A morena começava a abrir os olhos lentamente, fechando os mesmos fortemente e os abrindo mais uma vez, vagarosamente. Estava muito difícil para seus olhos se acostumarem com a luz forte do local, mas tentava fazer um esforço já que queria mesmo entender o que havia acontecido depois que apagou.
Se lembrava apenas de ouvir a ameaça da Jung para si e, depois disso, não tinha muita certeza do que havia acontecido. Lembrava-se também do olhar reprovador de Tiffany voltado para si, quando foi levantada sobre a maca pelos enfermeiros, mas desse último fato, não queria se lembrar. Com certeza havia decepcionado a dobradora de ar por conta de suas atitudes, mas queria imaginar que logo tudo estaria bem.
Olhou para os lados e não conseguiu ver nada, apenas uma sala extremamente branca e sem muita graça. Não haviam quadros, nem flores, nem televisão e nem sequer janelas. Era apenas um quarto branco, completamente sem graça. O que rompia o silêncio da sala era o "beep" do cardiógrafo ao lado de seu leito, o que dava um ar meio mórbido ao lugar.
Tentou movimentar seu tronco, mas uma forte dor a impediu de o fazer, já que não se lembrava de sentir tanta dor no momento em que fora arremessada brutalmente contra a parede do refeitório. Estava começando a pensar que havia passado dos limites, mas era cedo demais para tirar conclusões precipitadas, uma vez que quem tinha puxado a briga fora Taeyeon. Nada disso teria acontecido se não fosse pela maldita dobradora de água!
Virou seu rosto minimamente e sentiu um incômodo em seu rosto. Foi então que levou lentamente sua mão para o seu rosto, sentindo algum tipo de curativo sobre o mesmo. Fez uma careta ao se lembrar dos socos que havia levado da outra menina e aquilo fez com que estalasse sua língua em frustração. Era realmente vergonhoso ter deixado a mesma lhe bater de fato, mas acidentes acontecem.
Não sabia mais o que fazer e nem o que olhar, teria que passar horas e horas sozinha, apenas escutando o beepar do eletrocardiograma ao seu lado, no qual tinha um fio conectado no objeto preso na ponta de seu dedo. Existia um equipo também, que ia das costas de sua mão até o saco de soro erguido ao seu lado. O regulador de gotas estava bem aberto, para que as gotas caíssem com mais rapidez, isso significava que, poderia de alguma forma ter uma urgência em medicar a si mesma. Yuri não tinha a noção do quanto estava ferrada.
Ao que passou algum tempo, Yuri estava quase adormecendo novamente - por conta da medicação intravenosa - quando ouviu a porta do recinto ser aberta. Aquilo fez seus olhos se arregalassem, pois, finalmente teria suas respostas. Quando olhou para a porta e encontrou SeulGi, acompanhada de Yeri e Irene, seu sorriso foi começando a murchar aos poucos. Ela levaria uma bronca daquelas bem humilhantes, pois todas as três mais velhas estavam com as caras horríveis. E a principal era Irene.
– Graças a Deus. Finalmente posso saber o que aconteceu. – Yuri disse olhando esperançosa para as mulheres.
Irene, parando ao lado do leito com uma cara de poucos amigos, apenas pegou o controle do leito hospitalar e apertou o botão para que a cama de Yuri começasse a se erguer levemente, apenas para que elas tivessem a chance de conversar frente a frente com a mais nova.
– Yuri. – Irene disse, suspirando em seguida. – Você nos obriga a ter essa conversa desagradável. Então, infelizmente, você estando pronta para ouvir ou não, nós vamos conversar. – Irene disse enquanto se sentava sobre a cadeira ao lado ao leito.
– Gente, me desculpa. Eu estou com muita dor de cabeça, não sei se vou conseguir convers-
– Não venha com essa história de dor de cabeça. Sua medicação contém a composição de remédios para dores de cabeça, de estômago, tontura e entre muitos outros fatores. – SeulGi disse interrompendo a menina, que a olhou com as sobrancelhas erguidas. – É melhor ficar quieta, para não piorar mais ainda a sua situação.
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Wild World
FanfictionEm um mundo onde muitas pessoas acreditavam que o sobrenatural era somente baboseira de filmes que passam aos televisores de suas casas, os quais não passavam de mera ficção, quatro garotas de dezoito anos descobrem que o mundo em que elas viviam nã...