Cap. 11 [ Segunda vida - A continuação do outro lado dele ]

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Vou para o meu ducado receber o último relatório de Lili, já é noite, preciso saber se ela chegou bem e o que aconteceu depois que derrotou os bandidos, não dou muita atenção ao relatório sobre sua ida a uma pequena ferraria da rua baixa.

Dou ordem de extermínio aos cinco filhos da puta que ousaram apontar suas espadas para a futura duquesa Owen, eles receberão um trato equivalente ao pecado que cometeram, o meu esquadrão de assassinos será suficiente.

Será a morte imediata complacente da minha parte?

Deveria cuidar disso pessoalmente?

Se eu levantar desta cadeira ficarei ocupado com eles nos próximos dias, além disso há o bastardo do Eliot, rodeando Lili como um maldito mosquito degenerado, pronto para sugar o que é meu.

Já é madrugada e eu estou ficando louco.

Não vou aguentar esperar até o sol nascer para falar com Lili.

Eu vou ao marquesado Normand, o quarto de Lili fica no primeiro andar desde criança, é ainda mais fácil de invadir.

A lua está tão brilhante hoje, parece que ela também quer entrar no seu quarto Lili.

Eu entro no quarto dela pela janela.

Tsc, está destrancada, maldição, que segurança de merda é essa que ela tem? Estou vendo a minha deusa incomparável dormir como um anjo, apenas o seu rosto está fora das cobertas brancas que tocam o seu corpo.

Eu me aproximo dela e acaricio seus cabelos macios, seu perfume é inebriante, é o mesmo aroma doce e suave que eu senti na varanda do baile imperial.

A lua está iluminando o rosto de Lili, seus lábios são vermelhos e carnudos.

Eu quero mordê-los.

Só cedo aos meus instintos mais primitivos e tento beijá-la enquanto a minha Lili dorme, quando meus lábios estavam prestes a sentir o seu gosto eu levo um soco no queixo, Lili me socou e eu mereci.

— Cristian? Merda, Cris-Cristian? É você? O que está fazendo no meu quarto?!

Que merda eu estava fazendo? Se eu não tivesse levado esse soco talvez não conseguisse parar depois de um beijo, não, eu não ia me contentar com um único beijo, porra, não sou muito diferente do Eliot.

— Você sempre foi tão forte Lili?

— Sim, sempre fui.

Ela me responde com um sorrisinho e balança os ombros, linda.

Não acho que ela tenha se machucado.

— O que está fazendo no meu quarto de madrugada Cristian, eu disse ao duque para nunca mais entrar em contato.

Quando ela terminou de falar eu não tive tempo para ficar chateado pois Lili levantou da cama me revelando uma camisola transparente, meus olhos estão pairando nesses mamilos pequenos e pontudos.

Quero lambê-los, quero apertá-los, eu quero fodê-la agora mesmo e já estou pronto para tal.

— Você está bem? Parece estar ficando vermelho...Kya!

— Fique longe do príncipe herdeiro! Está me escutando Liliam? Me obedeça por agora, depois explicarei tudo!

Eu não sei como consegui me controlar, em um lapso de sanidade dei a volta e saí do quarto dela, pulando pela mesma janela que entrei.

— Cuidado, é muito alto Cristian!

Lá estava Lili na janela, preocupada por mim, apenas por ter pulado de um mísero primeiro andar, tive que parar para admirar o quanto ela é fofa.

— Você é minha Lili.

Amanheceu rápido e eu estou no palácio Winter, sentado ao lado do príncipe herdeiro do reino de Noir, estou quase decepando a cabeça ruiva daquele que supostamente deveria proteger, oferecendo a minha vida se fosse necessário, a deusa sabe como eu estou me contendo agora, apenas pelo bem de Lili.

Quando voltei essa madrugada reli os relatórios restantes e descobri o convite que Eliot enviou a Lili, eu devia estar muito perturbado ontem, quando deixei isso passar.

A porra de um convite para um chá? O que você fará em seguida Eliot? Dopá-la e prendê-la naquela cama cheia de correntes?

Saí com a minha carruagem e entrei pela porta da frente do palácio do bastardo, o meu objetivo era interromper este encontro e nem mesmo o rei poderia me parar, em pensar que eu estava à beira da insanidade por causa do nosso contrato de casamento há sete ou oito meses atrás.

Eu tenho que ser cauteloso com Lili, quase estraguei tudo nessa madrugada, não posso ser tão incisivo senão a afastarei de mim para sempre, mas... está se tornando cada vez mais difícil me controlar perto dela, é quase irresistível.

— Não falará nada Duque Owen? Eu perguntei qual é o motivo da sua visita inesperada ao meu palácio, seja breve pois aguardo um convidado e ele chegará a qualquer momento, aliás, marque uma reunião com o meu secretário ao invés de apenas aparecer quando bem entender.

Esse filho da puta nem ao menos esconde sua hostilidade, não que eu esteja conseguindo esconder a minha também.

— É uma bela decoração vossa alteza, rosas... vermelhas... fios de ouro, rubis, o chá também parece muito elegante.

— É um convidado de honra.

— Combinam perfeitamente com a minha noiva, especialmente as rosas.

— Hahahaha, ex-noiva duque Owen, não esqueça que você mesmo redigiu aquele pedido de anulação, não era o duque que me procurava o tempo todo para que eu e meu pai tentássemos intervir no contrato? Eu até mesmo lhe ajudei a elaborar a anulação.

— Eu queimei tudo, está ficando débil alteza, a anulação que a minha prometida assinou e enviou ao ducado Owen nunca chegou a ser enviada ao palácio do rei, deveria prestar menos atenção aos rumores ou no mínimo checar sua veracidade.

— O quê?! Do que caralhos você está falando Cristian! Você enviou centenas de cópias para o marquesado Normand e já com a sua assinatura!

— Hahaha, eu mandei meus espiões destruírem todas as cópias, acho que o príncipe herdeiro de Noir não esperava por essa, com essa qualidade de espiões temo pelo futuro do reino.

Esse filho da puta ousou bater na mesa enquanto eu falo?! Eu estou perdendo a paciência com esse principezinho arrogante, estou quase, quase...

— Senhorita Liliam Normand Casper acaba de chegar ao jardim do palácio Winter.

Anunciaram a minha bela prometida e nós levantamos para recebê-la.

Ela está tão elegante com esse vestido verde e preto, combina com ela.

Lili arregalou os olhos quando me viu.

Eu não vou te deixar escapar Lili, já é tarde demais para isso.

Esse filho da puta ousou beijar a mão dela, heh, ainda bem que a minha Lili está usando luvas.

— Eu não esperava ver o duque Owen aqui hoje.

— Você me verá com mais frequência do que imagina senhorita Normand.

Eu esboço um pequeno sorriso para a minha prometida.

Lili senta e nós sentamos em seguida, ao mesmo tempo...

— Eu compartilho das suas preocupações senhorita, o duque Owen já estava de saída.

— Eu estava? Não me lembro desta parte na nossa breve conversa alteza.

— Permita-me refrescar sua memória Duque Owen, principalmente a parte onde você marca uma reunião com o meu secretário ao invés de aparecer no meu palácio como bem entender.

— Eu estou atrapalhando vossa alteza imperial? Posso sair e deixar vossa graça...

— Não!

Nós respondemos "não" ao mesmo tempo? Que porra de sincronia bizarra é essa, seu bastardo filho da puta?! 

Vermelho ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora