Capítulo 38 - Volta?

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Lena Luthor  |  Point of View





Três semanas para a vida girar. Duas onde me dei ao máximo porque tinha realizado meu maior sonho... Ser capitã. Uma sem a Kara. Ela foi irredutível no nosso término e não aparece na escola desde que tudo aconteceu. Não conversa com Barry ou Alex e não vai aos rachas. Seu carro não está na casa dela e quando bato lá, ela não atende. Ela sumiu.

Semana que vem é o campeonato, estamos bem preparadas, mas nada faz sentido para mim. Queria que ela me levasse para tomar um sorvete, me obrigando a tomar água, depois dos treinos e que estivesse naquela arquibancada me apoiando no meu grande dia.

— Oi Lena.

— Oi Caitlin, oi Sam.

— Como você está? – Elas sentaram uma de cada lado meu, na arquibancada. Eu não estou bem... Qualquer um que ver essa carcaça aqui sabe que não estou bem, só estou levando e lutando o dia todo para não
chorar.

— Péssima. – Caitlin repousou a mão no meu ombro. — Isso é tão injusto... Estava tudo certo... – Comecei a chorar.

— Tudo no lugar... Eu finalmente consegui ser capitã, tinha minha bad girl, vou arrastar a cara da vadia na lama depois do campeonato... – Olhei a aliança que eu recusava tirar do meu dedo. — Eu a amo tanto. – Sam me abraçou.

— Só dê um tempo para ela pensar. Alex e Barry também não lidaram bem com aquela semana, mas agora está tudo bem. – Sam falou.

— Sabem... – Sorri ao lembrar. – Quando eu vi a Kah no primeiro ano. Ela sempre misteriosa, séria, não ficava com ninguém. Foi encantamento instantâneo. Eu nunca pensei que falaria com ela e ela me pediu em namoro. Passamos por tanta coisa e isso é super injusto.

— Kara é uma pessoa problemática Laur. Eu sei que você não gosta que nós a chamemos assim, mas ela é. Ela está confusa e sem foco. Ela precisa se encontrar sozinha para se entregar.

— Vocês não a entendem. Ela é minha heroína, eu já teria desistido há muito tempo, não tenho metade da força dela, mas ela se acostumou com a frustração da vida e não quer enxergar que pode ser muito feliz, ela tem o direito de ser feliz.

— Alex disse que ela está correndo.

— Ela conversou com Kara? Você sabe onde ela está?

— Não. Ela só foi arrumar o carro, disse que está correndo em uns rachas no interior e que precisava de um tempo sozinha.

— Vamos treinar hoje? – Caitlin perguntou.

— Vamos. Tive uma ideia e acho que todos vão gostar.

— Bom. Você está bem para isso?

— Só queria saber se ela está bem. – Ficamos em silêncio por um tempo. — Vou sair e depois eu volto meninas.

— Quer companhia?

— Não. Só quero ficar sozinha. – Chamei um táxi, na frente da escola e pedi que me deixasse na frente da sorveteria que Kah sempre me trazia. Quando fui sentar no nosso lugar de costume... Era ela. Ela estava ali. — Kah... – O corpo dela ficou tenso e ela virou lentamente. Ficamos nos encarando por um tempo. Ela voltou à atenção para o café que tomava.

— Oi.

— Posso sentar?

— Pode... Eu já estava de saída. – Ela levantou e foi passar por mim, mas eu a puxei pelo braço e a fiz sentar. — Lena, não dificulte as coisas.

— Não estou dificultando. Quero conversar com você. – Me sentei ao lado dela. — Você está magra. Você tem se alimentado direito? – Ela não respondeu. Levantei as mangas do moletom dela, onde novamente, sua pele estava cortada.

— Hey. – Ela exclamou zangada e afastando minhas mãos.

— Não acredito que você voltou a fazer isso. Você nem estuda mais. O que você quer?

— Isso não importa a você.

— Claro que importa. Eu amo você. Eu estou surtando sem você Kara, uma semana é um inferno sem você.

— Acha que eu não sei? Tudo naquela maldita casa tem seu perfume ou uma lembrança nossa. Nunca pensei que choraria tanto, não chorava desde Karina. Não fale como se só você sofresse com isso.

— Vamos voltar Kara e esse sofrimento acaba. Eu te amo tanto, sinto falta do seu cheiro e de acordar com nossos corpos quase fundidos. Sinto falta de brigar com você porque você acha que todos os filmes da Drew Barrymore são iguais. Nós temos algo, Kah. Algo bom demais... Algo mágico. Precisamos aproveitar isso.

— Não fale essas coisas.

— O que? A verdade? – Ela olhava a xícara em sua frente. — Mas que merda, Kara! Olha para mim quando falar. – A puxei para ela me encarar, mas ficamos muito perto... Perto demais. Meus olhos vacilaram dos seus e focaram na boca dela. — Sinto falta de você, Zor-El. – Ela fez o mesmo com a minha e se aproximou de mim. Levou a mão até meu rosto e tocou meus lábios com o polegar, desenhando o contorno deles. — Sinto falta de você fazendo gato e sapato de mim, dos nossos momentos fofos e dos safados. De como, às vezes, você faz amor comigo e em outras, você me fode, mas sempre é gostoso, para não dizer divino – Mordi suavemente se deu dedo, o chupando de leve em seguida, ela fechou os olhos e gemeu baixinho. — Volta para mim, Kara. Eu te faço bem e não funciono direito sem você. Volta... – Falei me aproximando. — Diz... Que volta. Eu te amo tanto. – Falei com nossos lábios quase colados. — Você não veio até o nosso cantinho por nada. – Ela me puxou pela nuca de forma bruta, em um beijo que podia ser denominado selvagem.

 – Ela me puxou pela nuca de forma bruta, em um beijo que podia ser denominado selvagem

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Fast and Coreographed - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora