Capítulo 33

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Pedro

Depois que a Gabriela encomenda meu almoço, ela vai para casa pegar as coisas para viajar. E eu fico pensando em tudo que aconteceu ontem após a visita do Dante.

Ele foi me informar que a Alice, filha dele, chega da Itália daqui a quarenta dias. E assim que ela chegar, vai fazer um jantar para marcar a data do casamento para o mais rápido possível.

O dia que eu mais temia está chegando. Esses cinco anos passaram voando, e daqui a um pouco mais de um mês, vou ter que assumir minhas responsabilidades. Estou fora de órbita desde a visita dele, tanto que esqueci, completamente, da viagem da Gabriela.

Vou ficar quinze dias sem assistente e sem minha amiga que é meu porto seguro, justo agora que estou desolado. Daqui a alguns dias eu serei um homem casado e nunca consegui, e nunca mais poderei assumir meus sentimentos pela Gabriela. Não vivi o grande amor da minha vida, nem nunca vou conseguir amar a Alice, como amo a Gabriela.

Essa altura do campeonato, eu não me importo mais comigo, nem com meu patrimônio, se fosse só por mim, eu teria jogado tudo para cima. Mas eu tenho minha tia, tenho milhares de empregados que dependem de mim, e o meu projeto, não posso deixar tudo e todos para trás, seria muito egoísmo meu.

Um cliente me liga pedindo informações sobre o processo imobiliário dele, que passei para o Ricardo, mas imediatamente acesso as informações pelo sistema integralizado e o atualizo. Levo bastante tempo com ele no celular, porque além desse processo, ele queria falar sobre alguns outros casos que irá trazer para nosso escritório.

Quando eu percebo, já são 17h e chega uma selfie de Gabriela, no hotel avisando que acabou de chegar. Tomara que ela consiga descansar, nesse tempo todo, só tirou férias para estudar e poucos dias para viajar duas vezes com o ex. E por falar nele, tomara que ela consiga e divertir sem pensar nele. Eu também deveria ter feito a mesma coisa, e saído de férias também, para esquecer o futuro casamento por uns dias. Deveria ter ido para minha casa nas montanhas, onde é meu refúgio. Eu deveria fazer isso mesmo.

Ligo para Ricardo e peço para vir a minha sala.

- Me chamou, chefe?

- Sim, preciso de quinze dias de férias, também. Vou para a minha casa nas montanhas, com meu celular e meu notebook. Te chamei para saber se você consegue assumir o escritório até eu voltar?

- Claro, farei o meu melhor. Trabalho aqui a anos, Pedro, sei como as coisas funcionam, pode ir despreocupado.

- Se precisar de qualquer informação ou tirar qualquer dúvida, me liga imediatamente, como eu disse, estarei disponível pelo celular e pelo sistema.

- Pode deixar, chefe.

- Obrigado, Ricardo.

Ele sai da sala, eu ligo para Maria, minha governanta que voltou hoje ao trabalho, e a peço para fazer uma mala para mim que estou indo buscar e que viajarei por alguns dias e que ela está desobrigada a ir lá para casa, também. Só a peço para ir um dia antes de eu voltar para organizar tudo para minha volta.

E quer saber? Vou fazer isso.

Amor proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora