Cap. 37 [ A odisseia em mim - De volta ao jogo ]

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— Senhorita, está acordada?

— Bom dia Claire!

— Bom dia senhorita!

Eu levanto da cama num pulo e dou um forte abraço na Claire.

— Eu te amo Claire, me perdoe... eu jamais abandonarei você e o papai de novo... eu... eu prometo Claire! Nunca mais vou fazer isso!

— Eu também te amo minha criança, mas do que está falando? não chore senhorita.

— Claire, quem eu sou pra você?

— Porquê a minha senhorita está falando essas coisas? Minha boneca amanheceu sentimental hoje.

Ainda estou abraçada com Claire, não quero soltá-la, estou tentando segurar as minhas lágrimas, mas elas apenas escapam.

— Você é a minha criança.

Eu sorri com a resposta dela.

— Vou tomar café da manhã no jardim hoje, por favor prepare o contrato de anulação e o selo da família, eu vou assiná-lo.

— Anu... Anu...

Pela deusa, a Claire desmaiou, eu esqueci!

Retirei todos os espiões do ducado Owen e fiquei o dia inteiro no jardim do marquesado com a Keiko, esperando pelo papai, eu estava com muita saudade e quase peguei a carruagem para encontrá-lo na rua principal.

Passei o dia chorando, abraçada com a Keiko, como se eu estivesse recuperando algo que eu tinha perdido há muito tempo, ou estivesse deixando sair o que nunca deveria ter entrado.

Quando papai chegou no fim da tarde nós conversamos e assim como antes ele me apoiou, passei horas conversando bobagens com ele, rindo, chorando, acabei ficando com papai até de madrugada.

Na manhã seguinte recebi um envelope azul, era Cristian, ele queria me ver pessoalmente para agradecer a minha assinatura no contrato de anulação, na minha segunda vida recebi muitos envelopes dele, mas nunca aceitei encontra-lo, só o vi pessoalmente depois de alguns meses ou no baile imperial, exceto pela minha terceira vida... então resolvi aceitar o seu pedido dessa vez.

Entardeceu e eu estou esperando Cristian no jardim com um lindo vestido de laços, meus cabelos estão soltos hoje... da Lili que o Cristian conhece nessa vida ficou apenas o amor pelos laços, eu realmente amo laços, então dane-se Cristian se ele não gostar do meu lado fofo.

Keiko está no meu quarto, ela está suprimindo sua presença para Cristian não a notar, normalmente ela estaria na cadeira ao meu lado, mas não quero que Cristian pense que estou planejando me matar na frente dele, ameaça-lo ou qualquer outra coisa, não é questão de não ser eu mesma, é apenas bom senso.

Estou tomando um delicioso chá quando Cristian chega, eu levanto e faço uma reverência, ele está tão lindo quanto sempre foi.

— Boa tarde vossa graça, Liliam Normand agradece a presença do duque Owen no marquesado Normand.

Ele está surpreso porque não estou falando como uma criança e estou com os cabelos soltos, sua reação é natural.

— Boa tarde Senhorita Liliam.

— Por favor sente-se.

Eu aponto para a cadeira a minha frente, do outro lado da mesa.

— Oh, sim, naturalmente. – Cristian responde hipnotizado.

Cristian esbarra na mesa e ela quase vira.

Estou ficando irritada com a cara de bobo que Cristian está fazendo, ah, eu sei porque, normalmente eu encostaria a cadeira dele na minha cadeira e o convidaria para sentar.

Me peguei olhando para os seus olhos agora.

Raios, isso é inevitável, as coisas que ele me falou, antes de morrer envenenado nos meus braços, ainda estão vívidas na minha memória, para mim tudo aquilo só aconteceu há pouco mais de um dia.

— A que devo a visita do duque Owen ao marquesado Normand?

— Ehan, eu gostaria de agradecer a sua assinatura no contrato de anulação, como somos amigos de infância quis vir pessoalmente.

— Não há de quê vossa graça, perdoe-me por aborrecê-lo todo este tempo... o duque pode me perguntar.

— Perdão?

— Pergunte o que quer perguntar, não precisa fazer cerimônia já que, como vossa graça falou, somos amigos de infância.

Ele parece estar chocado, céus, senti falta dessa expressão idiota dele.

— Por qual motivo assinou a anulação? Bem, eu estou perguntando porque há pouco tempo a senhorita parecia... irredutível quanto ao assunto.

Ele está tomando chá agora, mas está suando, Cristian não consegue esconder o nervosismo com a minha mudança repentina.

Ele é tão fofo.

— O motivo principal é a dúvida que eu tenho, se o que eu sinto por ti realmente é amor.

Merda, ele cuspiu o chá.

— Entendo...

— Também estou tentando parar com a minha obsessão, é um trabalho difícil já que o duque não me ajuda.

Que desperdício, se ele continuar cuspindo o chá dessa maneira não vai sobrar nada.

Vermelho ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora