provocar um ataque cardíaco no meu avô.

A risada de Taylor ecoou pela sala.

— Por favor, não mate o avô de Shawn, Camila. Não será uma boa primeira impressão.

— Darei o melhor de mim. — Camila piscou. — Até mais tarde, Tay.

Guardei o celular no bolso e peguei a mão de Camila. Ela enlaçou seus dedos nos meus, e a conduzi até a porta.

— Até mais, Taylor. — E abri a porta da frente.

— Tchau. Divirtam-se!

Saindo do apartamento, dei um tapinha no traseiro de Camila. Ela parou e sorriu para mim.

Meu Deus, eu amava aquela garota.

— Você está linda. — Passei os dedos através das ondas castanhas de seus cabelos.

— Obrigada. — Camila tornou a sorrir, e eu a ajudei a embarcar no carro. Olhei para Camila sentada ao meu lado e a percebi preocupada com seus cabelos. Droga. Ela os ondulara, e, no caminho, eles ficariam embaraçados. Devia ter pedido emprestado o Honda de meu avô. — Pegue. — Estendi para ela meu boné de beisebol.

— Para quê?

— Coloque. Vai manter seus cabelos no lugar.

Camila o colocou, mas o boné quase cobriu seus olhos.

— Você tem um cabeção! — ela disse, sorrindo.

Dei a partida, e o motor rugiu.

— Pronta? — perguntei.

— Pronta — Camila respondeu. Acelerei o carro, e o vento começou a despentear meus cabelos. — Você já levou alguma garota para sua casa antes? — A voz de Camila cortou o som do ar e o rugido do motor.

— Você está brincando, não?

— Não.

— Camila, jamais dormi com a mesma garota duas vezes.

— E daí? Isso não significa que você não levou alguma garota para sua casa antes.

Pousei a mão direita sobre seu joelho e acariciei sua pele desnuda com os dedos.

— Você é a primeira. E a última — informei-lhe, com a expressão séria.

Camila sorriu de alegria.

Dirigi durante dez minutos e parei na frente da casa azul e branca de meus avós. O quintal era meticuloso, com arbustos podados alinhados na frente da residência.

— É muito bonita. — Camila tirou o boné.

— Seus cabelos estão perfeitos, gatinha. Vamos. — Peguei o boné da mão dela e o vesti, enfiando os cabelos debaixo dele. Abri a porta do carro e a ajudei a desembarcar, com as mãos repousando em seus quadris e traseiro. — Acho que você está querendo me torturar usando esse vestido.

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