Três vezes amor

Capítulo 32: Uma vez intervenção:

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Lição do dia: "Existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso" - (William Shakespeare).

Fase 3 – Junho/2021.

Passagem de tempo / Dia seguinte:

Dia 11 - Quinta-feira:

Josh-

Estaciono em frente ao meu antigo prédio, mando uma mensagem avisando para o Noah descer.

Aceno para o segurança que contratei e pelo que me consta, fica plantado no mesmo lugar quase o tempo todo. Esse investimento não é dos melhores.

Aparece, bate na janela para chamar minha atenção. Destravo o carro, ele entra.

(Noah) - Oi.

(Josh) - Oi.

Não nos falamos desde a discussão que tivemos ontem.

(Noah) - O segurança não vai com a gente?

(Josh) - Não. Meus dois armários estão no carro de trás, acho que é o suficiente.

Dou partida, com destino a delegacia.

(Noah) - Pensei que você não quisesse ver minha cara.

Não quero.

(Josh) - Pensou certo.

(Noah) - Então, por que tá aqui?

Boa pergunta.

(Josh) - Tem certos momentos em que não dá pra voltar atrás, esse é um deles. Eu já tô atolado demais pra desistir.

(Noah) - O que isso quer dizer?

(Josh) - Um homem da minha confiança morreu durante esse trabalho. Eu recebi ameaças e posso ter colocado pessoas importantes pra mim em risco. Não tem mais volta. Agora essa merda é pessoal e eu vou até o fim, doa a quem doer.

(Noah) - Quer dizer que não tá fazendo isso por mim?

Tento ler nas entrelinhas da pergunta. Pondero antes de prosseguir.

(Josh) - Não mais... De repente, tem muita coisa em jogo.

Foi o bastante para se aquietar por alguns minutos.

(Noah) - Você vai ter que depor também, já que o Banning era seu funcionário?

(Josh) - Fiz isso ontem, foi bem tranquilo.

(Noah) - Que bom, não quero que se prejudique por minha causa.

Me prejudicar mais? Será que isso é possível?

Engulo a resposta e revolta com grande dificuldade, me calo. Fazemos o restante do trajeto em silêncio.

A visita ao DP se estende por mais de duas horas. Perguntas sendo feitas e refeitas no intuito de encontrar furos na história apresentada.

A situação não é das mais favoráveis para o meu cliente, que já foi listado como pessoa de interesse numa investigação de assassinato em primeiro grau.

Adicionar uma segunda vítima fatal, em um novo inquérito policial em andamento, complica demais a sua defesa.

O carro que explodiu estava em seu nome e posse. Obviamente, isso não é o bastante para uma condenação, mas o coloca no topo da lista de suspeitos.