És a minha pessoa

213 23 12
                                    

POV. Meredith
Chamei um táxi e fui para Seattle. Tinha marcas no meu pescoço, que começavam a ficar roxas.
-A Sra. está bem?- dei um sorriso fraco para o condutor.
-Sim... Tudo bem.- não demorou muito para chegarmos, paguei e saí. Estava em frente à minha antiga clínica. Apesar de não ser essa a sua profissão, ela realmente não deixou que ela fosse abaixo. Lexie fez um ótimo trabalho, ela estava exatamente como antes...
Vi a minha reflexão no vidro, antes de entrar. Eu estava horrível... Cabelo amarrado num coque todos desarrumado. Não tomava banho à uns dias, fato de treino largo para cobrir as minhas feridas. Cara de quem não dormia à semanas...
-Mer?- ouvi a voz de Lexie do outro lado da rua.
-Lex!- ela correu na minha direção, não querendo saber se os carros estavam a passar naquele momento ou não. Ela abraçou-me tão forte, que nos deixou às duas sem ar.
-Mer... Eu tinha tantas saudades tuas... Tu desapareceste por 1 ano, ninguém sabia nada sobre ti... Eu nem sabia se eras mesmo tu que me mandavas aquelas mensagens.- ela afastou-me do seu abraço para olhar para mim.- Estás bem? Onde estiveste? Estás tão magra maninha...- ela respirou fundo quando viu as marcas no meu pescoço, mas não disse nada sobre elas.- Anda, vamos para casa.- ela pegou nas minhas malas e eu entrei no carro dela. No seu dedo estava um anel com uma pedra enorme. Ainda nem acreditava que ela ia casar... Ainda à uns dias ela era uma criança pequena... Como o tempo passa.
Mal percebi quando já tínhamos chegado a casa de Mark, que já estava à porta. Aquilo trouxe-me lembranças de à uns anos atrás, quando eles me ajudaram a sair de casa no meio da noite.
-Grande Grey!- ele acolheu-me com um abraço de urso, que só Mark sabe dar.- Já tinha saudades tuas...- fez-me sinal para que eu entrasse e na sala vi Callie e Cristina.
-Não sabíamos muito bem o que fazer, mas pensamos que devias querer ver algumas caras familiares.- Callie veio na minha direção e abraçou-me, já Cristina apenas me deu a mão, ela não era pessoa de demonstrar afeto. Lexie recebeu uma chamada e Mark foi atrás dela para a cozinha.
-Porque não vamos para o quarto que Lexie preparou e tomas um banho? Talvez dormir um pouco...- Callie pegou nas malas e Cristina ajudou-me a subir as escadas. Todos estavam a tratar-me como se eu fosse feita de cristal...
-Vou preparar-te um banho.- Cristina foi em direção à casa de banho e Callie pousou as minhas malas.
-Tens fome? Eu vou fazer-te algo para comeres...- apesar de eu ter dito que não, ela desapareceu do quarto. Não havia muito o que fazer, elas iriam obrigar-me a comer então. Preparei uma roupa para vestir depois do banho e tirei aquela que estava vestida, vestindo um roupão por cima.
Caminhei até à casa de banho e Cristina estava a ver se a temperatura da água estava boa.
-Obrigada...
-Vamos, entra.- não estava à espera que ela ficasse comigo...- Está tudo bem...
-Não tens de ficar comigo Cris...
-É o que as amigas fazem...- respirei fundo e comecei a tirar o roupão, descobrindo as minhas nódoa negras e feridas causadas por ele. Ela ficou de boca aberta e eu apenas olhei para o chão, com vergonha do meu corpo magoado.
-Vamos Mer, entra antes que a água fique fria.- ela deu-me a mão e ajudou-me a entrar. A água estava quentinha e ajudou o meu corpo a relaxar.- Posso lavar o teu cabelo?- disse que sim com a cabeça e ela lavou e massajou a minha cabeça. Não dissemos nada, não falamos durante aquele tempo e foi muito bom. Não precisei de falar sobre as minhas feridas, não ter de explicar o que aconteceu, ou porque aconteceu. Confesso que chorei um pouco enquanto estava ali sentada, e ela apenas esteve ali comigo, sem dizer nada, sem tentar confrontar-me...
Quando a água ficou fria, ela ajudou-me a sair. Deixou que eu me secasse sozinha e vesti as minhas roupas. Ela já tinha a minha cama cheia de almofadas e mantas quentinhas.
-Estás confortável?
-Sim...- ela sorriu e começou a caminhar para a porta.- Já vais embora? Não podes deitar-te comigo? Eu só... eu não quero ficar sozinha.- ela correu e mandou-se para a cama.
-É claro que posso.- enroscou-se debaixo dos lençóis e deu-me a mão.
-Obrigada... Por tudo.
-É isto que as pessoas fazem...
-Então eu acho que tu és a minha pessoa.- encostei a cabeça no seu ombro, e em pouco tempo adormeci.

- encostei a cabeça no seu ombro, e em pouco tempo adormeci

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

POV. Desconhecido
Estava a falar com o médico quando ouvimos um barulho. Era a máquina de batimentos de um dos pacientes...
-Venham! Ele acordou!

Olá olá!
Quem acordou? E temos Mertina! ❤️
Um beijo,
Bru

Psicologia de Grey Onde histórias criam vida. Descubra agora