A menina sentia um leve incômodo em seus olhos, tendo que abrir abruptamente os mesmos, fechando logo em seguida por conta da forte luz do ambiente. Quando se sentiu confortável para voltar a abrir os olhos, ela encarou o grande teto branco do quarto em que se encontrava. Olhou ao redor do local e percebeu estar em um quarto hospitalar, não tendo certeza de qual ala do hospital ela se encontrava, o que a deixou um pouco nervosa.
Percebeu que estava deitada, coberta até o peito por um lençol branco, extremamente limpo e bem passado. Ela franziu o cenho confusa, tentando erguer seu braço para tentar segurar na barra ao beiral de seu leito, mas seu braço falhou ao perceber que o mesmo estava preso à cama. Olhou confusa para o pequeno equipo que interligava o acesso em seu braço à bolsa de soro, a qual gotejava lentamente. Não conseguia mover seu braço pois o maldito equipo a atrapalhava.
Procurou com os olhos por alguém, mas percebeu estar sozinha na pequena sala branca. Seus olhos estavam pesados e se preocupava com o fato de não saber por quanto tempo estivera desacordada. E o fato que mais lhe assustava naquele momento era: Como havia parado ali? Mas, mesmo com certas perguntas rondando sua cabeça, ela decidiu tentar relaxar por alguns segundos, pois sentia sua tensão lhe machucar os músculos.
Olhou por alguns segundos a bolsa de soro no qual estava quase cheia e pensou que alguma enfermeira havia passado ali para poder trocá-la. Suspirou sentindo seu corpo doer assim que inflou seus pulmões, mas se concentrou somente em não mover seu braço, vendo o mesmo roxo por conta da agulha no mesmo. Tentou se lembrar do ocorrido antes de possivelmente ter desmaiado, mas sua cabeça latejou fortemente ao tentar se recordar. Soltou um gemido baixo sentindo sua nuca doer, como uma espécie de ardência, mas não tinha recordações para explicar tal dor.
Jessica ouviu uma conversa baixa vindo de fora de seu quarto, portanto, se acomodou em seu leito e fechou brevemente os olhos para tentar se concentrar na conversa ao lado de fora, mas ainda sentia sua cabeça latejar demais. Não entendia o porquê daquilo, já que não lembrava de ter feito nenhum esforço; mas naquelas condições em que se encontrava, ela preferia aceitar para não ficar se questionando demais.
– Acredito que não será possível, Sr. Jung. – Um homem no qual Jessica não fora capaz de reconhecer a voz falou.
Seu coração acelerou repentinamente e sentiu sua boca secar ao notar que seu pai estava presente no provável hospital. Não conseguiu se segurar e cedeu a tentação de abrir seus olhos, se deparando com seu pai e o provável médico, que o acompanhava.
– Pai? – Ela falou percebendo que sua voz havia saído rouca. Não sabia por quanto tempo havia ficado desacordada, portanto a falha em sua voz a deixou um pouco mais nervosa do que já estava. – Pensei que estava sozinha.
– Estou em horário de visita, minha querida. – Ele disse docemente saindo de perto do médico e indo para perto da menina. – Não precisa se preocupar, o Sr. Shin disse que você já saiu do estado alarmante.
A menina olhou confusa para seu pai, tendo que fechar brevemente seus olhos para logo depois abri-los lentamente. Estava se sentindo muito lenta realmente, pois não estava entendo muito bem toda a situação e o porquê de estar ali de fato.
– Quanto tempo estou aqui? – Ela disse com um pouco de receio da resposta.
– Três dias, Srtª Jung. – Foi a vez do médico falar, fazendo a atenção da menina se prender a ele. O médico estava com uma pasta escura em mãos, tendo algumas folhas soltas na outra. – Você desmaiou devido à fumaça do incêndio que ocorrera em sua escola. Como você estava muito perto do local, teve uma hipertermia por conta da temperatura muito alta e por conta da desidratação também. Mas, como seu responsável já disse, você já saiu do estado alarmante.
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Wild World
FanfictionEm um mundo onde muitas pessoas acreditavam que o sobrenatural era somente baboseira de filmes que passam aos televisores de suas casas, os quais não passavam de mera ficção, quatro garotas de dezoito anos descobrem que o mundo em que elas viviam nã...