Memórias - Supercorp

Capítulo 21

Haviam se passado dois dias após o incidente com Kara. Lena estava em seu escritório. O dia tinha sido tranquilo, as investigações estavam sendo lentas, Sam ainda não tinha encontrado nenhuma prova, mas eles tinham instalado hoje o novo sistema de alarme e posicionado as novas câmeras, então a Luthor estava confiante de que conseguiriam o pegar em flagrante.

Era quase a hora de ir pra casa e Lena decide ligar para a irmã para marcar uma janta e quem sabe se aproximar mais dela e poder participar um pouco da vida de seu sobrinho ou sobrinha.

Os pesadelos de Lena estavam começando a diminuir, ela não sabia a causa, mas estava se sentindo bem melhor. Sentindo que finalmente a vida estava começando a mudar, a fazer sentido. Ela estava começando a viver.

- Alô?

- Oi, Lacey?

- É ela.

- É Lena falando, tá ocupada?

- Ah, Oi Lena, fico tão feliz que tenha ligado! Não estou ocupada não!

- Queria saber se gostaria de sair pra conversar hoje à noite!?

- Com certeza! Gostaria de vim aqui em casa?

- Não, pensei de jantarmos em algum restaurante aqui por perto.

- Por mim, tá ótimo, me manda o endereço e a hora?

- Mando, te vejo lá.

Ela desliga sem esperar resposta. Ela envia o endereço e horário para a irmã e depois manda uma mensagem pra Kara.

Lena: Vou sair pra jantar com Lacey no restaurante que tem aqui perto. Chegarei mais tarde hoje.

Kara: Certo, eu tô em Alex, vou mais tarde.

Lena: Me avise se quiser que eu te busque, posso passar aí assim que sair do restaurante.

Kara: Vou querer [Emoji envergonhado]

Lena: Posso ver seu rosto corar, linda! Aviso quando estiver perto.

...

Lena entra no restaurante imediatamente sentindo o calor do aquecedor abraçar seu corpo. O frio lá fora estava de matar. Ela senta em uma mesa perto da entrada, vendo que o restaurante está cheio, não teria saco pra procurar uma mesa. Enquanto ela espera, começa a refletir sobre sua vida, como Kelly tinha recomendado.

Decidiu pular sua fase mais triste e focar em quando as coisas começaram a andar. Já nova tinha conquistado muitas coisas que as pessoas mais desejam na vida. Tinha uma vida financeira que já garantia quase o resto da sua vida, mas isso a importância que tantos pensavam, obvio que era importante, ela lutava todo dia pra manter essa vida, lutava todo dia pela empresa e seria mentira dizer que o dinheiro era uma das causas principais pra isso, mas ela sabia que nada disso tinha valor quando os demônios começavam a invadir sua mente.

Nem todo dinheiro do mundo traria a paz que ela tanto alvejava.

Mas, agora sua vida estava mais doida que nunca, se for parar pra pensar. A coisa que ela passou boa parte da vida falando que não queria, agora é seu sorriso de cada dia, a melhor parte de seus dias. Um amor. Ela tinha finalmente encontrado alguém para amar, e se sentir amada. Quão loucura é isso? Ser amada por alguém que ela ama. E quanto mais ela afunda nesse amor, mais perto da superfície se encontra. A cada dia que passa ela sente que a qualquer momento vai sair da água e conseguir respirar o ar que a espera lá em cima.

E ela quer, é tudo que ela quer. Vencer os demônios e ser tão boa pra Kara, como ela é pra si. Ser feliz e compartilhar sua felicidade com ela, transbordar tanto amor que só com a presença dela, Kara perceba o quanto ela a ama. Porque ela realmente ama, ama tanto Kara. Como isso era possível em tão pouco tempo? Ela não se importava em ter a resposta pra essa pergunta.