CAPÍTULO 11

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(🎶 Walfredo em Busca da Simbiose - Resto)

— Como que você conseguiu ficar de castigo?

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— Como que você conseguiu ficar de castigo?

Dei de ombros para o Luís, completamente decepcionada com a decisão da minha mãe. Ela não era alguém que muda de ideia constantemente, então a única coisa que me restava era aceitar sua decisão.

Eu ficaria presa em casa até a próxima quinta, o que significaria que não estaria presente na final do Campeonato de Skate Street lá no Vagalume. Quando informei no grupo des menines, fui tão vaga quanto estava sendo com Luís.  Entretanto sabia que elus não deixariam por isso mesmo.

— Minha mãe surtou ontem porque não atendi ela. — Tirei um pedaço da maçã vermelha entre os meus dedos, contando meia parte da história.

O tom castanho dos olhos de Luís me encararam, trazendo um vinco entre suas sobrancelhas sobre o rastro da pele negra clara.

— Não brinca!

— É… — resmunguei suspirando.

Observei o espaço aberto do refeitório,
atrás dele, sem vontade nenhuma de olhar para a cara de alguém. Nem mesmo o fato de encontrar Mabel naquela fatídica quinta-feira conseguiu mudar o meu sentimento.

— Quer saber, esquece isso. — Soltou virando a lata de guaraná em seus lábios.

Ergui as sobrancelhas tentando entender onde ele queria chegar.

Luís umedeceu os lábios antes de continuar.

— Pensa que hoje, apesar da tempestade de ontem, tem um belo céu azul e… — Gesticulou com o indicador, abrindo um sorrisinho sacana nos lábios. — Você vai ficar pertinho da Mabel hoje! — declarou cantarolante.

Foi impossível não conter o sorriso.

— É assim que você fica maravilhosa.

— Ninguém merece. — Provei da maçã, vasculhando o feed no celular entre os dedos.

— Aja naturalmente, Nicole! — O pedido inusitado de Luís chamou minha atenção.

Seus cabelos estavam presos e as íris se mostraram surpresas e perdidas em um ponto qualquer atrás de mim.

— Nada de gaguejar, ok!?

— O quê!? — questionei confusa.

— Aja naturalmente!

Impôs, mas não entendi nada, até a voz de Mabel soar próxima de mim.

— Oi!

Virei o rosto, vendo ela de pé do meu lado. Os dedos entrelaçados e o sorriso amigável nos lábios. Não consegui emitir nenhum som.

— Oi, Mabel! — Luís se adiantou sorridente.

— Posso sentar aqui? — Indicou o espaço ao meu lado no banco, com seu mar azul sobre mim.

⚢| Eternas Canções dos Anos 90Onde histórias criam vida. Descubra agora