I Think It's Time To Break Up.

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O dia havia amanhecido e Irene estava em sua primeira xícara de café. SeulGi estava terminando de se arrumar para poder levar as garotas para o café da manhã e Irene observava tranquilamente a mulher terminar de colocar seu blazer. Era incrível a transformação que a mulher tinha quando colocava suas roupas sociais. A imagem infantil da mulher sumia e dava lugar para uma grande mulher, ora séria, ora gentil.

SeulGi nem se dava conta do olhar da Bae sobre si, apenas terminava de conferir sua aparência diante do espelho. Aproximou-se do mesmo apenas para observar sua pele, checando se estava tudo nos conformes, e quando afastou-se do mesmo, virou na direção de sua noiva e finalmente percebeu o olhar da mulher, que tinha um sorrisinho bobo nos lábios.

– O que foi? – Perguntou rindo timidamente.

– Me preocupo tanto com o trabalho, que às vezes esqueço o quanto você é linda. – A mulher disse, alargando mais um pouco o sorriso. – E adorável.

A dobradora de metal soltou uma risada anasalada e aproximou-se da mulher, apoiando uma de suas mãos no braço da cadeira que sua noiva ocupava e a outra sobre a mesa, deixando um breve selar nos lábios da mulher e mostrando um sorriso convencido.

– Eu sou impecável. – Piscou. – Mas, isso só se confirma porque minha futura esposa é você. Só sendo outra pessoa impecável para ter esse coraçãozinho mole que é o meu. – Riu baixinho.

Irene soltou uma risada anasalada, levando sua xícara de café até sua boca, bebendo um pouco do líquido já morno.

– Mole mesmo. – Falou, começando a organizar os papéis de cima de sua mesa. – Não sei como conseguiu enganar as meninas por tanto tempo. Meu pai sempre dizia que mentira tem perna curta, e era bem engraçado ver você toda marrenta pra cima das pobres crianças. – Riu ao se lembrar dos primeiros meses com as novas integrantes de seu laboratório.

– O que eu podia fazer? Estava tímida. – Fez uma careta. – E acho que elas não iriam querer proximidade comigo logo de início, com você sempre é mais fácil.

– É um dom. – Riu. – Sei como me comunicar com outras pessoas. Apresentações e palestras mudam uma pessoa, sabia? Já falei para você estudar algo que você gosta, sabe que dinheiro não é um problema para nós.

– Juro que tenho pensado muito a respeito, tenho pesquisado algumas outras áreas, mas não sei. – Deu de ombros. – Eu gosto de trabalhar com isso, é literalmente a minha vida e ainda mais agora que temos as meninas... – Sorriu largo. – É bom ter mais movimento por aqui, temos uma motivação para não estancar nos estudos.

Irene soltou uma risadinha baixa.

– Você falando dessa forma, parece uma mãe. – A mais velha observou, vendo a outra ficar constrangida. – E as meninas parecem gostar bastante disso.

– E não somos praticamente isso? – Riu divertida. – Yeri é a tiazona.

– Você e Yeri nunca crescem, continuam sendo as mesmas crianças de quando eu as conheci. – Fez uma pausa, rindo baixinho. – A única diferença é que estão mais velhas mesmo.

– E você finge que tem maturidade, como sempre. – Rolou os olhos rindo. – Agora preciso ir, meu amor. As meninas precisam se alimentar. – Deixou um beijo casto na testa da mais velha e sorriu. – Nos vemos mais tarde.

Irene roubou mais um beijo da outra mulher e acenou positivamente com a cabeça. Por mais que quisesse a mulher ali consigo, tinha de deixá-la ir para efetuar seu trabalho, assim como tinha de fazer o seu.

– Não demore para não me matar de saudades, huh? – Falou, antes que a mulher deixasse o cômodo.

– Sim senhora, minha querida futura esposa. – Assentiu colocando o corpo para fora da sala, mas mantendo a cabeça dentro do alcance de visão da outra. – Desculpe, acho muito legal falar isso. – Sorriu, piscando sapeca.

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