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Pov. Theo

Meu quarto finalmente está pronto. E ficou lindo! O papel de parede azul bebê, as estrelinhas no teto igual em NY, minha cama perto da janela do jeito que eu gosto, (amo levantar com sol) compramos um tapete novo de pelinhos bem maior e ainda azul, só que não azul bebê, mas azul claro. Fizeram um closet pra mim, montaram minha bancada do lado da porta igual antes e do lado da porta do closet uma cômoda da mesma madeira clara que minha bancada, estalava tudo lá, até minha caneca de pinguim na bancada. Mamãe e eu pegamos as minhas malas e arrumamos meu closet, ficou do jeito que eu queria.

Embora eu ainda precisasse do quarto do Boris, não exatamente do quarto, mas sim do banheiro, já que o quarto do Boris é suíte e o meu é só o quarto, então minhas coisas de banho ficam lá no banheiro dele, claro que eu poderia ficar com o banheiro de baixo, mas eu não quero ter que descer pra usar o banheiro sempre ou andar pela casa de toalha depois de tomar banho. Embora eu sinta um pouco de falta de dormir com o Boris, e do quão quente ele poderia ser nessas noites gélidas que temos aqui. Eu ainda vou bastante no quarto dele e chamo ele pro meu para jogar vídeo game de vez em quando. Mas ontem foi mais eu fazendo meus trabalhos de escola enquanto ele se entorpecia ou dormia.

Mas hoje, passei o dia com ele no quarto dele, eu tenho andado muito carente, na escola antiga não é como se eu fosse nada popular, mas eu conhecia umas pessoas, e acima de tudo o Andy faz falta. Adiantei um ano na minha outra escola, e nessa como é menos exigente foi moleza tirar nota em tudo e adiantei mais um. O pessoal me apelida de forma desagradável e não se mistura comigo, fora os chutes e empurrões na educação física, ser ignorado é a pior parte, e Boris é do mesmo horário que eu, mas outra turma, a turma dele fica no outro prédio, por consequência disso não nos vemos no intervalo e nem em outros horários, mas entrar no ônibus escolar com ele na saída é bem legal, faz com que eu acabe esquecendo que me ignoraram o período letivo do dia todo, mas também faz com que eu fiquei o dia todo esperando pela saída.

Boris é do segundo ano do ensino médio, e eu deveria estar na 8 mas estou no primeiro ano do ensino médio. O primeiro ano fica no prédio do fundamental, e o segundo e terceiro no outro prédio, porque tem cursos tipo de universidade lá também, eu já fui lá quando estava vendo a escola pela primeira vez e me levaram para uma dar uma volta pelos prédios e setores da escola. E o prédio que o Boris fica é esplêndido, a informática é um verdadeiro paraíso, apenas mais um ano que eu adiantasse eu poderia ficar no mesmo prédio que Boris. Mas nem de longe isso é o que vim de fato te contar hoje, e sim estou enrolando, por que ontem à noite Boris me mostrou algo que me deixou em êxtase mas tem me feito pensar muito sobre.

Eu sabia que ter prazer é algo comum e totalmente possível, óbvio. Mas eu nunca tinha feito nada comigo mesmo, muito menos com alguém. E confesso que não sabia que era bem assim, a sensação foi totalmente nova, meu corpo nunca havia sentido aquilo, nem algo semelhante. E foi incrível! Embora eu ainda me encontre confuso eu gostei. Não quero pensar muito sobre, porque como eu disse é bem confuso e tem um tom errado mas parece certo ao mesmo tempo, ao mesmo tempo que me desperta vergonha e um pouco de histeria, me traz também curiosidade, calor e vontade de fazer de novo.

Ontem à noite eu estava dormindo na minha cama, mas senti frio e acabei sentindo falta de como Boris pode ser quente e ajudar a passar noites tão frias. Eu não costumo ficar de frescura, mas ontem pareceu muito frio, então fui para o quarto de Boris de fininho para não acordar minha mãe e o pai dele. Abri a porta lentamente e posso tê-lo assustado, já que ele dormia de costas viradas para a porta e profundamente. Assim que abri a porta e ele pareceu assustar um pouco eu disse que queria dormir com ele.

-Ah, porra, Potter! Que susto! Que foi? Pesadelo é!?

Ele perguntou em tom sarcástico, e o sorriso sarcástico e arrogante em seu rosto era visível mesmo na escuridão do quarto dele, sendo a única luz o pouco que vinha da abertura da porta que eu ainda estava parado segurando aberta.

Boreo - "Irmãozinho"Onde histórias criam vida. Descubra agora