Pedro
Quando chegamos ao hospital, conto o ocorrido a enfermeira e ela prontamente atende a Gabriela. Durante o atendimento ela acorda e pergunta onde está.
- Oi Gabriela, eu te trouxe ao hospital. Você não se lembra de nada que aconteceu?
Ela franze as sobrancelhas, tentando se lembrar e quando se lembra, imediatamente seus olhos se enchem de lágrimas.
- Como eu estou Pedro?
- Fisicamente você está toda borrada, com o cabelo desgrenhado, e com muitos hematomas e marcas de chupões. Psicologicamente, eu não consigo nem imaginar o quão abalada está.
- Eu quero denunciá-lo Pedro. Eu quero que ele pague pelo que me fez.
- Claro, eu vou cuidar de tudo.
A enfermeira nos interrompe e diz que existe um kit onde são coletadas várias amostras para, posteriormente, serem usadas como provas.
- Eu aceito colher todas as evidências. Inclusive, quando ele tentou me penetrar, eu senti que ele estava bem molhado, pode ser que consigam colher líquido ejaculatório também.
- Claro. Eu vou dar entrada no pedido do kit e já volto – A enfermeira nos informa e sai.
Gabriela me olha e diz:
- Eu não sei o que teria sido de mim se você não tivesse aparecido. Como você me encontrou?
- Eu estava lá com a Andréa – minto.
- Eu não te vi. Por falar nisso meus amigos devem estar desesperados atrás de mim, com a confusão, eu perdi minha bolsa, com tudo dentro, chaves de casa e meu celular.
- Eu estava numa área privativa da boate – minto novamente – Eu vou avisar a Ricardo.
Quando tento sair para usar o celular, ela segura meu braço e diz:
- Pedro, muito obrigada. De verdade. Eu sou virgem e não sei como vou conseguir esquecer esse dia, imagina se ele tivesse realmente conseguido.
Eu fico sem palavras para responde-la. Caralho, ela é virgem ainda, imagino como deve estar traumatizada. Faço um carinho na cabeça dela e digo para não se preocupar com mais nada e que amanhã vamos buscar ajuda profissional. A peço licença e vou para fora do hospital para usar o celular.
Respiro ar fresco buscando me acalmar para não ir atrás desse desgraçado que fez isso com ela e matá-lo. Um pouco mais calmo, eu ligo para Ricardo e aviso o que aconteceu e garanto que ela está bem. Ele me pergunta como cheguei lá e digo a mesma mentira que disse a Gabriela.
Ligo para uma psicóloga amiga da família e ela me indica uma profissional especialista nesses casos. Ligo a doutora e ela agenda um horário para Gabriela na manhã seguinte. A seguir, ligo para uns contatos na polícia e eles me garantem que vão olhar todas as câmeras da cidade e identificar o suspeito, assim como irão passar no hospital para recolher o kit e me pedem para levar a Gabriela para prestar seu depoimento para dar entrada na queixa-crime o mais rápido possível.
Com tudo resolvido, eu entro de novo no hospital e Gabriela está me esperando para levá-la para casa.
- Está tudo mais ou menos resolvido. Já entrei em contato com a polícia e com uma profissional para você começar a terapia ainda amanhã.
- Não sei como te agradecer.
- Eu só quero que fique bem.
- Me leva embora?
- Claro, mas vou te levar para minha casa porque não vou conseguir um chaveiro essa hora para abrir seu apartamento.
- Nem pensar. O que a Andréa vai achar disso?
- Que estou ajudando uma amiga? Ela não está lá e amanhã eu me acerto com ela. Não vou te deixar sozinha.
- Tudo bem então, mas se for preciso eu mesma explico a ela.
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Amor proibido
RomanceGabriela é assistente de Pedro em um escritório de advocacia renomado em São Paulo. Os dois são apaixonados um pelo outro, porém sabem que se trata de um amor impossível de se viver. Em razão disso, vivem sua vida paralelamente. Mas um dia o amor do...