• festival desportivo •

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— Eu espero de coração que você se esgasgue e morra com a comida entalada na sua garganta. - digo, sorrindo falsa para o moreno na minha frente.

— Awwwn, você é tão carinhosa pirralhinha. Meu coração está todo derretido agora. - a veia debaixo do meu olho até tremulou com a minha irritação.

— S/N, se você apertar esse garfo mais ainda, ele quebra. - Izuku alertou ao meu lado.

— Ei, sem quebrar meus talheres de novo! - minha mãe gritou da ponta da mesa.

— De novo? Quantas vezes você já quebrou os talheres da sua mãe? - meu namorado parecia horrorizado, mas eu não dei muita atenção.

— Trinta e seis. - respondi, ainda encarando o demônio que resolveu se envolver na minha vida. De novo.

— Jesus.

— Problemas com raiva, pirralhinha? - abriu o sorriso.

— Muita, meu psicólogo recomendou eu descontar em coisas saudáveis. - comentei. — E no momento não há nada mais saudável pra mim que enfiar esse garfo no seu pescoço.

— Gostaria de ver você tentar. - me provocou, e eu já tava tirando a bunda da cadeira, quando minha mãe usou os poderes dela pra me botar no meu lugar de novo.

— Sem esfaquear ninguém S/N! - brigou, a voz mais grave e os olhos totalmente negros sendo o meu aviso de que, mais uma gracinha e eu estaria ferrada. — E sem mais provocações Tony! - sorri quando ela brigou com ele também.

— Desculpa sogrinha, sabe que eu adoro tirar a S/N do sério.

— Sabe o que eu adoraria? Arrancar sua língua fora. - respondi.

— E como eu beijaria seu irmão? - senti meu sangue borbulhar quando ele abraçou Matt de lado, beijando o pescoço dele, só pra me provocar. — E fazer outras também, é óbvio.

— Tony, por favor. - Matt pediu, o rosto corado e a mão em frente a cara para esconder a vergonha.

— Isso aqui tá melhor que casos de família. - Yuri comentou do meu outro lado, pegando o celular e começando a gravar um storie. — Continuem, continuem.

— Yuri, por favor, não bota mais lenha na fogueira. - meu pai reclamou da outra ponta da mesa.

— Será que a gente não poderia comer em paz e silêncio? - minha mãe suspirou.

— Com ele na minha frente meu apetite até foi embora. - resmungo, me encostando na cadeira.

— Ué, mas isso é simples de resolver. - respondeu, mastigando a carne que meu pai fez. — Basta você sair pela porta.

— Escuta aqui seu bosta, essa casa é minha! Quem deveria sair é você! - quase saí da cadeira de novo.

— S/N, senta. - mas o medo que eu sinto da minha mãe foi mais alto.

— Eu não vou sair! Estou adorando a comida do seu pai e fui convidado pelo seu irmão a estar aqui. - mastigou mais uma garfada. — Inclusive, isso está divino sogrinho.

— Muito obrigado. - meu pai agradeceu, todo contente.

— Eu sou parte da família agora pirralhinha, aceita que dói menos.

— NÃO!

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essa família é muito unida e também muito ouriçada...
na vida eu sou o yuri, só observo...

𝐌𝐈𝐃𝐎𝐑𝐈𝐘𝐀 𝐈𝐙𝐔𝐊𝐔, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora