rehearsal dinner.

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Um jantar de ensaio é uma das tradições entre os noivos. Nada mais é que uma reunião as vésperas do casamento, entre familiares e convidados mais próximos, para acertar os últimos detalhes da cerimônia, como ordem de posição e outras formalidades.

Juliette acordou cedo naquele dia para cuidar da decoração que seguia o estilo do casamento. Uma longa mesa para 28 convidados fora posta no jardim, com louça de porcelana desenhada por detalhes dourados que refletiam a cortina de LED amarela. A iluminação cênica constratava perfeitamente com o céu escuro, deixando um ar intimista na decoração. Era como um cenário de conto de fadas.

Os lugares marcados aproximavam convidados que dividiriam a mesma mesa no dia seguinte. Apesar dos prdidos da noiva para que também aproveitasse o jantar, o lado fotógrafa de Sarah gritou mais alto e decidiu não desperdiçar oportunidade de conseguir lindas fotos com aquele cenário. Por trás dos noivos, captou o momento em que Pocah acariciava a nuca de Ronan enquanto observava a movimentação na mesa em sua frente.

Logo o som da prata chocando-se com o cristal de alguma taça chamou a atenção de todos presentes; era hora do discurso.

— Eu gostaria de dizer algumas palavras. — um jovem homem levantou-se. — Meu nome é Pedro Sampaio e assim como a maioria de vocês, conheço os noivos desde a minha adolescência. Todos nós aqui presentes somos testemunhas do grande amor entre Ronan e Viviane, nós vemos o quanto os dois se amam e o quanto estão lá um pelo outro. Nós sabemos que os últimos meses não foram fáceis, mas o verdadeiro amor floresce naqueles dispostos a enfrentar qualquer provação. Ronan, Vivi... Não sou casado, mas se algum dia eu tiver metade do que vocês dois têm hoje, sefei incrivelmente feliz. — o homem ergueu sua taça de champanhe. — Aos noivos!

O primeiro brinde da noite fora capturado pela loira com uma foto poética. O desfoque das taças erguidas em primeiro plano destava o beijo dos noivos ao fundo.

Sarah observou aquela fotografia por mais tempo que o costume. Quando aceitou o convite de Pocah, estava passando por um momento complicado em sua vida essoal e perdeu a fé em muitas coisas. Por vezes se arrependeu em aceitar, pois o ambiente estupidamente romântico, quase uma utopia literária, desafiava sua mente. Por outro lado, testemunhar todos os dias o companheirismo entre Ronan e Viviane, havia despertado um pensamento diferente nela.

A mulher balançou a cabeça. Pedro estava certo; o verdadeiro amor floresce naqueles dispostos e Lucas não estava disposto.

Não por ela.

E isso apenas dizia sobre ele, mais ninguém. A conversa com Juliette no restaurante também passou rapidamente por sua mente – reduzir o amor à uma tentativa fracassada era tolice! Ronan e Pocah estavam ali em sua frente brindando um dia antes de completarem 10 anos do pedido de namoro. Toda manhã o homem colhia a flor favorita da noiva no jardim e deixava sobre a cama ao seu lado para quando acordasse. Era um amor genuíno, paciente e complacente; era real.

De onde estava, avistou Juliette sentada à mesa. Ela estava certa.

Ao fim, não parecia ser tão impossível como acreditava. Só precisava encontrar alguém que a julgasse valer a pena.

[ ... ]

— Eu te convidaria para entrar se não estivesse tão tarde. — a morena comentou ao alcançar a porta do quarto.

Após o jantar, alguns convidados continuaram festejando. Três padrinhos apareceram com um novo cooler cheio de bebidas e a festa durou no jardim. Sarah e Juliette permaneceram ali, mesmo sem beber, e pareciam ser as únicas sóbrias da festa. Após algumas brincadeiras para substituir a despedida de solteiro que Ronan e Pocah não tiveram, as duas decidiram entrar e deixar que a festa continuasse sem elas. Afinal, teriam que acordar cedo no dia seguinte.

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