Capítulo 7

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(Pedro)

Tem coisas que acontecem nas nossas vidas que não achamos explicação. Tales, irmão dela é um jovem de vinte e três anos, que fatalidade. O que nos resta é entregar tudo nas mãos de Deus. Me recomponho e vou até a sala de espera. Gabriela está lendo um livro, a chamo para que volte a minha sala. Enquanto ela se levanta, percebo que tem mais três mulheres aguardando para a entrevista e os informo que logo serão chamadas.

- Gabriela, a Renata teve um problema familiar e pediu demissão por ter que ir para outro país no momento. Eu iria te dar a vaga de auxiliar de serviços gerais, mas com o que aconteceu e sabendo que irá cursar administração, você gostaria de ser minha assistente?

Os olhos dela se arregalam de surpresa e ela sorri abertamente. Sorriso esse que me faria desmaiar se eu não estivesse tão fora de mim com a notícia que recebemos.

- Claro que aceito senhor. Muito obrigada pela oportunidade, não vou te decepcionar. Quando começo?

- Que tal agora? Pode recepcionar as pessoas que estão aguardando para a entrevista? Ofereça água, café e lhes informe que preciso fazer umas ligações e que já chamo uma por uma. Na mesa da Andrea tem um telefone que ela usava para se comunicar com todos os setores daqui, acredito que ela tenha uma lista com os ramais em algum lugar, tenta achar e ir se familiarizando com tudo. Como só eu vou ligar hoje, basta tirar o telefone do gancho para me atender. Vou pedir para que mande entrar uma por uma, por ordem alfabética, mas só mande a primeira entrar após eu te ligar.

- Claro senhor, considere feito.

Ela sai da sala e começo a fazer as ligações para empregar Renata e para meus contatos na polícia federal e consigo um horário ainda hoje para ela ver a questão do visto. Ligo para Renata avisando-a.

Em seguida peço a Gabriela para enviar a primeira candidata. Após entrevistar as três, resolvo contratar uma senhora de quarenta e sete anos, muito bem recomendada, o senhor para quem ela trabalhava faleceu e ela foi demitida pela família vez que ninguém mais moraria no local. Em razão da idade mais avançada, estava tendo dificuldade para se inserir no mercado de trabalho novamente, então resolvi contratá-la para que tivesse a oportunidade de voltar a trabalhar.

Vou a sala de espera e anuncio minha decisão. A senhora Marta começará na segunda e passo todas as informações necessárias sobre o serviço, comportamento e uniforme. A dispenso e volto minha atenção para Gabriela, que está me olhando fixamente.

- Você está me encarando, tem alguma coisa errada? Meu rosto está sujo?

Ela ruboriza. E me permito delirar que ela estava me cobiçando.

- Não senhor. Estava distraída. O que devo fazer a seguir?

- Entre na minha sala e conversaremos.

Quando nos sentamos a mesa, pergunto quais são seus planos para o resto do dia.

- Não tenho nada urgente para fazer. Tinha pensado em ir ao shopping na parte da tarde, comprar umas coisas que estão faltando, ir ao salão e ao cinema. Mas posso ficar trabalhando o restante do dia se o senhor preferir.

- Mantenha seus planos para a tarde. Vou pedir almoço para gente, a gente conversa enquanto a comida não chega e após está liberada.

- Claro senhor.

Talvez eu devesse pedir a ela que pare de me chamar de senhor, em razão da reação que isso causa a minha libido, mas como explicaria isso a ela? Melhor continuar me controlando.

Amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora