Capítulo 05 - Revelação 1

4.1K 528 157
                                    

Lena Luthor  |  Point of View






Foi o que ela disse, nem pensei e colei nossas bocas. Uma euforia tomou conta do meu ser. Eu estava a beijando. Enfiei minha mão dentro do capuz dela e arranhei sua nuca. Ela serpenteava a língua junto a minha. Diminuiu a intensidade e puxou meu lábio inferior entre os dentes. Ficamos ofegando por um tempo. — Você é tão linda Lena. – Falou acariciando meu rosto. — O que você quer com uma pessoa como eu?

— Uma pessoa como você? Uma garota super linda? É mais fácil te contar o que eu não quero com você? – Isso Lena. Age como uma vadia, ela deve amar isso. Idiota! Senti minhas bochechas esquentarem, tamanha a vergonha que senti. Ela, com o indicador, levantou meu queixo e prendeu o olhar no meu. Desenhou o contorno da minha boca com o polegar.

— Seus olhos são lindos. Ontem eles estavam azulados e hoje estão verdes.

— Prefiro os azuis intensos. – Falei colando nossas testas enquanto ela sorria. — Vem vamos assistir os filmes. – Ela foi até a cama e deitou. Arrumei as coisas. Deitei ao seu lado e ela entrelaçou nossos dedos, me puxando para um abraço. Escondi meu rosto na curva do seu pescoço, pescoço modo de dizer, por causa deste moletom dos infernos, e coloquei minha perna sobre a dela. Enquanto ela prestava atenção no filme, eu só pensava em beijar ela novamente. Afastei um pouco o moletom e deixei um beijinho ali, outro, dei uma mordidinha, ela fechou os olhos, chupei de leve e subi para a bochecha, deixando uma mordidinha nela. Ela se virou e me puxou pela nuca, atacando meus lábios. O que é essa pegada? Até demorei a retribuir. Me sentei sobre seu quadril, com um joelho de cada lado do mesmo e ela pousou as não sobre minha coxa. Conforme a intensidade do beijo aumentava, ela apertava ali. Nos separamos poucas vezes, para recuperar o fôlego. Quando minha mãe bateu na porta para avisar que o almoço estava pronto, bufei frustrada e Kara estava com uma expressão indecifrável. Me olhei no espelho e meus lábios estavam vermelhos e inchados. Olhei para ela e ela não estava diferente.

— Acho que eles vão saber o que estávamos fazendo.

— Nos beijamos, Kah! Não tem nada errado nisso. – Quando entramos na cozinha, Lara me olhou sorrindo e negando.

— Espero que goste Kara. – Ela assentiu. Peguei o prato dela e enchi. Para ver se ela demorava um pouco para comer. Depois de um tempo, ela conversava com os meus irmãos. Depois que terminei, Kara estava na terceira servida, meu pai estava orgulhoso, dizendo que ela tinha gostado do churrasco dele. Servi ela mais uma vez e pedi licença. Coloquei um edredom na varanda e peguei o bendito livro que tínhamos que ler. Quando voltei, Kara comia a sobremesa que minha mãe havia feito.

— Vou parar de vir aqui. Vou acabar com a comida de vocês.

— Que isso, Kara? Ficamos felizes quando você vem e comida tem de sobra.

— Sim. É bom quando preparamos algo com carinho e as pessoas comem. Pior é quando fizemos de tudo para agradar e as pessoas ficam cheias de dedos e “não como isso, não como aquilo”. – Meu pai falou.

— Obrigada mesmo. Estava tudo saboroso e eu nunca fui tão bem tratada assim, só pela minha mãe...

— Você mora com seus pais Kara?

— Ãn... Eu... – Ela ficou vermelha.

— Vem Kah. Vamos terminar de ler o livro.

— Desculpem.

— Não se desculpe. Entendemos você. – Minha mãe falou.

Passamos a tarde lendo e trocando alguns beijos. Até a noite cair.

— Tenho que ir... – Kara falou.

— Não Kah. Está bom aqui.

— Não queria ir... Mas eu preciso. Amanhã nos vemos na escola.

Fast and Coreographed - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora