twelve

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Durante a tarde do dia seguinte, Gojo veio à mansão que você estava "hospedada", com Megumi, que não parava de ficar irritado com qualquer mínima ação das pessoas ao redor. Fushiguro estava fora por enquanto e a única solução que Gojo conseguiu pensar foi em deixar o garoto com você por umas horas.

Mas o albino também estava ocupado com algo, sendo obrigado à entregar Megumi à Sophia que passava no exato instante. A garota olhou sem entender enquanto o homem colocava a criança em seus braços, sem dizer nada.

— S-senhor.. Por que está me entregando o jovem mestre...? – Ela balançava com cuidado um garotinho emburrado.

— Apenas leve ele logo para ver a [Nome]. – Ele esfregou o cabelo, sem paciência.

— M-mas e se o mestre souber?

— Irei falar com os seguranças, só vai logo. – Gojo saiu em busca do segurança chefe daquele local.

Enquanto isso, você não conseguir ficar parada, o relógio de Fushiguro em mãos continuava a fazendo lembrar da noite anterior e você se perguntava o porquê d'ele te dar o objeto. Não fazia o mínimo sentido, você nem ao menos o queria, só achou bonito o modelo.

Em compensação teria algo com o que ganhar bastante dinheiro caso conseguisse voltar para casa. A voz de Sophia a chamou atrás da porta.

— Entre. – Falou num tom audível.

Ao ver Megumi nos braços da garota seus olhos se arregalaram, você levantou em um pulo. O semblante do garotinho se iluminou e Sophia veio colocar ele em cima da cama.

— Soph, por que Megumi está com você, e a essa hora? – Gojo vinha apenas à noite, antes de Fushiguro, fora que fazia alguns dias que eles não vinham, então era estranho.

— Não sei, [Nome]. Senhor Gojo apareceu de repente com ele e me ordenou para trazer até você.

Você voltou para segurar ele, tendo pequenos braços em volta do seu pescoço. Estava feliz por ver ele novamente porém tinha medo de que o pai dele aparecesse sem avisos igual ontem. Sophia os observou curiosa.

— Ele parece apegado à você. – Um sorrisinho bobo cresceu em seus lábios.

—Tem razão, e nem faz tanto tempo que ele me viu pela primeira vez. – Encarando o garotinho, você lembrou que era a chance de tentar saber algo a mais sobre ele. — Soph, sabe o que aconteceu com a mãe de Megumi?

Ela ergueu rapidamente as sobrancelhas e curvou os lábios uma linha reta. Você sabia que a mãe dele havia morrido, porém as reações de Gojo e Sophia eram suspeitas demais, devia ter uma história maior por trás disso.

— Eu não sei muita coisa pois os empregados daqui não tem tanta relação com os acontecimentos da mansão principal.. – Ela deu uma pausa demorada. — Mas ouvi que ela morreu ano passado por causa de algo relacionado ao...trabalho do mestre. 

Você olhou para baixo calada enquanto assimilava as palavras da garota e tentava chegar à uma conclusão. A mãe de Megumi deveria ter sido vítima de algum assassinato por ser mais "vulnerável".

Talvez o garotinho ainda estivesse sofrendo com a falta dela pois já tinha criado um vínculo com a mesma. Você acariciou o cabelo bagunçado dele sentindo o mesmo se encolher em seus braços.

— Papa..quero. – Ele grunhiu, te surpreendendo.

"Então ele sente falta do pai também, hein?"

Você tinha quase certeza de que Fushiguro não ficava nem metade do tempo livre com o filho, todas as vezes que viu Megumi, ele estava com Gojo, mas ele ainda sente falta do pai? Bom, de certa forma era de se esperar.

— Soph, pode trazer algumas comidas pra cá? Se possível, do paladar agradável à crianças.

— Certo, com licença.

Você se sentou na cama e colocou Megumi na sua frente, que parecia menos irritado do que quando chegou. Presumindo que ficaria a tarde toda com ele, resolveu descobrir o quanto ele conseguia falar.

— Megumi, quantos você tem, hum? Consegue responder? – Ele assentiu devagar e tentou mostrar a idade com os dedos. — Ooh, três anos? Tão fofo. Sabe onde Gojo foi? Ou Fushiguro?

— Ma..ta. – Você soltou um riso nervoso, "matar" era o que ele deveria querer dizer. Gojo devia estar levando ele para ambientes com palavras não muito boas para um vocabulário de uma criança.

Não era mais hora de tentar tirar informações de uma criança, Sophia entrou no quarto trazendo alguns doces e salgados que você havia pedido e para aproveitar o tempo que tinha, você inventou algumas brincadeiras e histórias para Megumi.

No escritório de Fushiguro, ele, Gojo, Nanami e Geto discutiam sobre uma afronta que haviam recebido de gângsters, rivais de berço da yakuza. Fushiguro estava sério e apenas escutava o que os outros homens falavam.

— Como diabos ele conseguiu entrar sem ser parado pelos seguranças? Todos conhecem aquele filho da puta! – Gojo cruzava os braços alterado, o gerente da sua empresa havia sido morto e teve o corpo deixado na mesa da recepção como provocação.

— Idiota, ele não matou, aquele cara sabe que não pode revelar sua presença quando é tão procurado assim. – Nanami falava com calma. — Somente pessoas de cargos elevados podem se encontrar diretamente com o gerente, com certeza ele deve ter subornado algum desses para fazer o trabalho sujo.

— Tem razão, mas não sabemos quem é, e ele pode fazer o mesmo outra vez, vamos ficar no prejuízo se perdermos nossos homens de confiança que lideram nossas empresas. – Geto falava com desdém.

Fushiguro soltou um suspiro e encostou-se na cadeira ainda calado, os olhares dos outros três homens agora estavam focados no único que podia decidir os próximos passos.

Ryomen Sukuna e sua gangue à anos vinha sendo um incômodo para Fushiguro e toda a yakuza. Já tiveram diversos conflitos e encontros que quase levaram à morte dos dois, ambos eram os maiores rivais de Tokyo, com o mesmo objetivo de dominar todo o Japão.

Durante uns anos a polícia veio atrapalhando os dois também, mas Fushiguro conseguiu que ela ficasse do lado dele, irritando profundamente Ryomen, isso dificultou os passos do mesmo, que fugiu com toda a gangue e ficou quieto por um tempo. Agora ele está dando as caras outra vez.

— Nanami, deixo com você para encontrar quem fez isso por Ryomen, mas não o mate. Retire até a última informação do desgraçado, usando o método que achar melhor. Se ele não falar de jeito algum, mate ele e toda a família. – Gojo fez careta, ele queria ir no lugar de Nanami, porém não ousou protestar.

— Ah, isso vai levar tempo, é bom que me pague bem por isso, Fushiguro. – O loiro ajeitou a gravata e se levantou.

— Eu irei. – Fushiguro sorriu de ladino e dispensou todos, porém Gojo continuou sentado.

— Você sabe que eu queria ir. – O albino bufou arrancando uma risadinha de Fushiguro.

— Você tá puto, se encontrasse o cara, mataria ele sem pensar duas vezes. – Gojo não discordou. — Agora vai embora logo, o pirralho deve estar estressado sem você perto dele.

— Cara, você devia ver ele mais vezes, ou esqueceu da promessa que fez à ela? – Fushiguro fechou a cara, ele teve vontade de socar o rosto de Gojo por lembrá-lo de sua ex-mulher.

O albino percebendo o que tinha falado, ergueu as mãos em redenção e se levantou. Fushiguro ficou encarando ele até que o mesmo deixasse o escritório, soltando um suspiro cansado quando teve certeza de que estava sozinho.

— Eu sei que prometi, mas não tenho capacidade disso, não como ela tinha, droga! – Ele sussurrava e deu um soco na mesa, frustrado.

𝙃𝙀𝘼𝙑𝙀𝙉, toji fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora