Let's Introduce Ourselves.

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Após Irene se certificar de que Taeyeon estava mesmo desacordada, balançando sua mão na frente dos olhos da menina e suspendendo uma das mãos da garota, vendo a mesma cair amolecida sobre o estofado do leito, afastou-se de onde a garota estava adormecida e observou os homens trabalharem. Seu olhar era, como sempre, muito julgador.

Um deles havia providenciado uma cadeira de rodas e o outro já carregava o corpo magro de Taeyeon em seus braços. Aprumou o corpo da garota sobre o assento, o qual pendeu para um lado e quase caiu, mas o que estava atrás da cadeira foi rápido em segurar seus ombros. Irene olhou para os dois com desgosto, respirou fundo e sacudiu a cabeça em constante negação.

– Vocês não conseguem fazer nem mesmo um serviço simples como esse. Custa ter um pouco de atenção e delicadeza? – Indagou furiosa.

– Desculpe senhora! – Os dois disseram, fazendo uma breve reverência com a cabeça.

– Prendam o corpo da garota adequadamente à cadeira e vamos logo, mas por favor, não a destratem e nem utilize força bruta, é apenas uma jovem de dezoito anos. – Disse já colocando seus óculos escuros. Virou-se para o médico e estendeu a mão. – Como vai a sua família, Sr. Shin?

– Vai muito bem, Srtª Bae. Muito obrigado por perguntar! – O homem sorriu nervoso.

A postura elegante de Irene o fazia sentir como um mero servo de suas vontades, o que não era lá muito errado. A mulher tinha muito reconhecimento e muito respeito em vários lugares diferentes, devido a suas condições financeiras e a vários outros aspectos que não cabiam falar por agora.

Ela sorriu minimamente.

– Isso é ótimo. – Assentiu brevemente, erguendo seu queixo e caminhando em passos delicados. – Bem, obrigada pelas informações, Sr. Shin. Você realmente cumpriu com o seu juramento.

– Eu ainda não entendo o que isso quer dizer e nem porque sempre aparecem no mesmo lugar sem um motivo aparente, não existe uma explicação lógica para isso. Mas se mais alguém aparecer com alguma marca, avisarei. – Ele disse curvando-se brevemente.

– Ótimo, agradeço desde já. – Assentiu mais uma vez, arrumando seu blazer ao seu corpo. – Manterei contato. Possivelmente irei precisar de uma equipe médica, as meninas irão precisar de suporte. Não sei bem como a saúde delas ficará futuramente, e quando percebem onde estão é um pouco complicado lidar, então...

– Sem problemas, Srtª Bae. Irei selecionar os melhores.

– Acredito que irá mesmo. Você precisa honrar seu título de médico-chefe. – Sorriu.

– Senhorita, devemos ir logo. – Um dos homens de preto disse.

– Sim, claro. – Disse sem muita emoção em sua voz.

– Irei acompanhá-los até a fachada do hospital.

Dito isso, os cinco, incluindo Taeyeon, deixaram o quarto hospitalar, passando a caminhar pelos longos corredores brancos e extremamente iluminados do hospital. Ninguém desconfiava do que estava acontecendo, por mais estranho que fosse ver dois homens enormes e todos de preto arrastando uma garota desacordada em uma cadeira de rodas. Para Irene, isso era comum, pois já havia lidado com aquilo antes. Todos deduziram se tratar de guarda-costas da mais velha, o que de fato eram.

Já do lado de fora, um dos rapazes foi diretamente para um carro, um Lexus vermelho. O tal rapaz foi para o banco do motorista, o médico abriu a porta traseira para que Irene entrasse e ela assim o fez. O outro homem de preto, com a ajuda do médico, retirou Taeyeon de cima da cadeira e a colocou deitada no banco de trás, com a cabeça apoiada sobre a perna de Irene, logo indo para o banco de passageiro ao lado do motorista.

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