fifteen

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Você cobriu o rosto por impulso, Fushiguro olhou rapidamente pra você e a colocou no chão vagarosamente, o homem que segurava a arma gritou para que ninguém se movesse, mas foi ignorado completamente.

Os seguranças queriam atirar no homem, mas foram impedidos no último minuto.

— Fique atrás deles. – Você obedeceu sem hesitar, ficando atrás dos seguranças, temerosa com o que podia acontecer.

Fushiguro se aproximou, não ligando para as palavras de alarme do cara, parando em frente à ele e em um piscar de olhos estava apertando o braço que segurava a arma. O homem gemeu e tentou atirar, mas um estalar foi ouvido e um grito de dor juntamente da arma caindo no chão te fizeram se esgueirar para olhar o que Fushiguro estava fazendo.

O braço do homem estava molenga, claramente quebrado. Fushiguro olhava com desprezo, agarrando o colarinho do homem e estendendo o braço com o punho fechado, pronto para acertar o rosto dele. O nariz do homem respingou sangue com o impacto.

Fushiguro acertou socos repetidas vezes depois do primeiro, o sangue do punho dele se misturava com o do homem que agora mal conseguia reagir.

— Quem o mandou aqui? – Fushiguro perguntou parando com a sequência de socos.

— B..il..ly... – As palavras dele saíam falhas, vez ou outra engasgando com o sangue que acumulava em sua boca.

Percebendo que não obteria mais do isso, Fushiguro suspirou e sustentou o corpo mole do cara pelo cabelo. Você observava tudo surpresa com tamanha crueldade que Fushiguro espancava o rosto daquele cara, se ele sobrevivesse seria um milagre.

Enquanto eles se aproximavam, o barulho de uma sirene ficava aos poucos mais claro, era a polícia.

— Tsk, vamos embora logo, tô de saco cheio pra aturar esses caras. – Fushiguro fez careta e olhando para baixo, sorriu de forma assustadora.

Você arregalou os olhos e cobriu a boca quando Fushiguro ergueu o homem o mais alto que pôde e bateu com toda a força a cabeça dele no chão. O homem não se mexeu mais, uma poça de sangue se formava embaixo do rosto dele.

Gojo até tentou impedí-la de ver aquela cena, mas não foi rápido o suficiente. Você não ousava olhar para Fushiguro, tinha medo de que ele pudesse fazer o mesmo com você.

Antes de seguir na frente, ele olhou pra como você reagiu diante a situação e trincou o maxilar vendo que você nem queria o olhar por causa do medo.

Dois carros pararam em frente a entrada do bar, você queria ir em um separado, mas ficou quieta quando mandaram entrar no mesmo que Fushiguro, apenas fazendo questão de sentar o mais longe possível.

— Acha que vou fazer o mesmo com você? – Perguntou ele em tom irônico, mas seu silêncio foi a resposta. Ele não quis tentar acalmá-la, seu orgulho não permitia.

O caminho foi silencioso e desconfortável, todo o momento pensava em todo o sangue que saía daquele homem, no rosto desfigurado por causa da raiva de Fushiguro, com certeza teria pesadelos durante a noite.

...

Estava de volta ao quarto, dessa vez nunca se sentira tão feliz por estar novamente ali, Fushiguro veio a acompanhando querendo ter certeza de que estava tudo bem, você percebeu sua mão totalmente machucada e não conseguia não encarar.

Era até uma surpresa que ele conseguisse ficar tão despreocupado, da forma que ele bateu no cara, era de se esperar que tivesse quebrado o punho.

— O quê? – Seu olhar nada discreto incomodava ele.

Ao se dar conta, piscou repetidas vezes e virou a cara, envergonhada, ele ficou sem entender. Você se apressou para sair da vista dele e se escondeu no banheiro.

— Nada, quero me lavar, então, vá embora. – O quarto estava silencioso, deixando sua voz suficientemente alta.

Fushiguro atendeu seu pedido, saindo sem resistência. Ele entendia o seu ponto de vista, e era sensato o suficiente para deixá-la tomar seu tempo, ele também queria cuidar logo do ferimento dele que já começava a incomodá-lo.

Como o planejado, você tomou um banho quente e demorado, acalmando seus músculos e se livrando de uma leve dor de cabeça.

Você colocou o pijama mais confortável que encontrou e encolheu na cama. Era uma pena que a festa de Mei Mei tivesse acabado daquele jeito, se você não fosse ao banheiro naquele momento, talvez pudesse ter evitado todo aquele caos.

...

Enquanto você dormia, Fushiguro estava no escritório com Gojo e o doutor que enfaixava sua mão após limpar o ferimento.

— Billy..quem diabos é esse? Aquele desgraçado só disse esse nome, mas com certeza é alguém que trabalha pra Ryomen.. – Fushiguro murmurou, sério. — Ele e seus pau mandado são os únicos com coragem para vir até mim diretamente.

— Se aquele cara era um subordinado, esse Billy deve ser um mais próximo do Ryomen, não? – Gojo derramou um pouco de conhaque em seu copo enquanto falava.

— Talvez. Mas talvez também tenha um acima desse cara. – O doutor terminou de enfaixar a mão de Fushiguro e se retirou cuidadosamente. — Aquele filho da puta sabe ter cautela, para se cobrir ele coloca vários na frente dele se preciso. Isso torna as coisas mais difíceis.

— É. – Gojo bebeu um pouco e olhou para o teto. — Aliás, por quanto tempo vai manter aquela garota aqui?

Fushiguro arqueou a sobrancelha e pensou um pouco, as vezes você dava uma boa diversão para ele, sem contar que quase todo seu jeito o lembrava da mãe de Megumi. Por ele, você ficaria presa naquela mansão até a morte.

— Não sei, até eu enjoar dela. – Falou por fim.

Gojo soltou risada e não disse mais uma palavra, e acabou com o conteúdo no copo. Fushiguro acendia um charuto, tragando a fumaça para aliviar o estresse.

— Enfim, traga o pirralho aqui. – Gojo se surpreendeu com o pedido, eram poucas as vezes que Fushiguro pedia pra ver o filho.

Ele obedeceu sem exitar e saiu rapidamente da sala, indo até o quarto do pequeno. O mesmo dormia tranquilamente na cama em volta de grandes travesseiros e cobertores.

Gojo soltou um sorrisinho e pegou com cuidado o garotinho, que continuou dormindo. Ele voltou ao escritório de Fushiguro e o moreno encarou o filho adormecido.

Megumi foi passado para os braços do pai, que ainda era um pouco desajeitado, e como se o garotinho conseguisse distinguir quem era quem, relaxou mais e escondeu o rosto no peitoral do pai.

— Esse pirralho tem o sono de uma pedra. – Fushiguro falou baixo e com uma mão livre, começou à mexer no computador. — Vá e tente descobrir algo mais sobre esse Billy.

Gojo odiava reunir informações, sua área era mais violência, mas não podia desobedecer o chefe, então foi embora.

Quase uma hora se passou e Megumi acordou na hora que Fushiguro foi trocar o braço que o segurava. O moreno olhou sem saber o que fazer, ele realmente não tinha jeito para ser pai.

— Papa.. – A voz do pequeno estava quase inaudível e foi seguida de um bocejo.

— Volte a dormir, pirralho. – Fushiguro tentou o aninhar mais para que ele dormisse, mas falhou, Megumi só ficou mais acordado.

𝙃𝙀𝘼𝙑𝙀𝙉, toji fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora