Kara Zor-El | Point of View
Na manhã seguinte liguei para Monel e avisei que estava chegando. Alex e Barry me acompanharam, eles tinham um esquema de escolta que não deixaria a quadra da casa do Monel. Quando cheguei a frente ao prédio dele, sim, o prédio todo era dele, fiquei encarando a porta por um bom tempo, até que ela se abriu e ele saiu acompanhado do seu capanga Raymond.
— Oi! – Falei sorrindo.
— Oi Kara. Posso te abraçar? – Chegava ser engraçado, é a primeira vez que ele pergunta se eu quero alguma coisa, quando vim para cá, pagar a dívida do meu pai, estava sozinha e assustada, ele pouco se fodeu em perguntar algo.
— Claro! – Ele me abraçou e eu retribui. Ficamos um tempo assim.
— Entregue sua chave para o Raymond.
— Por quê?
— Surpresa! Tem alguma mala ou algo parecido? – Assenti, abri a porta do carro e ele pegou meu mochilão. — Vamos almoçar e sair. Quero te levar a um lugar.
— Tudo bem. – Almoçamos, Monel estava realmente empolgado com nossa tentativa, enquanto a única coisa que eu estava tentando, era não matar ele com a faquinha de serra que estava na minha mão. — Aonde vamos? Esta roupa combina?
— Sim e você vai amar. – Fomos até seu carro e partimos para o tal lugar. Chegamos depois de duas horas, em um estádio na cidade vizinha. — Foi difícil, mas consegui dois ingressos na área vip para nós!
— Show de quem?
— Já já você vai ver! – Ele saiu e eu o acompanhei, ele entrelaçou nossos dedos e uma sensação de náusea me corroeu por dentro. O que eu não faço por ela?
Ficamos na fila por um tempo, depois que Monel entregou os ingressos, entramos e fomos dirigidos até a frente do palco. Tinha muita gente, a única certeza que eu tinha, é que o show era de rock. Depois de um tempo esperando, Monel trouxe água para nós e a introdução começou a tocar. Meu coração acelerou, não... Não quero ver esse show com ele, esse momento eu queria dividir com ela. Suspirei derrotada...
— Não me diz que essa música é XIX e quando essa cortina abaixar eu vou ficar de cara com Slipknot.
— O que achou da minha surpresa?
— Incrível, Monel. Surpresa mesmo! – Ele me puxou pela cintura e repousou a cabeça no meu ombro. Sério?
Quando as cortina caíram, comecei a gritar e pular, o que fez ele me soltar e rir da euforia do meu ser. Depois de rouca cantando as músicas, começou Vermilion e eu quase enfartei. Aquilo é muito louco, eles são loucos. Depois dela Killpop e depois... Sim, minha música e claro que a gritei com minha alma... Before I Forget. Quando o show acabou, minha voz tinha sumido, o que me deu uma boa desculpa para não conversar com o traste do Monel.
[•••]
Depois de uma semana, Monel realmente, só faltava lamber o chão onde eu pisava. Certas situações me renderam o desgosto de ter que beijá-lo para ele não desconfiar, o que me fazia rever se era o certo a se fazer, pois não havia nenhum movimento suspeito por parte dele. Agora estou indo a garagem, onde ele me chamou para ver algo.
— O meu bebê! – Era o meu carro.
— Abra o capô... – Eu o fiz e o meu motor havia sido trocado. — Tudo novo, inclusive com Smart Nitro e quatro tubos extras aqui. – Falou levantando o banco do carona. — Fora os pneus e os bancos que também são novos...
— Não sei o que dizer...
— Não precisa dizer, é só me beijar. – Sorri fraco para ele e rodeei seu pescoço com meus braços. Ele se inclinou e colou nossos lábios. O telefone tocou e ele foi atender.
Fui atrás dele e ele já havia encerrado a ligação, estava em frente do computador. Me sentei em seu colo e escondi meu rosto em seu pescoço, de forma que eu conseguisse ver a tela. Em um user bloqueado, ele digitou meu nome como
senha, patético! Pelo menos uma senha eu tenho. O telefone tocou novamente e ele disse que precisava sair.— Vai aonde?
— Chegou um carregamento de cocaína e vou receber. Vai ficar bem aqui?
— Sim. – Ele saiu e quando seu carro sumiu na esquina, acessei seu computador.
Fui até minha bolsa e peguei um pendrive e copiei todas as pastas. Fui até o carro de Barry e entreguei os arquivos. Voltando rapidamente para casa. Monel chegou à noite e eu fingi estar dormindo para não conversar com ele. Ele beijou minha testa e me cobriu com o edredom.
No outro dia, ele havia preparado o café.
— Bom dia, Kara!
— Bom dia! Não te vi chegar ontem...
— Imprevistos. O carregamento só chegará semana que vem.
— Hum. – Fingi desinteresse. — Você conhece algum tatuador bom por aqui?
— Sim. Tenho um amigo muito bom, posso te levar lá.
— Eu adoraria.
— Vai tatuar onde?
— Vou esconder essas cicatrizes. – Falei mostrando os braços. — Acho que vou fechar meus dois braços e talvez tatuar algumas nas pernas.
— Vai ficar muito legal. Olha... Eu sei que tenho culpa na maioria destes cortes, mas eu estou mudado, vou fazer dar certo. Eu amo você, Kara!
— Eu sei Monel! Só não estou pronta...
— Tudo bem. No seu tempo. Tudo no seu tempo desta vez!
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Fast and Coreographed - Adaptação Karlena
Fanfiction[ A D A P T A Ç Ã O ] Lena Luthor é uma animadora de torcida que nutre um amor platônico por sua colega Kara Zor-El. Não parece tão complicado, o problema é que Kara vem a ser uma pessoa fechada, não conversa, não tem nenhum amigo e vive se arriscan...