Capítulo 30 - Lembranças

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Kara Zor-El  |  Point of View






Voltamos para casa sábado pela manhã, pois tínhamos que escolher as benditas fantasias.

Já estávamos no shopping. Barry, Alex e eu estávamos sentados em um sofá, depois de muita discussão, onde nada do que sugerimos foi aceito, as meninas decidiram que elas escolheriam tudo sozinhas, nós só experimentaríamos. Imaginem a nossa cara, não sei qual estava mais emburrado. Barry e Alex só sorriram quando Lena chegou perto com uma fantasia de Batman.

— Amor... Eu vou de mulher gato e você vai de Batman. – Eles gargalharam e Samantha se aproximou com uma fantasia.

— Alex... Você vai de Aladdin e eu de Jasmine. – Foi à vez de gargalharmos dela, mas o pior sobrou para o Barry.

— Amor... Achei a fantasia perfeita! Vamos de Smurfs. – Caitlin chegou saltitante. Nossa, eu Alex quase caímos do sofá de tanto que rimos.

— Eu sou muito alto, amor. Não combina.

— Por isso que vai ficar legal.

— É Barry! Super legal! – Alex debochou dele.

— Vem amor! Vamos experimentar. – Coloquei a tal fantasia, ela ficou folgada, a moça ajustou um pouco e depois de um tempo, deixou pronta. Lena colocou a dela e senhor... Aquela roupa de couro, colada no corpo dela. — Como ficou? – Ela falou colocando a máscara e isso destacou tão bem os olhos dela. Eu até abri minha boca, mas não consegui falar. — Vou considerar isso um bom? – Assenti freneticamente. O quê essa garota faz comigo? Ela é tão perfeita.

— Vão alugar ou comprar? – A moça da loja perguntou.

— Alu...

— A minha alugar e a dela vamos comprar. – Falei rápido e Lena gargalhou.

— Pensei que não gostasse de fantasias.

— Dá sua eu gostei. Mais que gostei. – Vestimos nossas roupas e nos juntamos aos outros.

Barry estava indignado, não tanto pela fantasia, mas a Caitlin insistia que eles se pintassem de azul. Alex e eu zoamos ele muito, como se as nossas fantasias fossem menos ridículas.

— Alex... Minha mãe quer que você almoce lá em casa hoje. – Sam falou pra ela.

— Tudo bem.

— Boa idéia. Amor... Vamos almoçar lá em casa? – Caitlin perguntou para Barry.

— Ok.

— Assim já aproveitamos para nos ajudar a nos pintar. – Caitlin disse e Barry só faltava chorar.

— Kah... Vamos ao mercado e eu cozinho para nós. O que acha?

— Acho perfeito, amor!

— Já no mercado, Lena comprou tudo que precisamos, eu comprei umas coisas para encher um pouco aquela geladeira e os armários novos. Minha casa está tomando jeito agora. Parece habitável. Parei o carrinho ao lado de Lena e ela estava concentrada lendo o pacote de macarrão. Atos como esses me fazem perguntar o porquê de não ter a pedido em casamento ainda.

— O que foi Kah? Está me olhando estranho?

— Nada. Só estou admirando sua concentração.

— Entendo. Amanhã meus pais querem visitar o seu pai.

— Por quê?

— Eles querem conhecê-lo. Algum problema?

— Não. Só achei estranho.

— Eu inventei de falar que tem uma churrasqueira lá. Sabe como é meu pai. – Sorri.

— Sei. Acho que tudo bem.

— Ótimo. Provavelmente vamos estar de ressaca.

— Não sou de beber.

— Nunca?

— Nunca me interessou. É muito raro.

— Que bom. Você gosta de pilotar e isso não combina com bebida.

— Sim. – Me aproximei dela e selei nossos lábios. Ficamos um tempo assim, até ela soltar o pacote no carrinho e levar a mão até minha nuca, aprofundando o beijo. Levei minha mão até a cintura dela e a outra repousei em seu rosto. Foi calmo e diferente. Ela se afastou para repirar e quando abriu os olhos, percebeu que eles estavam marejados. Ela levou a mão as minhas bochechas e limpou algo.

— Porque está chorando? – Lena perguntou.

— Não estou chorando.

— Está sim.

— Não sei o porquê disso.

— Eu te amo, Kara.

— Eu também te amo, Lena.

Ela escolheu um monte de coisa, temperos e minha fome só aumentava. Quando chegamos a minha casa, organizamos um pouco das compras e Lena começou a cozinhar. Coloquei minha playlist e Lena odiou, mas cantou algumas músicas. Coloquei uma das minhas preferidas e deixei rolando no repeat.

— Me lembro o dia que você chegou na escola com essa música retumbando no seu carro.

— Você gostava daquele banco ou me esperava ali?

— Os dois, mas mais a segunda opção.

— Estacionava ali por sua causa. Aquela vaga era do professor Jon. Ele me odiou mais por roubar isso dele. – Me sentei na cadeira da mesa e coloquei meus pés na outra. Lena sorriu.

— O que houve?

— Nunca me senti tão casada como agora. Vai lavando essa louça e colocando a mesa.

— Mas estou cansada!

— Cansada Kah? Você não fez nada.

— Eu carreguei as sacolas. – Depois de uma longa discussão... ela ganhou claro. Lavei a louça e arrumei a mesa.

Subi até o quarto do meu pai. Ele estava fechado fazia tempo. Abri as janelas, a decoração era a mesma do tempo de minha mãe, nunca mexemos em nada. Tirei os lençóis da cama e larguei no cesto de roupa suja. Abri o guarda roupas como ela deixou. Peguei o vestido que ela usou no aniversário de Karina. Ela estava radiante naquele dia, pois sempre torceu para que Jaimie e eu namorássemos.

— Deveria doar. – Ela disse escorada no batente.

— Talvez.

— Pelo cheiro do quarto, você não o abre faz tempo.

— Faz mesmo. – Ela pegou o cesto.

— Vou colocar para lavar. – Coloquei o vestido no lugar.

Desci até a cozinha, o cheiro estava divino. A casa do jeito que está realmente me fez acreditar que a qualquer momento, Karina apareceria correndo e minha mãe gritaria com ela, que gargalharia, pois sabia que mamãe nunca ficava braba de verdade com a gente. Ela era amável demais para isso.

 Ela era amável demais para isso

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Fast and Coreographed - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora