Fast and Coreographed - Adaptação Karlena

Capítulo 03 - Diálogo

Lena Luthor  |  Point of View

Quando me deitei, percebi que o “nos vemos amanhã” era ilusão. Amanhã é sábado e não tem aula. Quase chorei e sai correndo na rua atrás dela. Ok! Tudo bem! Eu interagi com ela hoje e isso vai me manter bem ocupada por todo fim de semana. Quando acordei, Lex e Lara me convidaram para ir à praia, mas eu neguei. Para quem não sabe, eles são meus irmãos, eu sou a do meio e Lex é o mais velho. Desci para o café.

— Bom dia! – Minha mãe desejou.

— Bom dia mãe! Tenho novidades!

— Quais? – Falou me servindo café e sentando ao meu lado.

— Bom... Segunda fomos aos rachas e eu fui atacada por um grupo de homens.

— Meu Deus Lena! Você está bem? Porque você não me contou?

— Fiquei com medo que você não me deixasse mais ir lá.

— Claro que eu não vou deixar. Esse não é ambiente para você.

— Deixe-me terminar. A Kara me salvou. Ela saiu do nada e espantou todos.

— Ela falou?

— Não. Ela me alcançou a jaqueta e se virou para ir embora. Ouvimos um barulho de sirene de polícia e ela pareceu debater internamente, mas no final estendeu a mão para mim. Conseguiu despistar a polícia e me deixou aqui na frente de casa.

— Não sei se gosto ou se odeio essa garota.

— Ontem na escola, primeiramente ela me ignorou, mas depois ela me ajudou com minha mochila e aceitou lanchar comigo.

— Ela falou?

— Não. – Falei frustrada. — Nos comunicamos por mensagem. Ela mandava mensagens e eu falava.

— Essa menina é muito estranha, mas se por uma sorte divina ela te ajudou no ataque é porque ela estava te cuidando. Como ela saberia?

— Eu perguntei para ela, mas ela não foi objetiva na resposta.

— Minha filha, esse garota é muito mais complicada do que eu pensei. Você acha que vale a pena?

— Não sei mãe... Eu espero que sim.

— Você que sabe. Estou aqui para o que precisar.

— Obrigada mãe. O que você acha que o pai vai achar disso?

— Não se preocupe, estou mantendo ele informado. Sabe que pode contar sempre conosco.

— Sei sim mãe. Amo você.

— Eu também minha filha. Agora ande com esse café.

Tomei meu café e fui para a sala, assistir TV. Depois de vários desenhos animados, deixei no canal de clipes. Me peguei pensando no que Kara poderia estar fazendo. Quando a campainha tocou, fiz menção em levantar.

— Deixa que eu atendo querida! – Assenti. — Oi... Você é? – Não ouvi resposta, então me virei. Meu coração deu um salto ou várias cambalhotas não dá para raciocinar.

— Kara?

— Ah! – Minha mãe abriu um sorriso. — Pode entrar Kara. Prazer em te conhecer. – Kara assentiu. — Vou estar lá dentro querida.

— Obrigada mãe! – Fiquei encarando Kara por um tempo. — Oh! Me desculpe. Senta aqui. Estou assistindo a uns clipes. Vou buscar meu celular para “conversarmos”. – Ela assentiu sentando no sofá. Quando subi para o meu quarto, percebi que estava de pijama e um pijama nada sexy. Troquei de roupa e peguei meu celular. Sentei ao lado de Kara, o mais próximo possível, bem sutil, quase no colo dela.