De novo não

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O lorde fitava-a tão perversamente que ela poderia tremer. Enquanto Bennet estava no chão. Decepcionada com ela mesma. Agora tudo o que ela quer é morrer. Falhou em sua principal tarefa, aonde salvaria nao só a sí, mas a todos.

As portas atrás dela se fecharam com um estrondo, fazendo-a se assustar. Seu semblante de nada era, estava simplesmente acabado, Bennet estava no fundo do poço, sem saída.

-- Vejam só como esta bela para este precioso dia. - O lorde se levantou, fazendo com que a morena apertasse sua mandíbula, ela teria sorte se ele fosse piedoso o bastante para que sua morte seja rápida e sem sofrimento. -- Venha, nós estávamos conversando sobre nossa relação ha pouco... - Com uma de suas mãos, segurou a palma dela, enquanto a outra acariciava suas costas, direcionando-a até a cadeira ao lado da dele.

Assim, afastou o assento para que ela pudesse sentar. E sem prorrogar, ela se sentou com seu semblante pálido e fracassado, sendo intensamente observada pelo lorde.

-- Por favor, se puder ter a piedade de me matar rapidamente, serei grata... - Resmungou ela, fitando o chão.

-- Oh nao, minha querida! - Ele exclamou, levantando o queixo dela para si. -- Não vou mata-la... - Observava-o em negação. -- Isso seria como lhe agradecer pelas perversidades dirigidas a mim. Eu tenho outros planos para você, sereia... - Ele se deliciava com o rosto palido e em choque da garota.

Catleya procurou seus pais pela mesa, mas não os encontrou, o que já não era surpresa alguma. Ou estavam mortos, ou sendo cotidianamente torturados por Voldemort.

-- Coloque um sorriso neste rosto. Já não sou piedoso o bastante salvando-a da morte pela segunda vez? Sou, ou não? - Questionou aos seus servos, que concordaram sem objeções. -- Viu, todos aqui concordam conosco. Agora... Para cada escolha que tomamos, temos uma consequência. Então é claro que eu não poderia deixa-la sem sua sentença. - O lorde parecia radiante.

-- Tem sentença pior do que ter de servi-lo? - Uma pergunta tão afiada quando uma lâmina.

-- Eu já havia me esquecido de como não tinha apreço pela vida, mas, sim. Para você existe algo muito pior do que ter de me servir... - Colocou sua mão sobre a dela. -- Acho que já não é novidade para ninguém que preciso de um herdeiro. Dentre todas as mulheres aqui que poderiam me dar um, a mais adequada é Catleya Bennet! - Ela fitou-o chocada com a frase mais suja e repugnante de sua vida. -- Decidi que vamos nos casar e conceber um herdeiro para vocês, queridos amigos e fiéis servos - Ela se levantou, trazendo toda a atenção para sí.

-- Prefiro que me mate agora da forma mais doente e dolorosa possível que exista! - Ele gargalhou. -- Jamais aceitaria me casar e conceber um herdeiro com você! - Caminhou na direção da porta, sendo barrada por dois dos comensais e por fim, se voltando para ele. -- Me mate, ou eu mesma farei isso! - Apontou sua própria varinha para seu pescoço, enquanto o semblante contente do lorde mudou para severidade.

-- Não! - Exclamou em negação. -- Recolham a varinha dela! - Ordenou para os comensais, que falharam antes mesmo que pudessem reagir.

-- Me mate, ou farei isso... - Repetiu dessa vez, calmamente, observando-o da forma mais sincera possível.

-- Não posso deixar que faça isso, minha filha! - Braços agarram o corpo dela, enquanto sua varinha é recolhida.

-- Papai?! - Questiona sentindo o bom e nostálgico perfume de seu pai, e logo em seguida adormecendo.

Horas mais tarde, ela acordara desnorteada, observando o quarto que não é seu. Então seus olhos avistam uma figura adentrar a porta. Era Tom, ou melhor e mais recente, Voldemort.

A mesma é fitada por ele sem semblante algum, enquanto a morena esquiva-se colidindo com a cabeceira, ao perceber que ele caminhava em sua  direção.

-- Não vou me casar com você ou muito menos dar a luz a um filho seu! - Ódio transparecia em toda sua frase.

-- Você vai... Não tem escolha. - Avisa calmamente, sentando-se ao lado dela enquanto encarava seu rosto com saudade, contemplando o aconchegante silêncio que reinava no cômodo.

-- Por que não me mata? Eu fui tão... Tão... Cretina com você  e-e-e você está aqui, obrigando-me a casar com você... - A mão do lorde toca a coxa dela.

-- Gosto do jeito que se descreveu. Sabe, por muito tempo eu senti ódio do que fez. Mas eu gosto de você. Seu jeito... É algo peculiar, de uma forma boa. E... Bem, casando-me com você... Eu vou castiga-la de uma forma favorável para mim. - Fitou-a arrogantemente.

-- Então quer dizer que se casar com você é um belo castigo? - Retirou a mão dele de cima de sua coxa.

-- Isto se aplica somente a você, senhorita Bennet - Voltou sua mão para o rosto dela, segurando-o enquanto fitava os olhos da jovem intensamente.

-- Não pode me obrigar a casar com você. Por que não me mata logo? Ai não teria com quem se preocupar - Bennet tentava encontrar justificativas para o fim de sua vida.

-- Mata-la seria como dar fim ao seus sofrimentos. E eu não estou disposto a fazer sua vontade a partir de agora. - Catleya se levantou, arrastando novamente seu belo vestido branco pelo chão. -- Aonde está indo? Eu não a dei permissão para sair! - Exclamou levantando-se também.

A morena seguiu até a porta tentando abri-la, contudo estava trancada, ou enfeitiçada. Por fim, o lorde chegou até ela, parando as suas costas e fitando-a ridiculamente tentar abrir a porta.

-- Me solte! Eu me recuso a juntar-me em matrimonio com você. Jamais farei isso de bom grado! - Permanência tentando abrir a porta, até que Riddle envolve seus braços ao redor do corpo dela, pegando-a no colo e levando-a até a cama novamente.

-- Este vestido sempre a deixou encantadora. Mas não quero ve-la usando-o novamente. Não tenho boas lembranças desde a última vez que o vi. - Ficou sobre ela.

-- Não espere nada de mim, daqui em diante jamais mencionarei uma palavra a você! - Cruzou seus braços, evitando contato visual com ele, por fim virando-se para o lado.

-- Catleya, minha paciência tem limite. Se não colaborar comigo, sua família vai sofrer, e nao vai ser pouco! - Ela virou-se novamente para ele, fitando-o com desdém e voltando a mesma posição de antes, como resposta para ele.

O lorde se levantou e seguiu até a porta, tocando na maçaneta e a virando, observando Bennet sentar-se ansiosa.

-- Não. Não os machuque. Não faça nada com eles, por favor... - O tom dela mudou para melancolia. Então ele afastou-se da porta, assentindo com a cabeça.

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O que acharam? 

Pelo menos para mim fora bombástico.

Guerras no tempo - Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora