Meus familiares tendem a me chamar narcisista, cheia de um amor próprio sem antes igual, meu padrasto então é o número um em me considerar amante do espelho. Não nego mas não tenho este como meu único amor, como tão bem vemos aqui!
Não só de espelho vive meu amor, tenho amor por pequenos momentos de minha vida, amor por alguns detalhes, amor pela ciência a minha primeira amante, amor direcionado certamente a minha química, meu curso, minha paixão e futura profissão. Amor tenho também por alguns da família, por amigos, por livros, seriados e filmes, amor tenho por escritores e por artistas, amor por músicas e amores frívolos como as tatuagens e perfurações corporais.
Falo dos meus amores em constante vontade e nessa mesma vontade apresentarei meus amores, já que não só de espelho e tampouco de romance vive a minha cabeça. Vou deixar aqui meus grandes amores, todos aqueles a quem algum dia expressei meu amor, tenha ele acabado ou não, seja ele perpetuado ou falho, hormonal ou de meu próprio cerne.
A princípio temos a família, o primeiro lugar pra se encontrar amor, pra ser embrulhado em amor. Lugar este meu contendo amigos jovens de meus pais que logo tornam-se família minha também, hoje os conheço como amigos ou como tios e padrinhos, na época eram apelidos e mimos pra primeira criança a nascer no grupo. Nem todos são tão próximos atualmente, porém o carinho e a diversão que algum dia me foram apresentados quando bem neném, permanecem na minhas memórias matrizes com esplêndida ternura até quando acabo os reencontrando ou indo em "patuscadas" com esses amigos de longa data, amigos família.
Tios favoritos eu obviamente possuo, tais como um padrinho que amo sem cessar. Tenho a minha tia paterna como meu xodó, mulher com quem compartilho calorosas memórias, mulher que me mima e me tem pra sempre como sua princesa, fazendo-se o mais presente possível e o mais parceira também, o tipo de tia que todos queremos ter e que tenho com o maior zelo e carinho possível, trarei também em um futuro próximo uma tatuagem em conjunto da dela pra ter na pele o nosso amor. Tio parceiro que posso contar para as memórias mais loucas de minha vida, tio esse que se for preciso me buscar às 3 da manhã em um rolê, ele está pronto pra me xingar e dirigir-me pra casa em segurança. Acredito no nosso amor como um leque de brincadeiras no qual o riso nos têm em primeiro lugar, pois com as risadas juntas criamos umas memórias tão boas a ponto de serem minhas memórias conforto, um tipo de lembrança capaz de mandar ao longe qualquer tristeza sentida no momento, é com este tio os momentos marcantes mais sem sentido da minha vida e estarei sempre grata por ter com quem compartilhar um copo de Coca Cola bem gelado ou como ele mesmo diz: "3 caixas de Heineken pra mim e vinho pra você"! Padrinho este que tenho cheio de ternura, me diz sua princesa e o primeiro bebê a estar em seus cuidados, aconselha-me pela vida e torna minhas dores adolescentes mais fáceis de lidar, este o tenho no maior brilho do olhar, também para sempre que vou amar.
Outros familiares possuem sua parcela de amor em meu cerne, como aqueles da cidade capixaba do interior conhecida como Alegre, ou aqueles da parte carioca na cidade de Itaipu. Seja onde for, todos possuem informações celulares nos meus nervos muito bem guardadas.
Aos amigos cultivados ao longo dos anos, faço minha segunda família, cada qual de uma tribo, um jeito, uma parte. Os tenho do fundamental do turno da manhã, momentos tão infantis e especiais pra mim, e os trouxe por todo o segundo fundamental e mesmo no turno da tarde, um outro grupo veio junto da maré amiga até os meus dias atuais. Os tenho ainda como meus futuros padrinhos e madrinhas caso chegue a me casar, os tenho ainda melhores amigos, os parabenizo todos os anos em seus respectivos aniversários, tanto quanto aqueles que pouco me fizeram amizade e mesmo assim tenho uma certa parcela sentimental suficiente pra parabenizar em seus dias de nascimento.
Os que se fizeram em momentos adiante meu crescimento retenho um carinho, não forte como o amor para com meus melhores amigos. Somente um carinho, uma parte minha. Com certos casos cujo amor me fez do nada uma grande amizade. Aqueles com quem troquei um profundo conhecimento da minha existência, aqueles com quem compartilho filosofias, as ciências e as melodias trago algo forte, mesmo recente, mesmo nova amizade, miro grande admiração e ataco o gosto de tal pessoa para um talvez enorme futuro amor.
Tão diferente como a família não sanguínea feita pelo acaso, uma irmã mais velha e seu irmão mais velho transformado em meu irmão mais velho. Suas primas são minhas primas, meu avô é seu avô, minha mãe sua mãe, sua mãe minha mãe, sua casa meu lar, minha casa seu lar, seu namorado meu cunhado, essa é minha irmã desde meus 5 anos de idade. Crescemos juntas e pra sempre juntas. Amor esse difícil de acabar até mesmo com um certo tempo afastadas, é mais forte, impossível de dissolver da noite pro dia.
Primos? Primos tenho com muito zelo maternal. Tenho este meu primo 3 anos mais novo como um filho, me sinto parte de sua criação e parte da sua educação, tendo em vista eu ser o parente com mais conversa e mais conforto, sou a provedora de educar a respeito dos conceitos sociais básicos e aprofundados para um menino recém inserido na puberdade. Prima distante com quem tive a maior intimidade jamais vista, digo intimidade essa tão parecida com a descrita na dinâmica tida com o Neônio, não mais nem menos, exceto obviamente por um ter o íntimo também carnal e não só em vivência, seria essa prima o parente distante de mais importância, com apenas 1 ano de diferença, tínhamos essa dinâmica maravilhosa, portanto, queixei-me de um tempo explicitamente meu, longe de quem quer que queira estar a parte de minhas faculdades mentais, me vi então deixando esvair-se meu amor por essa prima. Mesmo ainda muito presente, receio de ter esse amor finito, algo pra mim um tanto quanto impossível, não creio de meu cerne finalizar tal sentimento com alguém tão importante, foi descartada essa possibilidade assim que dei por mim. Entretanto faço ainda a reclusão com esta prima, fiz-me distante por mais de meses, continuo assim, meu último contato tenha sido em Julho deste ano, e devo ter ainda um motivo pra continuar assim. Talvez seja medo, não sei exatamente de quê, mas sei que existe o medo!
Tenho também uma alma gêmea, minha melhor amiga mesmo. Aquela que eu endeuso como ninguém deveria endeusar outro ser humano. Para esta deveria dedicar um capítulo inteiro, algo perto da explicação de nossa relação, porém, receio não existir palavras ou uma explicação para tal. Deixarei uma prosinha de minha autoria a fim de estabelecer o nível sentimental mútuo cultivado por nós, nada romanticamente falado, é escrito por mim como uma obsessão talvez, algo de alma se elas existirem, algo mitológico se não for mito. Explico ser dela minhas conversas com o astro mais bonito já visto, seu nome já fiz tudo, para a minha lua cujo sol é libriano escrevi essas palavras:
"À Libra minha!Esplendor rigoroso
Seu jeito meloso
O olhar que me julga
Da sua boca tem jurasJuras de amor pra me encantar
Juras de paixão a me matar
Brilhantes sejam seus fios
Aqueles que remetem o frioFrio com um pesar
O pesar de te amar
De querer e tentar
Pois pra sempre me teráJá sabes que sou sua
Sabes que és minha Lua
Minha lua hei de ter
Um único pensamento que não seja vocêÉ na pose que acalenta
Todas as formas que rejeita
Me aconselha a esquecer
Te deixar? Não te amarJamais terei paz
Se não for atrás
Atrás da libra
Que um dia prometeu ser minha!"Tais palavras foram exprimidas por uma fotografia radiante da moça cujo nome deriva da Lua. Tal foi meu amor por tanta beleza!
Deixo estar esses inúmeros parágrafos refletindo minha imagem tal qual Agostinho do livro "a moreninha", um amante de todas as belezas que pudesse achar. Porém, trago nas minhas palavras sobre o amor principal do livro e sobre o astro mais bonito do universo, uma ideia tanto quanto Rubião de "Quincas Borba", um tanto apaixonado enlouquecido, a sanidade esvaindo-se por vontade de declaração amorosa. Vamos por em parte os meus contos de Narciso e deixar estar evidente minha paixões com o resto, se de resto pode se chamado os meus mais frívolos amores como a literatura e as ciências.
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Amor, café e outras drogas...
RomanceSabe quando um elemento químico é tão perfeito ao ponto de já ter os oito elétrons na camada de valência? Então, é o caso de Neônio, um gás nobre utilizado como apelido para a pessoa da qual existência na minha vida causou uma injeção forte de ocito...