[ A D A P T A Ç Ã O ]
Lena Luthor é uma animadora de torcida que nutre um amor platônico por sua colega Kara Zor-El. Não parece tão
complicado, o problema é que Kara vem a ser uma pessoa fechada, não conversa, não tem nenhum amigo e vive se arriscan...
Depois de um dia inteiro, meu corpo clamava por Kara. Meu pai arrombou a porta do meu quarto e me obrigou a ir à escola nova. Estava com o moletom de Kara, não o tirava por nada. Ele me deixava na frente e me buscou quando a aula acabou. Quando cheguei, meu quarto estava sem porta, ele me acompanhou e começou a se explicar, mas eu nem liguei. Não me importava com mais nada.
Kara Zor-El | Point of View
Quando pai de Lena disse que eu não poderia mais vê-la, meu coração quebrou, mas no fundo eu esperava que isso acontecesse. Não fui à aula, fiquei chorando em casa, olhando uma gilete e me controlando para não usá-lo, acabei adormecendo e sonhando com ela.
Na escola, o comentário que Lena se transferiu de escola se espalhou muito rápido. As aulas ficaram extremamente sem cor sem ela. Meu peito apertava quando olhava para o lugar dela e ela não estava lá para sorrir, enquanto eu mandava beijinhos para ela no ar. O pior era olhar para a cara daquele escroto e não poder socá-lo até ele morrer.
Quando fui deixar meus livros no armário, ele estava escorado no outro lado do corredor, com um bando de seguidores idiotas e sem vida própria.
— Ouvi falar que os Luthor's se tocaram que você é uma marginal e proibiram seu namorico, Zor-El. – Eles riram e quase todos me olharam.
— Ouvi falar que não é da sua conta e se você quiser sorrir com todos os dentes na boca é melhor deixar ela fechada. – O corredor quase veio a baixo em gritos e ele fechou a cara, saindo dali.
— Isso foi hilário. – Fechei meu armário e caminhei em direção da saída. — Olha, é verdade que não está mais com ela? Podíamos sair ou sei lá. – Quinn falou se insinuando.
— Estou com a Lena, ela só mudou de escola para poder animar novamente. Por favor, me deixa em paz. – Menti. Ela virou as costas e saiu.
Fui para casa e decidi que tinha que dar um jeito na minha vida, não sei como, mas sem Lena não posso ficar.
Lena Luthor | Point of View
Depois de um mês, minhas roupas folgadas, denunciavam o quanto havia emagrecido. Só rezava para Kah ficar bem e torcia para ela não estar se cortando novamente. Não consegui tirar minha bad girl um segundo do pensamento. Daria tudo para ouvir a voz dela, saber que ela esta bem. O moletom dela já perdeu seu cheiro e me obriguei a lavá-lo. Não conversava com minha família, sei que não adiantaria e que eles estavam me protegendo, mas nunca me senti tão sem rumo como agora.
A escola nova tinha um grupo de animadoras e me pareceu algo para distrair. Só rezava para a capitã não ser uma vadia egocêntrica. Perguntei na direção com quem deveria falar. Perguntei pela tal de Imra, até alguém me indicar, uma garota magra e parecia simpática.
— Oi... Imra?
— Sim. E você?
— Eu sou Lena, fui transferida há pouco. Eu era animadora na outra escola, me disseram que teria falar com você.
— Quer entrar para o time? – Assenti. — Seria ótimo, amanhã tem treino depois da aula. Vamos esperar você.
— Nossa! Obrigada! Não preciso de teste ou algo do tipo?
— Nosso colégio tem regras sobre aceitar todos e nunca impor condições em nossas atividades extras.
— Isso é ótimo. Obrigada mesmo. Até amanhã.
[•••]
No outro dia avisei meu pai que animaria depois da aula, ele ficou feliz por eu ter falado com ele e por estar interagindo novamente.
As meninas eram boas e o clima do treino era leve, Imra não era tirana como Quinn. Ela e Gayle comandavam quase juntas e elas aceitavam todas as ideias.
Depois de uma semana, estava super em sintonia com a equipe, aquilo me fazia bem, não o bem que Kah me fazia, mas era menos vazio enquanto eu estava lá. Imra achou que estava tudo perfeito e nos liberou mais cedo, como não tinha celular, tinha que esperar até o horário normal, quando estava passando pelas arquibancadas, meu braço foi puxado e só parou quando entrei embaixo da mesma.
— Que po... – Era Kah, com aquele sorriso torto e chorando. Pulei nela, a abraçando forte... Queria fundir nossos corpos. Chorei escondendo o rosto em seu pescoço. — Kah... Senti tanto sua falta, bad girl.
— E eu então gatinha... A vida sem você não é nada. Estou te perseguindo a semanas, decorando seus horários, foi ajuda dos céus seu treino acabar cedo hoje. – Falou e me beijou... Como senti falta deste beijo, a língua dela me invadia com desespero... Era desespero... Era saudade. Ela puxou meu lábio inferior entre os dentes, quando o ar nos faltou, mas não demorou a colar nossas bocas de novo. Eu já nem lembrava onde estava.
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