𝐌𝐈𝐃𝐎𝐑𝐈𝐘𝐀 𝐈𝐙𝐔𝐊𝐔, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨

• festival desportivo •

— Vamos! É só isso que você tem piranha? - Hannah gritou, me atiçando ainda mais.

— Cala a boca desgraçada! - rosnei, fula da vida me levantando do chão e indo até ela novamente. — Você me tacou longe! - exclamei com indignação, trocando de demônio e avançando nela agressiva.

— E eu tô só aquecendo baby. - piscou, e eu me irritei mais ainda. — Uh, tão agressiva. - riu, desviando dos meus ataques, ainda que recebesse alguns.

— Se você continuar eu vou realmente acabar te machucando. - aviso, e ela para de rir na hora, mas o brilho desafiador no olhar ainda está lá.

— Quero ver você tentar.

Bom, não diga que eu não avisei depois vadia puta.

— Ai, ai, ai. - resmungou, e eu revirei os olhos, apoiando ela com um braço envolto em sua cintura. — Porra, precisava me espancar não!

— Eu disse pra não continuar me irritando. - respondi tranquila, a botando sentada na calçada e logo em seguida me sentando ao seu lado.

— Não pensei que falava sério. - resmungou. — Quando éramos pequenas você não conseguia me superar. - arqueei uma sobrancelha pra ela, bem irônica.

— Bom, não somos mais crianças. - disse o óbvio. — E digamos que me dediquei ao meu treinamento.

— Tu treinou com a minha irmã antes de vir pra cá de novo não foi? - assenti, abrindo minha garrafinha e dando uns goles gordos da água. — Ela pegou pesado?

— Toda vez que a gente terminava eu sentia minha alma sair do meu corpo. - respondi o mais sincera possível e ela deu risada. — Sua irmã é um monstro Hannah.

— Eu não vejo ela já tem um tempo. - comentou, parecendo distante. — Mas acho que é compreensível quando o trabalho dela exige que ela vá de um canto ao outro.

— Vocês não conversam?

— Não muito. - deu de ombros, relaxando os ombros e apoiando as mãos atrás de si, elevando o rosto para o sol. — Não quer comprar algumas besteirinhas pra gente, não? E gelo pra eu botar na cara, porque eu tenho certeza que está inchada agora? - sorri falsamente inocente, encarando o galo enorme em sua testa por causa de uma queda causada por mim. — Vai se foder. - me xingou e eu não aguentei mais segurar a risada.

— Calma aí chifruda, já volto. - me levantei do chão, correndo até a lojinha de conveniência, que ficava do outro lado da calçada onde estávamos.

Entrei no estabelecimento, cumprimentando educadamente o atendendo e pegando uma cestinha. Peguei quatro salgadinhos e dois potes de sorvete, sabendo que tanto eu quando Hannah íamos devorar aquilo antes de termos que voltar para a escola.

Peguei um pacote de gelo também, seguindo para o caixa. No caminho esbarrei em alguém.

— Não olha por onde anda não, caralho? - levantei uma sobrancelha, erguendo meu rosto e reocnhecendo a cara bonita de Katsuki. Quando me reconheceu, sua carranca se desfez e ele coçou a nuca. — Ah, é você.

— Sua mãe não te deu educação não? - reclamei, não dando mais atenção a ele e me voltando ao caixa.

— Foi mal, não percebi que era você. - disse me seguindo, e eu estranhei mais ainda.

Katsuki não estava com as roupas típicas em que eu via ele. Na verdade, ele parecia muito com skatistas da pracinha perto de casa. Roupas largas e estilosas, e correntes prateadas no pescoço.

Cheiroso o bicho sempre foi, então não era novidade nenhuma.

— Por que? Faz diferença? - resmunguei, tirando os produtos da cestinha, esperando o moço passar pra eu poder pagar e sair dali logo.

— Pra ser sincero, sim faz. - não escondi o quanto achei aquela resposta esquisita.

— Tá querendo alguma coisa Katsuki? - questionei impaciente, passando o cartão na maquininha e pagando pelas minhas compras.

— Na verdade, sim. - me virei pra ele, nervosa com seu tom vago. Fala logo caralho.

— E o que é?

— Você.

Oi?

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nessa hr nossa mente até buga