Febre de Afeto

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Pov. Boris

Quando voltamos para a casa de a pé depois de tomar sorvete e passar um tempo fazendo hora e conversando no estacionamento já estava escurecendo, eram cerca de 17:40 da tarde, passamos perto de uma floricultura, o perfume fresco e das flores misturado com o clima quente era intenso mas não a ponto de ser sufocante mas sim agradável era uma mistura harmoniosa de sensações, quando dobramos a esquina da lanchonete que fica a duas quadras de casa, Potter pegou na minha mão e passou meu braço por trás do pescoço dele de modo que eu o abraçava, logo em seguida ele juntou o corpo com o meu, uma das mãos dele segurava a minha mão por cima de seus ombros enquanto a outra brincava com os trocados no bolso da calça.

Percorremos o caminho sem pressa e em silêncio, o brilho alaranjado do entardecer em Vegas era aconchegante e de algum modo ao mesmo tempo transparecia o movimento e energia inquieta da cidade. Chegamos em casa, mesmo que eu estivesse tranquilo eu fiquei feliz em não ver o carro do meu pai na garagem, o de Audrey estava lá, o porta-malas do carro do meu pai é um pouco mais espaçoso, e ela queria comprar um monte de coisas para a casa, então devem estar trazendo muita porcaria de decoração, eu pensei comigo.

Potter me soltou quando entramos em casa e se jogou no sofá da sala, provavelmente cansado da caminhada, embora ele estivesse com um sorriso no rosto, acho que ele gostou do passeio tanto quanto eu. Subi no sofá também, pairando sobre ele, de forma que eu tinha um joelho de cada lado do corpo dele e meu rosto próximo ao dele e minhas mãos apoiadas cada uma de um lado de seu pescoço, ele riu baixinho e me beijou, eu dei uma mordidinha no pescoço dele e ele gemeu bem baixinho, então ele pegou na gola da minha camiseta e me puxou para mais perto, beijei ele de novo, dessa vez mais intensamente, beijei o pescoço dele e ele corou, eu não pude deixar de gostar de sua reação e chupei seu pescoço deixando uma marca roxa no lugar, a pele branca e macia dele agora tinha uma marca de chupão visível, eu não conseguia imaginar ele sendo assim, ele era tão tímido, tão bonzinho... de certa forma era excitante saber que comigo ele era assim.

-"Não ficou marca, não é?!"

Ele me perguntou.

-"Claro que não, Potter!"

Eu respondi e ri, ele riu tímido e corou muito intensamente.

-"Como vou explicar para minha mãe?!"

-"Diz  a verdade."

-"Que verdade? Não posso dizer a real verdade!"

-"Mas diga, diga que achou o seu príncipe encantado. Hein?!"

Eu ri alto, ele me deu um beliscãosinho bem fraco e disse:

-"Não vou contar nada para ela, seu Zé droguinha abusado!"

Eu disparei a rir, e ele também, depois que paramos de rir mas ainda sorriamos um para o outro eu passei a mão pelos cabelos dourados dele e ele passou os dois braços em volta das minhas costas para me abraçar, ele foi se ajeitar no sofá e nesse movimento de aconchego ele passou o joelho delicadamente na minha virilha, arregalei os olhos de surpresa mas logo depois lhe lancei um sorriso malicioso.

-"Desculpa, foi sem querer. Machucou?"

-"Com certeza não!"

Eu ainda sorria para ele.

-"Que cara é ess- ah esquece, eu conheço essa cara..."

Ele começou a sorrir também.

-"É Potter... acho que você está começando a passar para o outro lado."

Eu ri e ele sorriu tímido.

-"Nada disso, eu só te conheço bem!"

-"Você está de corrompendo, admita! E... Deus do céu Potter, tem tanta coisa que você ainda não sabe sobre mim..."

Boreo - "Irmãozinho"Onde histórias criam vida. Descubra agora