Capítulo 54 - Tatuagens

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Kara Zor-El  |  Point of View





— Uma tatuagem na virilha? Por quê?

— É um bom lugar para deixar meu nome marcado para sempre. – Ela olhou para as mãos sobre minha coxa.

— Parece um bom plano. Podemos fazer hoje, mas você vai fazer meu nome também.

— Na virilha?

— Não. Bem aqui. – Ela disse apontando para o vão entre minhas tatuagens no abdômen.

— Podemos ir agora se você quiser.

— Vamos tomar um banho então. – Assenti.


[•••]


Já no estúdio, onde fiz minha primeira tatuagem, o lugar estava diferente, maior e com mais clientes. Tinha uma moça
que passava com biscoitos e café.

— Você já veio aqui?

— Fiz meu dragão aqui. – Fiz um sinal para a moça do café.

— Posso ajudar?

— Kate Kane está por aqui? – Foi um chute no escuro. Faz tanto tempo, se ela estiver nem deve se lembrar de mim.

— Sim. Ela é dona deste lugar agora.

— Nossa.

— Deseja falar com ela?

— Sim.

— Como é seu nome?

— Kara Zor-El.

— Vou chamá-la.

— Quem é essa tal de Kate? – Lena perguntou e não escondeu a irritação.

— Ela fez minha primeira tatuagem.

— Entendo. – Ela sentou no sofá, com um bico enorme. — Está achando graça de quê?

— Desse seu bico enorme aí. – Me sentei ao lado dela. — Quer ir a outro lugar?

— Não. – Ficamos em silêncio por um tempo. — Já ficou com ela?

— Não amor. – Neguei sorrindo. — Ela só fez meu dragão e a tatuagem ficou muito boa. Não quero te entregar nas mãos de qualquer troglodita. – Ela sorriu e me abraçou. — Isso tudo é ciúmes?

— Você diz que não tem ninguém na cidade e chama uma mulher pelo nome e sobrenome. O que queria que eu pensasse?

— Kara Zor-El... A pirralha que não sente dor. – Kate falou e eu me levantei. — Vejo que andou traindo meu estabelecimento.

— Comigo não me importo muito... – Peguei Lena pela mão e a levantei. — Mas com minha preciosidade, quero os melhores. Na verdade, ela só vai fazer se for com você.

— Se saiu bem dessa. Vamos para o meu estúdio. Kate Kane. – Falou estendendo a mão para Lena.

— Lena Luthor. – Minha noiva falou sorrindo.

— Minha noiva. – Falei orgulhosa.

— Tem bom gosto, pirralha.

— Não podemos dizer o mesmo dela. – Falei.

— Não mesmo. – Ela disse e eu gargalhei. Lena ficou observando sem falar nada, diria que até assustada ela estava.

— O que vão querer?

— Lembra quando eu vim aqui e você disse que a pessoa só podia cometer um erro irreversível? – Ela pensou um pouco.

— Não...

Fast and Coreographed - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora