twenty five

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Duas semanas tinham passado, talvez estivesse entrando no quarto mês que estava presa na casa de Fushiguro. Felizmente ele parecia estar melhorando suas atitudes aos poucos.

No caso, ele diminuiu as atitudes de merda com você. Ao menos suas palavras tiveram efeito positivo nele, mas ainda não valeu as consequências que recebera. Vocês conversavam, quando necessário, de forma mais civilizada e Megumi começara a falar melhor de vezes em que saía com o pai.

Era bom saber que o garotinho parecia mais feliz, você adorava escutar ele falar animado sobre como dormiu no quarto de Fushiguro, ou sobre como ele deixou Megumi sair com ele.

Nessas duas semanas, uma relação de amizade ia crescendo entre Geto e você, apesar de o mesmo deixar claro que ainda não gosta de ser seu segurança pois, segundo ele, você é chata.

Durante a noite, enquanto Fushiguro estava sentado olhando o celular e Megumi brincando com uma pelúcia de um bicho estranho que Fushiguro havia comprado, você não parava de mexer as mãos. Podia não parecer, mas o homem estava percebendo sua inquietude e estava ficando sem paciência.

— Diz logo o que quer.

Você levantou o olhar rapidamente, ficando quieta. A julgar pela "tranquilidade" dele, era a hora exata de tentar pedir algo.

— Eu..posso..ter meu celular? – Tentou deixar as palavras mais mansas possíveis. Fushiguro ficou calado. — Olha eu juro que não vou tentar nada, até porquê nem adiantaria. É só que...eu realmente não aguento mais ficar sem ele.

Ele permaneceu em silêncio por um longo tempo, estava pensando seriamente. O tempo se arrastava e você não recebia logo uma resposta, estava quase pedindo para ele esquecer quando ouviu-se um estalar de língua.

— Não tente nenhuma gracinha. – Fushiguro se levantou enquanto ligava para alguém e saiu do quarto.

"Aquilo foi um sim, ou não?"

Era cedo demais para comemorar, então esperou para ver se ele voltava, mas as suas expectativas estavam altas. Você ficou observando Megumi brincar por quase vinte minutos. Então Fushiguro voltou, e tinha um objeto em mãos no qual jogou para você.

— Não faça eu me arrepender disso. – O mesmo tinha as mãos dentro do bolso da calça. Você sorriu alegre e concordou várias vezes. Ele gostou da sua reação. — Ah, e se arrume, vamos sair essa noite.

— Tem certeza? – Fushiguro veio e pegou Megumi.

— Sim.

Os dois que vieram duas horas mais cedo saíram e você gemeu frustrada, sua vontade era de passar a noite agarrada no celular. Mas para não acabar o bom humor do homem, você fez o que ele mandou.

...

Como da última vez, uma empregada trouxe sua roupa da noite. Era um vestido slip dress vermelho, curto, e uma sandália de salto alto fino, dourada, combinando perfeitamente com o vestido.

Você tomou um banho demorado, se depilou, lavou o cabelo e fez uma skincare com os produtos que estavam disponíveis, algo que sempre fazia ultimamente, desde que não tinha muita coisa pra fazer fora isso.

Ao sair do banheiro, Olívia estava lá com uma expressão animada, Sophia estava com ela também. Enquanto Sophia secava seu cabelo, Olívia preparava uma maquiagem para você.

— Sério, isso está muito estranho. Para onde Fushiguro vai me levar? – As duas trocaram olhares.

— Ah, vocês vão em um clube. – Olívia respondeu e reclamou quando você fez careta.

— Da última vez que ele me levou para sair, não foi uma noite muito agradável. – Sophia pigarreou.

— Vamos deixar esses pensamentos de lado, [nome]. Pensa que você vai se divertir muito, é o que está precisando. – A loira falava enquanto penteava seus fios.

Mesmo com um pé atrás, relaxou e deixou as duas lhe prepararem. Sophia finalizou deixando ondas largas, porém bonitas, em seu cabelo. Olívia assobiou enquanto lhe fazia dar uma voltinha.

— Uau, tá gostosa demais. – Suas bochechas ruborizaram ligeiramente.

— Graças a vocês, né?! – Vocês riram.

Durante o tempo em que Fushiguro não vinha lhe buscar, você ficou se admirando no espelho. A aparência de uma mulher rica e sexy agradava seus olhos, só esperava que essa noite corresse tudo bem.

Olívia e Sophia já tinham ido embora, então as batidas na porta avisaram que ele havia chegado. Você respirou fundo algumas vezes e então abriram a porta, o homem ficou parado na entrada, apreciando cada detalhe seu com o olhar. Você foi até ele com passos calmos e elegantes, mas seu coração batia rápido, Fushiguro estendeu a mão e você colocou a sua sobre a dele, com cautela.

...

Dentro do carro, no meio do caminho, vocês bebiam um pouco de champanhe e permaneciam calados. O clima até que estava agradável apesar do olhar constante dele, a sensação de desconforto contínuo igual a última vez era pouco agora, você aprendeu a lidar com a presença de Fushiguro.

O carro parou em frente ao clube que tinha uma aparência mais extravagante, as pessoas que entravam e saíam pareciam ser também de alto status. Você desceram e sem precisar esperar na fila, entraram.

"Conquista desbloqueada."

Você surtou internamente e ao ver o interior do local, seu queixo "caiu". Era muito mais espaçoso do que aparentava, o DJ no palco tinha um incrível gosto para música que animava todos. Haviam dois bares realmente movimentados e três andares cheios de gente dançando.

Fushiguro e você passavam entre as pessoas sem esforço por causa de dois seguranças que abriam caminho. Ele a levou até perto de um dos bares onde encontraram Geto conversando com uma mulher aleatória.

— Irei deixá-la com ele por um momento, mas volto logo. – Falou em seu ouvido e sem esperar resposta, saiu.

— Por favor que fique onde quer que vá. – Respondeu sarcasticamente depois que ele sumiu do seu campo de visão.

Você deu uma cutucada forte no ombro de Geto, que reclamou e se afastou da mulher. A expressão dele de "o que você quer comigo?" era engraçada.

— Você é minha babá agora. Eu quero uma bebida. – Gritou por causa da música. Ele revirou os olhos e falou com o barman, a mulher no colo dele puxou assunto enquanto isso.

— Oi, tudo bem? É nova aqui? – Ao menos era educada. Você concordou.

— Sou sim, vim apenas porque fui obrigada. Mas e você?

O assunto seguiu normal até o barman chegar com duas bebidas de cores estranhas. Você lançou um olhar para Geto do tipo "quê isso?" e o mesmo sorriu, a mulher em seu colo pareceu levemente surpresa.

— Aqui, madame. Esse é o melhor jeito para iniciar a festa. – A mulher balançando a cabeça em negação só confirmava de que Geto queria aprontar com você.

Mesmo assim, você aceitou a bebida. Por que não aproveitar? Fora que seu organismo era um pouquinho forte, então só duas era de boa, se desse problema, era só beber água. Você segurou o copinho e virou de uma vez, a bebida desceu ardendo pela sua garganta.

Geto deu risada te vendo tossir sem parar e a mulher bateu palmas por ter bebido de uma vez. Quando a tosse diminuiu, você virou o outro copinho, que depois do primeiro, pareceu tão pior quanto.

Uma música com batida animadora fez seu corpo balançar inconscientemente. Pelo visto, o efeitos daquela bebida estranha agem rápido, mas você estava feliz.

𝙃𝙀𝘼𝙑𝙀𝙉, toji fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora