Capítulo 12: Duas vezes aquilo:

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Lição do dia: "Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo à longa distância." - (William Shakespeare).

Fase 2 – Ano: 2016:





Josh-





Subo na moto com coração na mão e outras partes do corpo animadas demais para o meu gosto.

Durante o trajeto, me agarro a ele e deixo minha mente voar livre. Tenho milhares de dúvidas atormentando o meu juízo agora.

Eu não devia me render tão fácil, talvez fosse melhor levar tudo com calma e receio, ir mais devagar...

Definitivamente, beija-lo e aceitar ir para o seu apartamento, foi apressado demais... e perigoso.

Aonde eu estava com a cabeça? Qual é o meu problema? Ele é... com aquela voz rouca, o estilo de rockstar e os malditos olhos verdes... sou incapaz de resistir.

Me tornei um idiota que se joga em direção ao abismo, mesmo sabendo que vou cair e me machucar. Por que bad boys são tão envolventes?

Lembro de tudo que passei e o quanto sofri. Cada carta rejeitada, era uma facada diferente. Cada mês sem notícias, era mais insuportável do que o anterior.

Ele levou três anos para me procurar... eu não posso desculpar rápido assim e nem confiar nele de novo... muitas promessas foram ignoradas e vários planos esmagados.

Não muito longe do campus, adentra um condomínio e estaciona em uma das vagas. É prédio de bacana, me sinto intimidado. O que diabos estou fazendo aqui?

Desço calculando rotas de fuga, completamente, desconfortável. Um peixe fora d'água, isso que sou.

Salta da moto, tira o capacete preto e balança os cabelos. Parece gravação de um comercial de perfume... Por que ele tem que ser assim?

Engulo em seco e desvio o olhar. Sorri do jeito convencido de sempre... garoto insuportável.

(Noah) - É por aqui.

Aponta como o queixo e começa a andar. Cogito inventar uma emergência, logo desisto... apesar de me sentir um imbecil por ter concordado em vir, tenho que admitir que estou eufórico com o que pode acontecer entre quatro paredes. Faz um bom tempo que ninguém mexe comigo assim... ou de jeito nenhum.

Convenço a mim mesmo de que é puro tesão e depois de transar, vai passar. Apenas um encontro para sexo, super normal na rotina de jovens universitários como nós.

É isso, sexo casual... com um gatinho... que por acaso, foi meu primeiro amor... primeiro namorado... único, na verdade... Droga! Estou muito ferrado. Como eu posso ser tão inteligente e tão burro ao mesmo tempo?

Fazemos todo o caminho em silêncio, não sei bem o que dizer. O elevador para no sétimo andar, apartamento 72.

Entramos, ele mostra a casa. Apenas o quarto está mobiliado, os demais dos cômodos, praticamente vazios.

(Noah) - Como você pode ver, ainda não terminei de arrumar o ap.

Confirmo. Gostaria de poder me teletransporta agora mesmo.

(Noah) - Quer beber alguma coisa?

(Josh) - Álcool.

Confesso, sem me dar conta. Vai até a cozinha, eu fico em pé no que deve ser uma sala.

Três vezes amor Onde histórias criam vida. Descubra agora