forty

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"Eu vim porque queria te ver.." Você acordou depois de ser atormentada mais uma vez pela voz de Fushiguro. Ontem a noite ele estava bem estranho. Na verdade, desde que você cedeu e acabou transando com ele, ele tem estado estranho. Não de uma forma ruim, é totalmente o oposto disso, ele só parece mais..carente?! É até uma piada pensar em Toji Fushiguro carente pelo toque e atenção de uma mulher em específico, mas com certeza é isso que está acontecendo. No fim das contas, isso pode ser um problema porque Fushiguro fica mil vezes mais atraente quando está "necessitado".

Esse homem sabe como provocar usando o apelo sexual. Não seria uma novidade se você acabasse se rendendo a ele outra vez, mas tinha medo de não conseguir afastá-lo mais, caso acontecesse. Mudando de pensamento, você se viu presa na maneira como ele a abraçou, se mostrando tão vulnerável em míseros minutos. Você deixou uma risada baixa escapulir. Incrível como consegue achar ele fofo e patético e sentir um pequeno - quase inexistente - domínio sobre o homem. Sua expressão se neutralizou enquanto virava seu corpo para o outro lado da cama. 

— Ai, ai.. Bom, no final de tudo acho que essa carência toda teve influência do que quer que seja lá ele tenha bebido ou fumado..ou cheirado. - Fez uma careta. Tentou voltar a dormir, mas a porta do seu quarto foi aberta e a voz de Geto ecoou pelo ambiente.

— Bom dia, bela adormecida. Sabe que já são três horas da tarde, né? - Seus olhos reviraram e você cobriu a cabeça com a coberta. — O quê? Não quer sair hoje? 

— Eu só não estou com vontade de sair agora. - Seguir a rotina estava ficando cansativo, você não tinha nada de "novo" pra fazer. Suas ações eram muito limitadas, estava desanimada hoje e preferia continuar presa em pensamentos do que sair agora. 

— Então irei dormir até que você mude de ideia. - Sem esperar por resposta, ele puxou uma cadeira e acomodou-se. 

Era engraçado como ele sempre escolhia dormir na primeira oportunidade que tivesse. Você o deixou quieto e se encolheu embaixo dos lençóis outra vez. Hoje seria mais um daqueles dias que passam mais lentos do que uma lesma. 

...

Fushiguro encarou Megumi que acabava de pular da cadeirinha onde comia e corria para perto dele com a boca e mãos totalmente sujas de fiapos de carne e purê de abóbora. O homem fez cara de nojo e estendeu a mão para que o garoto não chegasse perto e Megumi parou a poucos metros, sem entender. Fushiguro puxou um guardanapo que estava em cima do balcão e se agachou.

— Sinceramente, você ainda tem muito o que aprender. - Segurou os braços do filho e começou a limpar os restos de comida. — Ouça: Você não deve ir correndo para cima das pessoas estando todo sujo. - Agora ele limpava a boca de Megumi. — Futuramente você estará no meu lugar, então faça as pessoas terem respeito por você. 

Megumi escutava tudo o que o pai dizia com o máximo de atenção possível. A babá fez uma expressão de pena para o garoto, infelizmente ele não podia agir normalmente como criança, perto do pai. Essa era as consequências de se nascer herdeiro de um negócio de extrema rigidez. Fushiguro pegou Megumi nos braços e iria sair para dar uma volta com ele pela mansão, mas uma voz grave carregada de seriedade chamou pelo nome do mais velho. 

— Chefe, precisamos conversar, agora. - Gojo parou em frente a ele, seu rosto não esboçava nenhuma expressão. Toji ergueu uma sobrancelha e fechou a cara antes de soltar um suspiro. — É urgente. 

— Tudo bem. - Colocou o filho no chão e deu uma leve batidinha no topo da cabeça dele. — Vamos para o escritório. 

O moreno seguiu na frente e Gojo foi logo atrás. A criança ficou os observando até que sua babá bloqueasse a visão dele enquanto o chamava para irem tomar um banho e brincar um pouco. Por outro lado, assim que entraram no escritório, Gojo fechou a porta e começou a falar:

𝙃𝙀𝘼𝙑𝙀𝙉, toji fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora