𝙃𝙀𝘼𝙑𝙀𝙉, toji fushiguro

thirteen

Gojo sabia que Fushiguro iria procurar Megumi depois do que ele disse, então se apressou para buscar o garotinho que ainda estava em seu quarto.

Megumi e você dormiam tranquilamente, a entrada súbita de Gojo te fez acordar em um pulo, o homem correu para pegar o garotinho, deixando você totalmente confusa com a situação.

— Foi mal, seu tempo com ele acabou. – Foram as únicas palavras que ouviu antes d'ele sair.

Você se deitou novamente, cobrindo os olhos com a palma da mão, o brilho do pôr do sol iluminava discretamente o ambiente, deixando agradável.

...

Fushiguro saiu de seu escritório procurando pelo filho, não demorando muito pra encontrar Gojo sentado em uma poltrona com ele, tentando controlar a respiração. Fushiguro estranhou, parecia que o amigo havia corrido uma maratona, ele se aproximou retirando Megumi do colo de Gojo.

Fushiguro não falou nada, apenas encarou o pequeno em seus braços, que retribuía o olhar sem falar nada, mas dava para se perceber um traço de felicidade no rostinho dele.

— Ele me parece com um cheiro diferente...Onde ele estava, Gojo? – Fushiguro encarou o homem já descansado.

— Quando soube da reunião eu estava com ele, mas acabei deixando com uma empregada. – Gojo tinha o semblante neutro, era um bom mentiroso.

Fushiguro ficou calado sem tirar o olhar do filho, agora suas palavras voltavam com força ao pensamento dele, ele não conseguia acreditar que o pequeno garotinho inexpressivo que segurava, podia chamar uma desconhecida de mãe.

Ele estava curioso sobre o caso, queria tirar confirmação de alguma forma mas não no momento, pois lembrava de ter a mandado nunca chegar perto dele, caso contrário a mataria. Obviamente carregava metade de mentira nas palavras dele, você o era preciosa demais para que a fizesse tal ato.

— Papa chato. – Megumi falara depois de dar um pequeno tapa na cara do pai, que o olhava incrédulo.

— Que diabos? Do nada? – Gojo soltou uma gargalhada alta, recebendo um olhar fuzilante de Fushiguro. — Que pirralho atrevido.

— Qual é, você mal fala com o garoto e ainda quer ser tratado bem? Megumi tem uma relação de amor e ódio com você, mano. – Gojo falava se recuperando da crise de riso enquanto Fushiguro rolava os olhos.

O moreno segurou o filho pela camisa com facilidade, que ficou imóvel. Fushiguro não sabia como tratar ele de um jeito melhor, então apenas o entregou novamente para Gojo que fazia com certa habilidade.

— Hoje de noite, Mei Mei vai organizar um evento para inaugurar o bar dela, ela queria que você fosse. – Gojo falava com preguiça, brincando com as pontas de cabelo do Megumi.

— Que horas?

— Dez da noite.

Fushiguro pensou, ele tinha consciência de que Mei Mei era sua amiga e provavelmente outros amigos seus estivessem no evento, então porque não levar você? Era uma oportunidade para que você desse um sinal de vida e os fizessem parar com a sua procura junto da polícia.

Ele sorriu discretamente ao virar-se e sair do cômodo, indo em direção à segunda mansão, onde deixou uma ordem às empregadas para que lhe vestissem bem, mas sem a contar o motivo.

...

Você nem percebera que havia dormido novamente, somente quando foi acordada por uma pequena agitação no seu quarto. Sua visão demorou alguns segundos para se focar por causa do brilho repentino da luz.