• cuidados •

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Deus, como meu corpo dói.

Aí você me pergunta, S/N, como raios você ficou doente sendo que nessas últimas semanas o tempo estava firme e em nenhum momento as temperaturas abaixaram?

E minha resposta seria: eu não sei caralho!

Meu corpo parece que não associa bem as mudanças climáticas e por isso eu fico assim, que nem uma idiota em pleno dia de sol, calor e nuvens branquinhas ao invés de estar assim em um dia de tempestade e ventos gelados.

Espirrei, assoando o nariz no papel higiênico e tomando cuidado pra limpar todas as cacas também. Não é bonito quando a gente tem caca no nariz.

Tirei o excesso de água do cabelo o máximo que eu consegui com a toalha, esperando o bonito do meu namorado voltar.

Suspirei quando ele voltou, segurando a garrafa enorme de água na mão.

— Tó, bebe esses. - me entregou os comprimidos, e a garrafa, já separando os dois outros remédios que reconheci ser xarope. — Esses dois você tem que tomar de 6 em 6 horas, e esses daí são de 8 em 8, ok? Já vou botar no seu despertador e no meu.

— Pra que botar no seu se já vai botar no meu? - perguntei, terminando de engolir os dois comprimidos.

— Porque eu vou ficar cuidando de você até melhorar. - dedilhando no meu celular e logo após no dele. Ai gente, esse garoto me deixa boba. — Bebe bastante água. - avisou, mesmo sem me olhar.

Revirei os olhos, entornando a garrafa quase até a metade.

— Eu vou ficar mijando que nem uma louca depois. - resmunguei.

— Mas pelo menos você vai estar hidratada. - bloqueou os dois celulares de novo, vindo até mim. — Onde você deixa o secador?

— Embaixo, no canto do guarda-roupa. - indico e ele pega, tirando meu secador da sacola e vindo até mim desenrolando o fio.

— Quer comer algum desses? - olhei pra quantidade absurda de comida que tinha na minha mesa agora desanimada. Eu não tô com fome. — Você tem que comer S/N, aposto que não comeu nada ainda. - ligou o secador, vindo para trás de mim e começando a passar o vento quente pelos meus fios, embrenhando os dedos calejados neles vez ou outra.

Ah, não me diga Sherlock, ainda são oito horas da manhã.

Revirei os olhos, esticando minha mão e pegando os pães de frios, que são gordos e bem grandinhos até. Tirei um da embalagem e comecei a comer, forçando com uns goles de água já que não tinha café e eu me recusava a tomar gatorade com isso.

Depois de três mordidas e muita mastigação lenta, meu apetite foi abrindo e eu consegui comer mais rápido, de olhos fechados e totalmente relaxada com a massagem que recebia no coro cabeludo.

— Vai querer esse? - pergunto, apontando para o que sobrou no pratinho branco.

— Não, pode comer. - mentira, ele quer sim. Tampo o pratinho com o plástico de novo e deixo em cima da mesa. — Eu disse que você pode comer!

— Eu não quero mais, vou comer o bolo ao invés disso. - resmunguei de volta, abrindo a tampa do bolo, pegando uma das facas que Izu trouxe e cortando um pedaço generoso pra mim. Botei no prato, e peguei um garfo, fatiando o bolo e começando a comer. — Porra, que negócio bom.

— Pronto. - desligou o secador, o tirando da tomada e me liberando pra voltar pra cama. — Quer fazer alguma coisa agora ou prefere ir dormir?

— Assistir [insira aqui sua série favorita]. - falo rapidamente, e ele solta uma risadinha. — Apesar de que esses remédios que você me deu daqui a pouco fazem efeito e eu vou capotar totalmente.

— Tudo bem, a gente pode assistir sua série.

Eu consegui assistir três episódios estando totalmente acordada, me ocupando em comer as delícias que Izuku trouxe pra mim e beber alguns dos gatorade. Além de muita água, é óbvio.

Fui no banheiro umas três vezes, só no intervalo de acabar um episódio e já começar outro.

Depois desses três episódios eu morri pro mundo, acordando só quando já estava no final da tarde, e porque meu lindão me acordou, trazendo uma tijela de yakisoba, que só de dar uma olhada por cima eu sabia ser de Momo.

— Foi a Momo que fez? - perguntei, segurando os hashis e piscando o olho pra espantar o sono.

— Sim, ela quis te preparar isso pra ver se você melhora logo. - sorriu, se sentando na cama e me observando comer. — Daqui a pouco ela passa aqui pra te ver.

— Hm. - murmuro, ocupando minha boca com a comida, que estava boa pra caramba inclusive.

— Tem que tomar seu remédio aliás. - me lembrou.

— O alarme já despertou? - questionei confusa.

— Não, só tô te avisando. - sorriu, se aproximando mais e beijando meu rosto, o esfregando no meu como um gato.

Sorri, amolecida com suas atitudes.

— Obrigada por cuidar de mim. - agradeci, encarando os olhos dele.

— É um prazer pra mim cuidar de você amor.

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se nn for assim eu nem quero

𝐌𝐈𝐃𝐎𝐑𝐈𝐘𝐀 𝐈𝐙𝐔𝐊𝐔, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora