Capítulo 88: Quatro vezes vencemos:

419 45 76
                                    

💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭💭

Lição do dia: "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos." - O Pequeno Príncipe.

Fase 3 - Janeiro/22:





Passagem de tempo / 3 dias depois:





Dia 197 - Terça-feira:





Noah-





Enquanto arrumo minhas roupas no closet, uma caixa vermelha se sobressai e rouba minha atenção.

Por um segundo, esqueço como veio parar aqui, logo em seguida, lembro que a Sabina enviou junto com algumas roupas e coisas que achou importante.

Pego o objeto e perco vários minutos tomando coragem. Faz muito tempo que não coloco meus olhos nessa joia.

Sento na cama, respiro fundo, abro a caixa, encontro um pingente em formato de coração, enfeitando um colar de ouro amarelo.

Deslizo a pequena trava lateral e a foto guardada ali me atinge como um soco no estômago.

Dou de cara com um Noah sorridente, com seus 16 anos, no meio do abraço caloroso de seus pais adotivos.

Uma recordação feita 7 anos atrás. Mais parece 70, ou uma eternidade.

Aquele Noah, era ingênuo e puro.

Aquele Noah, pensava ter sido escolhido por amor.

Aquele Noah, nunca imaginaria que foi parte de um plano sórdido.

Aquele Noah, desconhecia a verdadeira face dos seus adorados pais adotivos.

Aquele Noah, pensava que os monstros da vida real não poderiam mais alcançá-lo.

Aquele Noah, se sentia protegido do mundo.

Aquele Noah, não existe mais...

(Josh) - Amor, o que foi?

A voz dele me desperta do passado. Está sentada ao meu lado.

Nota o que tenho nas mãos.

(Josh) - Que isso?

(Noah) - Minha mãe adotiva me deu.

Posso distinguir a curiosidade no seu rosto. Entrego-lhe para que possa saciar.

Analisa a lembrança com toda atenção, mantendo uma expressão triste.

De repente, fica de pé, levanta o braço e aproxima a joia da luz. Seu semblante muda drasticamente. A tristeza cede lugar a confusão.

(Josh) - Acho que tem alguma coisa aqui. Posso?

Aponta para a foto de três pessoas sorridente que não existem mais. Assinto sem saber direito onde isso vai dar.

Tira o retrato cuidadosamente e embaixo dele, alcança um minúsculo cartão de memória.

Sem palavras, busco meu notebook na escrivaninha, uso um adaptador padrão. Uma senha de 6 dígitos é solicitada antes de acessar o conteúdo.

Tento meu aniversário. Errado. O aniversário da minha mãe adotiva. Errado de novo. O aniversário de casamento deles. Errado pela terceira vez. 

Suspiro irritado e uma ideia me vem à cabeça. Uso a data oficial da minha adoção. Digito os números lentamente:  23 05 13. A tela fica verde. Acesso liberado.

Três vezes amor Onde histórias criam vida. Descubra agora