Capítulo 16: 28 vezes decepção:

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Lição do dia: "Aprende a perceber que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos." - (William Shakespeare).

Fase 2 – Ano: 2016:





Passagem de tempo / Três dias depois:





Josh-





Estava focado em uma petição, até que uma mensagem de texto enviada pelo meu colega de quarto, me tirou o chão.

"Mano, melhor você vir pra cá, seu namorado tá chorando um monte aqui e eu tô de saída, não posso ajudar"

Meu namorado chorando? Ele raramente chora. O que diabos?

Ligo várias vezes para o Noah, todas caem na caixa postal. Tento a sorte com o Lamar para confirmar a veracidade da informação, já pensando que se for uma brincadeira, vou quebrar a cara dele, sem sucesso.

Respiro fundo, tento juntar as peças do quebra-cabeça e dar sentido a situação, mas nada se encaixa.

Deus, espero que ele esteja bem. Precioso vê-lo e saber o que aconteceu.

Falo com a supervisora, peço permissão para me ausentar pelo dia, devido a um problema familiar. Ela autoriza minha saída.

Pego a minha bicicleta e pedalo o mais depressa que consigo, com a mente repleta de preocupação.

Será que algo o fez lembrar da mãe biológica? Esse sempre foi seu ponto mais fraco.

Lembro das crises que tinha no orfanato e o desespero cresce dentro de mim. Forço ainda mais as pernas.

Me distraio por um segundo e sou fechado por um veículo, que por pouco não me atropela. Meu coração vem parar na boca.

Sem tempo para discutir com o motorista ou me estressar, apenas sigo o meu caminho, como se nada tivesse acontecido.

Me recrimino e exijo mais cuidado. Não posso me acidentar agora, não seria bom para ninguém.

Avisto o campus de longe e tento me preparar para o pior. Nunca aprendi a lidar com a dor do meu garoto. Se seu ponto fraco, é a mãe, o meu, é ele.

Deixo a bike na vaga de qualquer jeito, entro apressado, usufruindo do fôlego que me resta.

Minhas panturrilhas queimam após o esforço na pedalada. Meu estômago dói, pelo exercício inesperado. Ainda assim, não me importo, continuo correndo para ele.

Cruzo os corredores aflito, finalmente, alcanço a porta do meu quarto. Giro a maçaneta, ouvindo sons que me trazem recordações dolorosas.

Assim que olho para minha cama, me parto em mil pedaços com o estado deplorável que se encontra.

Me aproximo procurando um motivo para ele ficar assim, encontro vários pendendo de suas mãos.

Droga. Inferno. Porra. Caralho. Isso não podia ter acontecido. Não sei como me explicar.





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Flashback on – (Uma hora antes):





Noah-





Chego no campus e vou direito para o quarto do Josh. Sei que está no estágio e por isso mesmo, decidi ser um namorado atencioso e adiantar a mudança, já que tenho mais tempo sobrando.

Três vezes amor Onde histórias criam vida. Descubra agora