CAPÍTULO 16

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(🎶 Radiohead - My Iron Lung)

O resto da semana foi baseado em discussões sobre a importância da música nacional com o Luís, notas médias no trabalho de história e de sociologia, e certos olhares com Mabel

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O resto da semana foi baseado em discussões sobre a importância da música nacional com o Luís, notas médias no trabalho de história e de sociologia, e certos olhares com Mabel. Afirmar essa verdade era voltar aquele mesmo tsunami que minha cabeça criou, mas que ao longo dos dias me esforcei muito para não pensar na existência dele.

Além do teste na semana seguinte e meu encontro com Mabel no Sábado, a única coisa que me deixava ansiosa era a noite de skate com a galera.

Podia dar merda? Podia dar merda. A polícia podia parar a gente por andar em propriedade privada? Sim, a polícia da cidade poderia parar a gente e pior, ligar para nossas mães, o que seria péssimo. Entretanto, a gente realmente não estava muito preocupade com isso.

— Ok, que horas eles falaram? — Ceci perguntou baixinho enquanto Analu digitava algo no celular. — Nalu!

— Calma! — gesticulou meio impaciente.

Cruzei as pernas acomodadas em seu tapete, enquanto tentava manter todas as tranças presas em um coque. Radiohead soava baixinho nos fones em meus ouvidos, enquanto eu esperava e esperava. Já era por volta das nove e meia. Era louco imaginar que nas últimas semanas havia me arriscado no universo do rock dos anos 90.

— Analu! — Cecília chamou nosse amigue de novo, parecendo conter a própria ansiedade.

— Calma, Cecília! — As íris acinzentadas olharam para ela brevemente, antes de voltar para o celular. — Ok, é o seguinte, Darlan disse que o pessoal vai se encontrar em frente ao shopping, de lá a gente segue a avenida pelo túnel, até desembocar do outro lado, cruzar o térreo daqueles prédios e depois voltar pela praça. — intercalou a atenção entre nós duas.

— Aquela praça no Centro?

Nalu confirmou com a cabeça.

— É, perto da biblioteca.

— Massa! — exclamei animada.

— Agora, como a gente vai sair daqui? — Ceci perguntou a grande questão.

Analu suspirou.

— Pedi pro Darlan passar aqui pra irmos juntes e… — umedeceu os lábios. — Vou contar pra minha mãe.

— Que!? — eu e Ceci exclamamos juntas.

— Não tem como a gente sair pela porta sem ela ver. — disse o óbvio.

— A Ísis é maravilhosa, mas você acha que ela vai deixar a gente sair assim?

Nosse amigue tinha um sorrisinho maroto nos lábios.

— Isso é o que veremos! — Com isso guardou o celular no bolso da calça xadrez e ficou de pé.

— Nalu! — Tentei chamar elu antes que saísse pela porta, mas foi em vão.

⚢| Eternas Canções dos Anos 90Onde histórias criam vida. Descubra agora