Capítulo 67: Três vezes aeroporto:

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Lição do dia: "Uma coisa aprendi na vida. Quem tem medo da infelicidade nunca chega a ser feliz." - (Mia Couto).

Fase 3 - Outubro/21.





Passagem de tempo / Dia seguinte:





Dia 97 - Sábado:





Noah-





Acordamos às 5:00 a.m, nos vestimos rapidamente e partimos para o aeroporto.

Josh comprou nossas passagens em um voo que vai decolar às 9:00 a.m. Pagou tudo em dinheiro, está se esforçando para não deixar rastros.

Sentamos lado a lado, na sala de espera mais cheia que conseguimos encontrar. Em meio a tanta gente, em um local público tão vigiado, fica mais difícil um capanga surgir abrindo fogo.

Mesmo assim, ele não para de olhar sobre os ombros. Sei que está preocupado e é compreensível, especialmente, após ver os buracos que ficaram na fachada de sua casa.

O clima entre nós também não é dos melhores. Desde que descobriu a verdade, ele se fechou ainda mais. Fica o tempo todo calado, foge de mim, evita me olhar nos olhos.

Vê-lo escapar assim, escorrendo entre meus dedos, é muito desesperador. A distância cresce a cada segundo e não há nada que eu possa fazer a respeito.

Me remexo na cadeira desconfortável. Analiso a volta, quantas pessoas nessa sala estão abandonando suas vidas? Espero que poucas.

O pensamento repentino me enche de remorso. Não acredito que depois de lutar tanto contra essa possibilidade, estou destruindo a vida do homem que amo. Parece que tudo que faço, nunca dá certo, é sempre em vão.

Olho para o teto e faço uma prece silenciosa: Por favor, Deus, destino, seja lá quem comanda tudo, para de me sacanear porque eu não aguento mais.

Retorno ao meu passatempo favorito: olhar para ele e tentar decifrar o enigma que se tornou. Pela postura, fica nítido o quanto está tenso, não é para menos.

Será que secretamente deseja que eu jamais tivesse voltado? Eu desejaria se estivesse no seu lugar. Se não fosse minha aparição, ele provavelmente estaria aqui, aguardando para viajar de lua de mel com a esposa super modelo. Droga! Existem dúzias de motivos para me odiar.

Balanço a cabeça para controlar minha mente. Não posso me submeter a maiores estresses, já não basta essa fuga repentina.

Me encara com a testa franzida. Coloco na lista como sua milésima mania adorável.

(Josh) - Tudo bem?

(Noah) - Tudo.

Minto. Aperta os olhos, deixando claro que não acreditou na resposta.

(Noah) - Só tô nervoso com a mudança. Pode me distrair falando de qualquer outro assunto?

Pensa um pouco. Coça a barba, sorte que esse item já consta na minha lista.

(Josh) - Lembra que comentei por alto sobre um caso que fui convidado a comandar em NY? Tô bem animado com ele, achei super interessante, porém, são circunstâncias tristes, quer ouvir detalhes?

Assinto contente pela distração e principalmente pela forma que sua expressão se suaviza, só de mencionar seu trabalho.

(Josh) - É um caso de assassinato em primeiro grau...

Três vezes amor Onde histórias criam vida. Descubra agora