forty one

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Quando entrou na casa, foi recepcionada com apenas o silêncio, então seguiu caminho procurando por alguma mulher que se pareça com a babá do garoto. Você estava parada no meio da enorme sala, em frente a uma escadaria e começava a pensar que foi uma péssima ideia vir aqui por si mesma. Não conhecia nada do local. 

Como se estivesse sentindo sua angústia, uma mulher surgiu de um cômodo que você não fazia ideia de onde levava e se assustou brevemente com sua presença. Imediatamente ela se aproximou e retirou o garoto de seus braços.

— Céus! Não sei quem é você, mas sei que não deveria estar aqui. Onde está o senhor Gojo? - Ela falava com desdém e olhava frequentemente para os lados procurando pelo homem. 

— Eu.. Eu sou a mãe dele! - Era a primeira vez que falava isso com tanta convicção. A mulher franziu o cenho e soltou uma risada. 

— Ah, faça-me o favor.. A mãe dessa criança morreu já tem um tempinho. Deixe o senhor Fushiguro ficar sabendo disso.. Ele vai surtar com você. 

— Olha, eu posso não ser a mãe biológica dele, mas ele me considera como uma e é o que importa! Enfim, leve-o para a cama, por favor. - A mulher fez cara feia e virou as costas, indo voltar pelo mesmo lugar que veio, entretanto alguém pigarreou. 

Fushiguro estava no topo da escada e não aparentava estar de bom humor. A mulher parou e você estremeceu. Pensava no esporro que iria levar agora, afinal, tinha quebrado uma das regras.

— O quarto dele não é por aí. Leve-o para onde ela mandou. - Essas poucas palavras foram o suficiente para ela curvar a cabeça rapidamente e subir as escadas. — E você, [nome], venha aqui. 

Engoliu a seco ao ser chamada e relutou, procurando desesperadamente por alguma saída. Infelizmente não havia nenhuma agora que ele tinha lhe visto. Suspirou audivelmente e subiu a passos receosos. Parou um degrau abaixo e reuniu coragem de onde não tinha para o encarar.

— O que está fazendo aqui?

— Vim apenas deixar o Megumi. Gojo estava muito cansado e adormeceu, então achei que não faria mau eu mesma vir deixar o Gumi aqui.. - Fushiguro soprou uma risada baixa e revirou os olhos.

— Não importa se ele está cansado ou qualquer outra merda, é o trabalho dele. E você sabe que não era pra vir aqui. - Você ficou calada, não iria ficar se justificando, apenas esperar até que ele a manda voltar para seu quarto. 

Para sua confusão, ele ficou calado por um tempo enquanto te observava e mordeu o lábio, franzindo o cenho parecendo estar em um conflito interno. Fushiguro se virou e mandou você o seguir. Foi um pedido estranho, algo no seu interior te impedia de segui-lo, mas uma incomum euforia surgia e a fez ir atrás dele antes mesmo que pudesse pensar em qualquer desculpa. 

— Eu ainda tenho dois pedidos, certo? - Perguntou, ainda de costas assim que pararam em frente à uma porta. 

"Fodeu." Você pensou de imediato. Maldita hora que foi fazer a burrada de tornar 3 desejos como um prêmio de um maldito jogo que estava na cara quem seria o vencedor. 

— Sim.. - Respondeu baixinho, o coração batendo rápido como se tivesse corrido uma maratona. 

— Passe a noite comigo - Finalmente ele virou e ao mesmo tempo que abaixou a cabeça para te olhar, você ergueu a sua. — Ou suma da minha vista em 10 segundos e prometo não ir atrás de você. - As palavras saíram em um sussurro inebriante.

Não deveria existir motivo para dúvida, você deveria sair correndo nesse momento, deveria nunca mais querer ser tocada por ele, deveria pensar em todas as coisas ruins que ele já te fez.. Deveria. Mas você não quer. Só quer ser tocada daquela forma outra vez, se sentir desejada por um homem igual ele, quer ver quais novas sensações ele pode te fazer sentir apenas com os beijos dele. Um passo à frente. Foi o suficiente para ele agarrar sua cintura, abrir a porta e te empurrar para dentro. 

𝙃𝙀𝘼𝙑𝙀𝙉, toji fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora