(🎶 Ana Gabriela - Mais de Nós)
A única coisa que eu deveria fazer era apertar os botões do joypad para que o carinha na tela apertasse o gatilho que acabaria com o esquadrão dele. O fato é que era algo muito simples e me sentia uma completa estúpida por não ser capaz de realizar tal proeza.
— Não, não, não... Ah, merda! — Bati o controle nas coxas, ouvindo as risadas de Caio.
Meu primo resolveu me fazer uma visitinha naquela quinta-feira nublada. Caio levou dois controles joypad e o seu Playstation. De acordo com aqueles olhinhos castanhos claros, ele ficou preocupado com a minha queda e queria me fazer companhia, mas na real ele só estava ali para rir da minha cara, dar a notícia de que participaria do Campeonato no Rio em Novembro e claro, acabar comigo por sete vezes seguidas no vídeo game.
— Como é que pode isso? — questionei furiosa, enquanto era obrigada a lidar com suas gargalhadas ininterruptas. — Que merda, Caio!
Ele não parou de rir e em sua presença, desde a hora do almoço, a sala da havia se transformado em uma mistura de copos sujos, pratos vazios sobre a mesa de centro, papéis de bala, embalagens quase vazias de biscoitos, farelos espalhados em nossas camisetas e pura bagunça de quem estava preocupada demais em tentar ganhar do primo gamer.
— Não acredito nisso. — Neguei com a cabeça. — Vamos de novo. — Ajeitei os braços nos joelhos, me preparando para uma próxima partida. — Bora Caio! — berrei empurrando seu ombro.
— Não, não… — Ele ainda tentava se recompor.
Respirou fundo e riu por um momento, antes de me encarar com aquele ar zueiro.
— Você realmente quer perder pra mim — Apontou para si mesmo. — De novo?
Fechei a cara.
— Não! — afirmei. — Eu quero jogar de novo e ganhar de você. — Franzi o cenho tentando demonstrar superioridade.
Caio virou a cabeça de ladinho, contendo um sorrisinho estúpido.
— Você vai ficar rindo da minha cara, ou vai jogar?
— Ok — Negou com a cabeça, dando atenção à televisão na nossa frente.
Pressionei os lábios, na tentativa vã de focar naqueles gráficos e instruções que apareciam enquanto a musiquinha de ação do jogo tomava conta do nosso silêncio. Mas na moral, eu era um desastre naquilo.
— O tio Renato disse que talvez venha aqui amanhã.
— Uhum — murmurei guiando o meu personagem pelo lugar grotesco e completamente sem sentido.
— Ele queria vir hoje, mas teve que fazer um bico e tals.
— É isso! — gritei quando atirei no cara que era o seu apoio.
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⚢| Eternas Canções dos Anos 90
Novela JuvenilNicole tem uma paixão e ela se chama Mabel Fernandez. A guitarrista da banda mais falada da cidade, despertou sentimentos no coração fatigado da skatista e agora, cheia de passado conturbado, Nicole criará coragem para se permitir amar quem te ama d...