Danger at first sight

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Anteriormente, em The Peter Pan:

Wendy sofre um acidente com seu sonho, quase caindo da Casa na Árvore em um acesso de sonambulismo compulsório. Reis reconhece a Orla da Sereia na imagem mental, mesmo que a garota nunca tenha pisado no lugar.

Determinada a seguir seja lá o que for aquele chamado estranho, Wendy insiste e ganha uma missão em seu nome. O plano é: ela, Peter e Nenzi, cinco dias no litoral da ilha, à procura de uma... criança?

Mas, antes da esperada missão, Peter e Nenzi pretendem passar os dias agindo como guarda-costas mesmo que seja terrivelmente irritante. River faz um convite irrecusável por meio de um mini sátiro e casca de árvore. Agora, é preciso despistar!



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Logo de manhã, quando Wendy colocou os pés fora da torre, teve vontade de desistir. Vestia o traje de treinamento por baixo de um casaco forrado e salivava por um café da manhã caprichado na torre sete. Mesmo assim, quase desistiu, quase voltou para dentro, ao ver que Peter e Nenzi esperavam por ela, de prontidão na varanda. Reis passara a noite na torre onze e Wendy quase teve raiva dele também por ter sido deixada com aqueles dois patetas, mesmo que fosse um sentimento tolo.

Sua consciência calculou o peso da vontade de voltar para dentro e o de tomar café. Apesar da fome ácida que lhe corroía o estômago, era incrivelmente difícil de escolher. Ficar em casa seria tão satisfatório... Se bem que Carter apareceria em menos de quinze minutos. Ou, se o treinador demorasse mais que isso, Luke com certeza viria, cobrando café e companhia.

Wendy bufou, deu um passo para frente e fechou a porta. Peter, vestido de suéter e cachecol verde, sorriu e avançou para um abraço. "Bom dia, Wen, querida", saudou, a voz rouca, mas doce como a manhã.

A garota franziu o rosto numa careta e desviou dele num movimento rápido. "Sabe", ela resmungou, diante da carinha triste que recebeu, "às vezes eu não sei se odeio ou admiro a sua capacidade de ser tão incrivelmente sonso."

Peter deixou a carinha triste de lado rapidamente e sorriu de canto. Seus olhos faiscaram, verde vibrante, mesmo cedo de manhã. A própria imagem do cinismo. "Então, hoje eu sou sonso? Ah, acho que gosto mais dos outros nomes."

Ele não...!

Wendy o fulminou. Seus dedos flexionaram, ardendo para acertar algum rostinho bonito. "Pare de fingir que estou de bem com você", ela grunhiu.

O príncipe sequer vacilou. E deu um passo mais para perto dela, as sobrancelhas erguidas. "Ah, não estamos de bem, então?"

Quase virando os olhos para trás da cabeça, Wendy bufou e deu as costas, caminhando na direção da torre sete. Enquanto passava por ele como uma tempestade, Nenzi sorriu, segurando o riso, e disse: "Oi, Wendy", calmamente. Ela não se deu ao trabalho de virar e mostrou o dedo do meio para trás enquanto andava.

Enquanto a assistiam ir embora, Peter e Nenzi se entreolharam. Nenzi sacudiu a cabeça. "Ela vai usar o meio das suas pernas como saco de pancadas se continuar assim."

Peter repuxou os lábios. "Você disse que era uma boa ideia."

"Eu disse que concordava com a ideia, não que era boa."

"Mesma coisa", ele suspirou, então olhou Nenzi de soslaio. Seu sorriso torto característico surgiu instantaneamente. "Então... você a chama pelo nome agora, é?"

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