𝗘𝗡𝗘𝗠𝗜𝗘𝗦 𝗧𝗢 𝗣𝗟𝗔𝗬𝗘𝗥𝗦, ᵛⁱⁿⁿⁱᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳ

chapter 017 ♡ꜝꜝ

Vinnie naquele dia acordara passando mal. Sentia uma sensação ruim apertando seu peito, então decidiu não ir a escola.

Ficou deitado na sua cama, tentando melhorar a situação com água e remédios. Sua avó estava em seu quarto, já que ela acordava mais tarde, e ele esperava que ela acordasse logo mais para poderem almoçar.

Enquanto isso, o garoto assistia a alguns animes pra passar o tempo. Logo, ele recebe uma mensagem de Jordan.

Decisão errada não ter ido pra aula naquele dia...

"Antonella está aqui na nossa escola puta querendo seu número. Posso passar?"

Vincent fica confuso. Por que a garota iria querer o número dele sendo que se odiavam? Não fazia o menor sentido.

Porém, sua pergunta foi respondida por uma mensagem novamente, mas agora do Kio. Ele lhe mandou um vídeo com uma legenda escrito: "Não que eu seja fofoqueiro. Mas olha isso que tá todo mundo compartilhando..."

Quando abre o mesmo, sua boca abre em um perifeito "O" e logo depois ele começa a ter uma crise de risos. Quem poderia ser a pessoa sem o que fazer que gravara ele e Antonella se beijando? E pior, totalmente fora de contexto! As pessoas que receberem esse vídeo não vão saber que eles estavam completamente bêbados, fora de si e que, logo depois, a menina vomitou num canto de tanto desgosto.

Todos pensarão que eles não são rivais de verdade...

Tudo isso se passou pela cabeça de Vinnie por uns segundos, mas depois, ele decidiu não se importar. Não ligava para o que ninguém pensava, sua prioridade não era essa.

Sua avó estando bem, ele estava bem e nada poderia estragar isso.

Então ele apenas responde Jordan dizendo que tanto faz, poderia passar o número dele pra ela.

(...)

Nella saiu de sua escola em disparada, abastecida pela raiva de uma injustiça. Ela sentia sua bile subir, mas ignorou isso por enquanto.

Agora, ela precisava tirar essa história a limpo. Então pegou um táxi e foi até a escola de Vinnie.

Ao chegar lá, saiu rápido do carro após pagar o motorista e já se encontrara procurando Vincent pela multidão que se estendia na entrada da escola.

Era o horário do almoço, o qual os alunos poderiam sair pra comer fora se quiserem.

Ela o procurou por toda a extensão externa, então, ao não encontrá-lo, concluiu que provavelmente ele estaria lá dentro.

Estava indo até o porteiro pra, de alguma forma, conseguir convencê-lo de a deixar entrar, quando sentiu uma mão em seu ombro e uma voz masculina soar detrás de si.

— Ei, Antonella, certo? — pergunta o menino misterioso e ela logo vira pra ver quem era. Um menino loiro, de cabelos longos e uma boca carnuda; um dos running backs do time de Vincent.

— Sim. Estou procurando o Vincent, será que você pode me levar até ele? Precisamos conversar sobre certos assuntos. —

— Ah sim, compreendo. Bom, ele meio que não veio hoje, então ficará difícil de encontrá-lo aqui. — ele fala coçando a nuca e soltando uma risadinha nasalada.

Antonella faz um semblante chocado e logo depois compreensivo.

— Aaah. — diz. — Então será que você poderia me passar o número dele?

— Bom, tenho que avisá-lo primeiro então. — ela assente e vê o menino pegando um celular no bolso de trás da sua calça.

Ele recebe uma resposta imediatamente.

— Ele deixou, o número dele é esse. — ele estende a tela pra menina e ela copia em seu celular.

— Obrigada pela ajuda, é... — fala, ao não lembrar seu nome.

— Jordan. Jordan Huxhold. — decreta e ela assente, fazendo um aperto de mãos com ele.

Ela vai embora pedindo outro táxi e decide ir para casa. Sem mais escola naquele dia, as fofocas a estavam deixando sufocada.

Lá, ligaria para Vinnie e tiraria satisfações de que porra era aquela circulando na internet.

(...)

— Alô? — é atendida por uma voz sonolenta. Antonella já tinha chegado em casa há mais ou menos meia hora atrás.

— Que porra é essa, Vincent? — pergunta sem mais nem menos.

— Antonella? Ah, boa tarde pra você também. — ele diz rindo e podia jurar que sentia a menina revirando os olhos do outro lado da linha.

— Por que tem um vídeo nosso se beijando circulando na internet, sendo que eu nem me lembro de ter te visto naquela noite? —

— Quê? — pergunta soltando uma imensa gargalhada. — Você não se lembra de nada? — a menina murmura um "não" convicto. — Nada, nada, nada, nada mesmo?

— Já falei que não, Hacker! —

— Meu Deus, toda essa situação está mais engraçada do que eu pensava. — diz sem conseguir controlar sua risada.

— Cala a boca! Não é culpa minha ter amnésia alcoólica! — fala fazendo uma cara de emburrada, mesmo sabendo que ele não era capaz de ver. — Mas enfim, vai me falar quem fez isso ou não?

— Por que você acha que eu saberia uma coisa dessas, Antonella? Sou tão vítima quanto você! —

— Sei não, hein. Você poderia muito bem ter feito isso pra sujar minha reputação. —

— Não é possível que você ache que eu seja capaz disso! Pelo amor de Deus! Mas pode deixar que eu encontro quem foi e depois te falo. — decreta estressado e, sem nem dar chance da menina retrucar ou até mesmo se despedir, ele desliga na cara dela bufando imediatamente após.

Menina complicada dos infernos.