• festival desportivo •

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Acho que tô ouvindo coisas.

— Desculpa, acho que entendi errado. - pisquei, pegando uma sacola e botando minhas compras dentro dela o mais rápido que eu conseguia. Quero me afastar desse maluco o quanto antes, vai que loucura pega? — Você disse que me quer?

— É surda por acaso? - fechei a cara. Minhas esperanças de essa ser uma versão falsificada de Bakugo indo para o ralo. Esse com certeza era ele. — Quer que eu desenhe para que você compreenda melhor? - cavalo como sempre.

— Não vai adiantar idiota, como você bem sabe eu namoro. - saio da lojinha de conveniência, agradecendo pela compra e com ele em meu encalço.

— O Deku de merda não precisa ficar sabendo. - arregalo os olhos pra ele incrédula.

Ele realmente acha que eu faria alguma coisa assim?

— Tu tem noção da merda que você tá falando?

— Só tô querendo ser sincero com você.

— Tá Katsuki, mas eu não vou trair o Izuku. - retruquei convicta. — Jamais faria isso, e se fosse pra eu fazer, não o trairia com você. - não escondo meu óbvio desgosto quando o digo, olhando em seus olhos.

— E por que não?! - senti vontade de rir. Ele realmente acha que eu sou esse tipo de garota, não é?

— Porque você é um cuzão.

— Mas você sentia uma queda por mim quando chegou na Yuuei. - apontou na minha cara, e eu revirei os olhos.

Ele está sendo tão ridículo.

— Eu senti uma queda por praticamente todo mundo quando cheguei na escola anta, eu sou uma vagabunda.

— Aí!

— Mas agora uma vagabunda com-pro-mis-sa-da! Eu não vou ficar com você, desiste. - me preparei pra sair, mas não resisti ao falar. — Mas se você quiser tanto, pode ser que eu topo um ménage. - a cara que ele fez foi impagável, e eu senti vontade de rir.

— Você só pode tá brincando.

— Ou é assim, ou não é de nenhum jeito. - dei de ombros, começando a andar de volta para Hannah, que me esperava deitada na calçada, os braços abertos e a expressão mais serena em seu rosto. Doida. — Agora, para com essa porra de querer me tratar diferente. - olho pra ele por cima do ombro. — Se os outros perceberem e isso me causar problemas, não vai acabar bem pra você.

— Tchau pra você também. - disse irônico, mas eu não virei, caminhando apressada até Hannah.

Com a minha ajuda, saímos dali e entramos no parque.

Abrimos os salgadinhos e os sorvetes. Ela deixou o saco de gelo na testa enquanto comia as besteiras.

— O que você e o bomba relógio estavam discutindo na frente da lojinha? - parei de mastigar o sorvete, olhando pra ela de soslaio.

— Você viu?

— Não, só escutei a voz dele. - respondeu, enfiando um bocado de salgadinho na boca. — E depois você dizendo "ménage", pensei ter ouvido errado, mas agora olhando pra sua cara sei que eu ouvi certo. - respirei fundo e ela sorriu divertida. — Quer se explicar, querida?

— Eu falei aquilo pra ele sair do meu pé. - bufei, rapando meu sorvete antes de enfiar mais uma colher na boca e comer junto do salgadinho. — Katsuki veio com uns papo estranho de que estava afim de mim quando a gente se esbarrou lá dentro.

— Oi?

— É, minha reação foi a mesma.

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ai ai esse bakugo

𝐌𝐈𝐃𝐎𝐑𝐈𝐘𝐀 𝐈𝐙𝐔𝐊𝐔, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora