CAPÍTULO 15

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(🎵 Dingo Bells - Dinossauros)

Depois que contei todas as minhas conversas com Mabel, minhes amigues Cecília e Analu, me encaravam como se eu tivesse acabado de abrir a caixa de Pandora, só que de uma maneira não tão ruim

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Depois que contei todas as minhas conversas com Mabel, minhes amigues Cecília e Analu, me encaravam como se eu tivesse acabado de abrir a caixa de Pandora, só que de uma maneira não tão ruim.

— Ela te fez ouvir Radiohead? — Ceci questionou e confirmei com a cabeça.

— Você não ouve música dos anos 90!

— Ela não ouve nada que não seja desse ano e que não esteja perdido nos primórdios do YouTube.

— Ei!

— E ela disse que foi bom te ver ontem?

— Ela está literalmente com segundas intenções. — Analu emendou.

— Lógico que está!

— Esse lance de estudar é estupidez.

— Estudar junto nunca dá certo.

— Não mesmo, ainda mais quando Nicole não está nem aí para aritmética.

— Você deu alguma bandeira enquanto estavam juntas?

— O quê!? — encarei o tom acastanhado de Ceci.

— Óbvio que não! — Nalu rebateu. — Se ela tivesse dado, eu acho que Mabel teria percebido.

— Ou não…

Es dues ficaram debatendo e conversando entre si, enquanto eu encarava ambes pacientemente. Naquele Domingo, resolvemos nos encontrar na casa de Nalu. A gente ia pra casa da Cecília, mas a mesma bateu o pé falando que a organização para chegada do bebê daqui a sete meses, estava acontecendo desde já e não tinha espaço nem para ela respirar.

Na minha casa, nunca, em hipótese nenhuma eu iria falar sobre Mabel na frente da minha mãe. Primeiro porque ela nunca tocou no assunto acerca da minha orientação sexual, e segundo que acabaria me sentindo meio vigiada por ela. Sendo assim, a casa de Analu era a melhor opção para nós três.

— Ei! — Praticamente berrei, ganhando a atenção de ambes. — Tem como vocês me ajudarem aqui, ao invés de ficarem dissecando sobre a minha vida?

Nalu e Ceci trocaram olhares, voltando para mim logo em seguida.

— Estamos tentando chegar a um acordo aqui. — Nalu gesticulou delu para Ceci.

Cruzei os braços, encarando elus.

— E qual é a ideia?

Elus se entreolharam, voltando para mim.

— Que você, Nicole da Silva, skatista foda da praça São Joaquim em Firminos, interior de São Paulo… — Cecilia estava me zoando. — Está amando quem muito provavelmente te ama de volta. — Já aquelas palavras abalaram um pouco as minhas estruturas internas.

⚢| Eternas Canções dos Anos 90Onde histórias criam vida. Descubra agora