And Now, What Do We Do With All These Feelings?

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Havia pouco menos de um dia desde que havia se completado uma semana do ocorrido. Uma semana e quase um dia desde que tudo havia terminado. Desde que haviam cumprido seu propósito enquanto dobradoras elementais e restaurado o equilíbrio na terra, cumprindo a profecia.

Desde que havia lutado contra Irene.

Era manhã e Tiffany, juntamente de Jessica, se encaminharam para a ala médica. Era hora de troca de turno. A dupla fogo-ar havia assumido o turno da manhã, a dupla terra-água o turno da tarde e a dupla metal-madeira durante todo o período noturno. Havia sido um consenso entre as quatro mais novas e como eram maioria, as duas mais velhas não tinham muito como argumentar. As mais novas queriam ajudar de alguma maneira.

As duas garotas de cabelos loiros adentraram às respectivas salas as quais estavam designadas, isto é, Jessica se encaminhou para revezar com Yeri, e Tiffany, com SeulGi. A Hwang andava bem deprimida e sem muito ânimo num geral, mas quando próxima da Kang, tentava parecer confiante. Imaginava o quanto estava sendo difícil, então tentava dar força como podia.

– Bom dia! – Sorriu carinhosamente para a mulher, que apenas lhe direcionou um sorriso cansado. – Como estão as coisas por aqui?

– Nada ainda. – Negou com a cabeça. – Vez ou outra seu coração dá uma acelerada, mas nada muito anormal. Em resumo, permanece estável.

– Isso é bom. – A menina sorriu fechado. – Logo ela vai estar conosco novamente.

– Vai sim. – Assentiu olhando para a mulher deitada no leito. – Vai sim.

Tiffany soltou um pequeno suspiro e aproximou-se da Kang, parando atrás da mulher e abraçando-a pelos ombros enquanto repousava seu queixo por ali. Sentiu a mulher soltar uma breve risada e levar sua mão ao seu braço, deixando um carinho reconfortante em sua pele. Aquele tipo de contato se tornava cada vez mais frequente e era de extrema importância para as duas.

A Kang sabia bem do seu papel na vida da menina, e já não queria mais se privar ou fugir do que sentia também. Não havia mais para que. O carinho que sentia e as demonstrações de afeto não mais interromperiam o processo da garota, tudo havia terminado e agora poderiam desfrutar de bons momentos juntas. Tranquilos e sem muitas preocupações com o bem-estar mundial.

Eram apenas elas agora.

– Deixei seu café da manhã no seu quarto, acho que fica mais confortável pra você. Agora vá descansar, eu fico por aqui. – A dobradora de ar apertou mais o abraço, vendo a mulher inspirar enquanto assentia.

– Já sabe, não é? – Questionou, ouvindo a breve risada da loira, que rolou os olhos. – Se algo acontecer, qualquer coisa, me avise pelo rádio transmissor e chame a equi-

A mulher se interrompeu ao sentir a garota deixar um beijo em sua bochecha. Relaxou os ombros e sorriu aliviada.

– Está tudo bem, eu já sei o que fazer. – Disse calmamente. – Não pense tanto, só descanse. Estou com tudo sob controle por aqui. Você já fez o suficiente e passou a noite em claro.

Dito isso, ambas apenas ficaram em silêncio aproveitando o contato que mantinham. Separaram-se apenas ao ver Taeyeon aparecer à porta da sala, batendo na mesma para chamar atenção, sorrindo amarelo por ter interrompido o momento.

– Oi, desculpem interromper. – Disse constrangida.

– Está tudo bem, eu já estou de saída. – SeulGi disse se pondo de pé.

Acariciou os cabelos opacos e secos da mulher ali, a frieza do ar-condicionado estava causando aquilo. Sorriu brevemente e aproximou seus lábios da testa da mulher. Estava orgulhosa da mulher por ter se mantido firme, ainda que não estivesse acordada, SeulGi sabia que ela estava lutando por sua vida. Soube a partir do momento que Taeyeon, naquele ferro-velho, levantou-se e com os olhos arregalados correu até o corpo da mulher ao chão.

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