Vai... Agora!

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POV. Derek
A caminho do hospital recebi uma chamada de Owen.
-Como ela está?
-Mal, diz que eu não sei como ela se sente. Eu estou a tentar ser paciente, mas começa a cansar sabes...
-Tens de ter calma. Vou voltar para o exército, eles precisam mesmo de pessoal.- comecei a pensar sobre o assunto.
-Têm mesmo assim tanta falta de médicos?
-Sim... As coisas estão um caos lá. Porque estás a pensar alistar-te?
-Sim.
-Vou falar com o sargento, até já.- ele desligou e eu fiquei a pensar no que acabei de fazer...
Sai do carro assim que cheguei ao hospital e comecei o meu dia. Na hora do almoço recebi uma chamada do sargento. Disse que teria de pensar um pouco e falar com a minha noiva, mas que lhe dava uma reposta ao final do dia.
Eram quase 19h00 quando recebi um page e quando cheguei ao local, vi Meredith parada na porta da sala de descanso.
-O que estás aqui a fazer?
-Podes falar?- ela abriu a porta e eu entrei. Assim que me virei para a encarar, ela ataca os meus lábios e eu pressiono-a contra a porta.- Achei que querias falar...
-Isto é muito melhor...- estivemos quase 2 horas na sala, e agora ela estava a fazer-me carinho no cabelo enquanto eu encarava o teto.- Não podes fazer isso...
-Fazer o que?
-Não ficar feliz depois do sexo, não é bom para o ego...- dei um sorriso fraco.
-Eu estou bem...
-Estamos bem?
-Sim...
-Não muito convincente... Desculpa, eu não devia ter dito aquilo sobre tu não me deixares respirar, só querias que eu estivesse bem, não fui correta... Mas agora eu estou aqui, nua a fazer todas as coisas que gostas...
-Hum, coisas boas.- dei mais um sorriso fraco ao lembrar-me do que acabámos de fazer.
-Então porque ainda estás a olhar para o teto?
-Eu não sei... Eu não sei Mer. Eu só continuo a pensar... Naquele dia... Tirei-te da água e passei a hora mais assustadora da minha vida a tentar respirar por ti Mer...- vi pelo canto do olho que ela tinha uma lágrima a escorrer pela sua bochecha.- Eu amo-te e eu quero estar contigo, eu só não sei o que... Tu não nadaste... Tu não nadaste e eu sei que tu sabes nadar. Eu não sei se consigo... Eu não sei se quero continuar a respirar por ti Mer...- ela respirou fundo.
-Talvez seja melhor eu ir...- ela esperou que eu dissesse alguma coisa.- Eu vou andando...- ela vestiu-se e saiu, enquanto eu apenas fiquei ali deitado.

POV. Meredith
Pensei que ir até lá iria concertar as coisas entre nós, mas parece que não. Voltei para casa dele e quando entrei, ouvi o telefone a tocar.
-Casa de Derek Shepherd como posso ajudar?
-Daqui fala o sargento Hudson, o Dr. Shepherd ficou de me ligar sobre a vaga para médico no exército. Temos falta de pessoas e precisamos de saber se podemos contar com ele.- o meu chão abriu-se ali mesmo. Como assim? Ele não me disse nada...
-Ele não está de momento, mas vou fazer com que o recado chegue até ele, para que o possa contactar.- desliguei a chamada e sentei-me à sua espera. Não demorou muito até ouvir o carro dele chegar.
-Mer... Mer!- ele subiu as escadas e viu-me sentada na cama.- Mer...
-Vais para o exército? Achei que tinha dito que não ias... que tinhas negado a proposta.
-Bom eles voltaram a oferecer-me um lugar...
-Tu queres ir?- ele não disse nada, mas o silêncio dele falou muito mais alto que quaisquer palavras que pudessem sair da boca dele.- Tu queres ir... Oh meu Deus...
-Eu não decidi nada ainda Mer...
-Então porque não lhe ligas e dizes que aceitas?- ele mudou a expressão.

-É isso que queres? Porque é só ligar e dizer que vou

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-É isso que queres? Porque é só ligar e dizer que vou... Devo ligar Meredith?
-Devias... Liga e diz que aceitas...
-Sargento Hudson, é com grande honra que digo que pode contar comigo... Claro que sim, vemo-nos mais tarde...- ele desligou e o meu sangue fervia dentro de mim.
-Boa, agora vai.
-Oh eu vou...- ambos sabíamos o que estávamos a fazer e que só o estávamos a fazer para nos magoarmos um ao outro.

-Estou a falar a sério, vai agora!- ele olhou para mim por mais alguns segundos

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-Estou a falar a sério, vai agora!- ele olhou para mim por mais alguns segundos.- Vai!- foi a única coisa que consegui dizer entre dentes. Ele pegou em algumas das suas coisas, colocou-as numa mala e saiu. Não me mexi um centímetro do local onde estava até que ele saiu de casa.
Desci para a cozinha, tinha de confirmar que tudo aquilo não tinha sido apenas um pesadelo, mas era verdade, ele já não estava mais ali.
Assim que me virei, tomo um susto.
-Tu? O que estás aqui a fazer?- tentei gritar, mas ele tapou a minha boca com algo que me fez adormecer, antes mesmo de eu conseguir dizer algo.

Olá olá!
O quanto eu sofri para escrever esta discussão deles... Os meu bebés mereciam mais na série 🥺😭
Enfim, não me matem, salvem esse ódio para mais uns capítulo na frente.
Um beijo,
Bru

Psicologia de Grey Onde histórias criam vida. Descubra agora