• festival desportivo •

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Fim do segundo dia...

Mais um dia de Festival havia acabado, e eu estava insanamente grata a isso.

Não aguentava mais meus irmãos e meus pais berrando pra eu vencer e chutar a bunda dos meus oponentes.

Quero dizer, é legal e me motiva bastante, mas quando eles começam insultar diretamente a outra pessoa, fica um pouco complicado.

Minha família não tomou cházinho de semancol no café da manhã hoje.

Suspirei, andando pelo campus e fumando meu cigarro.

Eu não faço com frequência por causa do cheiro repugnante que fica na minha roupa, e também porque Izuku não gosta. Mas é um vício que não me causa nada.

Minha individualidade não permite que meus pulmões sofram com a nicotina.

Alívio tomava conta de mim conforme tragava a droga, deixando que a alça frouxa da minha regata caísse, assim como o lado direito da blusa que usava por cima.

Fechei os olhos, me encostando em uma árvore e aproveitando o silêncio da madrugada. Melhor hora pra se sair de casa na minha opinião. Não tem ninguém, é só você andando na rua, curtindo sua presença, sozinha.

Quer dizer, seria o melhor horário pra se sair de casa se homens não existissem.

— Olha quem eu encontrei aqui. - apertei meus olhos, reconhecendo a voz. — Já faz um tempo, pesseguinha.

Ai, lá se foi meu sossego.

— Cai fora Kendra. - me afastei da árvore, sabendo que ela estava ali do lado.

— Calma, eu só quero conversar. De boa. - acrescentou quando olhei pra ela, não acreditando muito. — Senti sua falta.

— Tenho certeza que meus amigos acamados também. - retruco irônica, e ela bufa. — O que acha que eles diriam se vissem você de novo?

— Eu cumpri com o acordo! - não me afastei quando ela chegou mais perto. — Eles que se aproximaram demais de você. - olhei em seus olhos, não me abalando com a cara de coitadinha que ela fazia.

— Você é louca, e você não cumpriu merda de acordo nenhum. - cuspi as palavras, querendo machucá-la. — Que direito você tinha de ter machucado eles?

— Qual é S/N, não vai superar isso nunca? - zombou, o que me irritou mais ainda.

— Você sabia que até hoje o Bê manca por sua causa? - apertei a mandíbula quando ela abriu um sorriso de lado. Cretina. — Que a Erika não consegue entrar em um carro, porque sempre pensa que ele vai dar defeito de novo? Sabia que a Natt não sai mais do quarto porque ficou com medo das pessoas? Você sabia disso?! - exclamei. — Foda-se suas desculpas sua doente!

Comecei a ir pra longe dela, sem paciência pra continuar olhando para sua cara.

— EU SÓ TAVA PROTEGENDO O QUE ERA MEU S/N!

— AH, POIS ADIVINHE? EU NUNCA FUI SUA. - respondi, olhando pra ela por cima do ombro. — E TORÇA PRA QUE VOCÊ NÃO CAIA COMIGO NO ÚLTIMO DIA.

Porque eu não vou ter piedade vadia.

— O que aconteceu? - Izuku pergunta, quando entro em seu quarto.

É, acho que bati a porta forte demais.

— Kendra. - resmungo, me jogando em sua cama. — Eu achei que não precisaria mais lidar com ela depois que me mudei pra cá, mas vejo que me enganei.

— Ela é aquela ex louca que maltratou seus amigos quando vocês namoravam? - perguntou, vindo pra cima de mim e se deitando com o queixo apoiado no meu peito.

— É. - acariciei o cabelo dele, afastando os cachos da testa dele. Hmm, certeza que daqui um tempo ele me pedirá para cortá-los de novo.

— Quer que eu dê um sumiço nela? Posso fazer isso. - disse com tanta tranquilidade, que se eu não o conhecesse diria que está brincando.

Mas eu conheço bem meu namorado, e sei que ele de fato, sumiria com ela.

— Quem vê essa carinha fofa nem imagina o quão perversa sua mente pode ser. - comento, e ele sorri ladino. — E não, eu não quero que você dê um sumiço nela.

— Bom, já que você não quer. - deu de ombros, se ajeitando em cima de mim. — Tem uma coisa que eu quero falar com você, já tem uns dias.

— Hm. - diga.

— Kacchan veio falar comigo, sobre algo bem interessante. - arregalei os olhos, e ele me encarou. — Por acaso ele disse pra você que estava afim de um ménage?

Senhor.

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dedo no cu e gritaria

𝐌𝐈𝐃𝐎𝐑𝐈𝐘𝐀 𝐈𝐙𝐔𝐊𝐔, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora