UM ANO DEPOIS...
Eu preparava o jantar, e Shawn caminhava pelo nosso apartamento. Ele acabara de voltar de um jogo fora do estado, e suas coisas estavam espalhadas por todos os cantos da sala de estar.
— Você é um bagunceiro. No mínimo, jogue a roupa suja no banheiro — disse, parada diante do fogão.
— Tudo bem. Vou jogar no banheiro. — Shawn sorriu, revelando as covinhas de suas bochechas.
Naquela mesma noite em que Shawn chegou a Nova York, no ano passado, ele se mudou para o meu apartamento. Não me opus, ainda que sua presença tenha tornado o apartamento ainda menor.
Com dois salários, logo fomos capazes de nos mudar para um apartamento melhor, em Sutton Place, não longe do Central Park, no lado leste da cidade.
A distância até o meu trabalho ficou maior, mas valia a pena viver naquele lugar maravilhoso com ele. Nossa vista abrangia o Upper East Side e, sempre que podíamos, passávamos as noites na varanda.
Shawn considerou um sinal dos céus quando nos ofereceram um apartamento de dois quartos no vigésimo terceiro andar.
"O 23 é o meu número, amor. Temos de ficar com ele!".
E, depois de visitarmos o lugar e admirar as bancadas de granito da cozinha, as utilidades domésticas de aço inoxidável e os banheiros de mármore, tive de concordar. O fato de o condomínio ter uma academia e uma piscina foi apenas um estímulo adicional. Também me sentia segura morando ali, com um porteiro e um zelador vinte e quatro horas na portaria.
Shawn viajava frequentemente com o time, e eu ficava muitas horas fora de casa por causa do trabalho. Assim, a segurança oferecida pelo condomínio nos dava uma oportuna tranquilidade. Sem mencionar o fato de que Shawn era um jogador do Mets agora, o que o tornava uma celebridade em Nova York.
Os torcedores tentaram bisbilhotar nosso canto mais de uma vez.
No último Natal, achamos necessário dar ao nosso porteiro um dinheiro extra por seus esforços.
Gostávamos muito de viver em Manhattan, com uma energia e uma loucura que não existiam no sul da Califórnia. As pessoas também eram completamente diferentes. Para nós, era uma mudança bem-vinda de ritmo, que nos satisfazia por enquanto.
Ao terminar de preparar o jantar, o brilho do diamante em minha mão esquerda me chamou a atenção. Olhei para a pedra com um sorriso.
O diamante esférico de três quilates ocupava quase todo o meu dedo. Era o anel mais bonito que já vi.
Ainda não marcamos uma data para o casamento, por causa do tempo limitado de Shawn entre o término da temporada e os treinos da primavera, além de minhas missões, que pareciam pipocar sem aviso prévio. No entanto, não me importava. Por ora, para mim bastava estar junto de Shawn e saber aonde nosso futuro apontava.
Sobretudo depois de ter vivenciado o tempo que achava que nosso relacionamento estava morto e enterrado, sem chance de ressuscitação. Se conseguimos superar tudo aquilo, tínhamos certeza de que conseguiríamos superar qualquer coisa.
— Já arrumei toda a bagunça. Feliz? — Shawn se pôs atrás de mim, passou os braços ao meu redor e me beijou na nuca.
— Sim. Obrigada. — Virei-me e ele me beijou na boca com muita paixão.
— Estou cansado de esperar que você se torne a senhora Mendes. — Shawn pegou minha mão esquerda e a beijou. — Case-se comigo amanhã.
— Você está louco. — Dei risada.
— Estou falando sério.
— Se eu posso esperar por um casamento real com todos os nossos amigos e familiares, então você também pode.
— Tudo bem. Mas vou começar a dizer para todos que você é minha mulher, independente de ser oficial ou não.
— Você é estranho.
— Você é que é. Que garota consegue esperar para se casar com tanta paciência?
— Uma garota que sabe que casar não mudará nada entre nós. Uma garota que quer compartilhar nosso dia especial com todos que são importantes para nós dois. Eles merecem isso.
— Você tem razão. Então, vamos marcar uma data, ok?
— Ok. — Despejei a água quente e o macarrão no escorredor, e o vapor envolveu o meu rosto.
— Agora. — Shawn se dirigiu até o calendário pendurado na parede.
— Escolha uma data.
— Quem garante que você vai poder?
— Shawn, escolha uma data e eu falarei com meu chefe na segunda-feira. — Coloquei o macarrão e o molho numa tigela.
— Novembro tem o feriado do Dia de Ação de Graças, e dezembro tem o Natal. Acho que teremos de esperar até depois do ano-novo. O que acha de nos casarmos em janeiro?
— Em janeiro faz muito frio.
— Não se casarmos em casa, na Califórnia — ele sugeriu, como se fosse o plano mais óbvio do mundo.
— Sim! — gritei com entusiasmo. — Janeiro parece ótimo. Adoro janeiro.
— Muito bem, gatinha. Então, você se tornará uma Mendes em 12 de janeiro. — Shawn sorriu largo.
— Camila Cabello Mendes. Gostei do som.
— Gatinha Mendes. Gostei ainda mais. — Shawn colocou dois pratos sobre a mesa.
— 12 de janeiro — repeti, observando a expressão de Shawn relaxar com a firmeza de nossa decisão.
Então, sorridente, servi uma porção de macarrão no seu prato.
— Eu amo você. — Shawn enrolou a massa em seu garfo.
— Também amo você.
— Mal posso esperar para ter todo um time de jogadorezinhos de beisebol correndo em volta desta mesa. — Shawn colocou a mão sobre minha coxa e, em seguida, veio para cima, de modo sedutor.
— Devagar, senhor Mendes! — Dei uma palmada em seu ombro.
— Ai! Por favor, gatinha. Vamos começar agora...
— Essa é uma discussão para uma outra ocasião. Por exemplo, depois de nos casarmos.
— Certo. Então, em 13 de janeiro, vamos começar a fazer filhos.
-x-
Essa história é uma TRILOGIA, ou seja, temos mais dois livros vindo aí.
Se são bons? Vamos passar ódio? Não sei... To lendo junto com vocês enquanto adapto.
Mas temos mais um livro vindo logo
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HOME RUN - shawmila
FanfictionQuando Camila fisga o olhar sedutor e insistente de Shawn, o astro do beisebol em ascensão, ela sente o perigo e decide manter distância dele e de sua atitude arrogante. Só que Shawn Mendes tem outras coisas em mente. HOME RUN é a maior pontuação de...