Cap. 48 [ O olho do servo - O beijo de Lili ]

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Assim que ele termina de mastigar e engolir cada uva Calíx abre a boca sinalizando que devo colocar mais uma, quando chego na última uva ela escorrega dos lábios de Calíx e cai no chão.

— Pegue-a.

Meu corpo começa a se mover sozinho.

— Com os dentes serva.

Eu não tenho mais controle do meu corpo, me ajoelho, apoio minhas mãos no chão e pego a uva com os dentes.

Céus, estou de quatro no chão, de frente pra Calíx e ele está me olhando agora, ele está com um semblante estranho, no que ele estará pensando?

— Agora morda a uva escrava.

O suco da fruta escorre pelo meu lábio inferior.

— Saia, coma a uva e saia do escritório.

O que foi isso?! Pela deusa, o que ele pretende fazendo isso comigo? Ele me deseja ou me odeia? Deve ser uma mistura dos dois, céus, eu não sei nem o que pensar, por favor não esteja interessado em mim nesse sentido!

No dia seguinte Calíx me obrigou a subir em uma escada para limpar os livros de todas as prateleiras mais altas do seu escritório, estou tentando não olhar para baixo, mas as minhas pernas estão tremendo.

Calíx saiu do escritório assim que eu comecei a subir as escadas.

Deusa bondosa, ele faz aparecer banquetes com a sua magia, molda tudo ao seu redor, com certeza ele poderia limpar tudo isso apenas estalando os dedos, mas ao invés disso ele insiste em me torturar dessa forma.

Eu escorreguei, vou cair.

— Socorro mestre!

Eu chamei por ajuda sem me dar conta e antes de atingir o solo Calíx me pegou no colo, lembrei de Cristian, ele também me pegou no colo quando caí de madrugada no ducado Owen, tentando escapar do quarto de hospedes.

Mas a porta do escritório de Calíx não abriu, ele apareceu do nada? Se transportou usando magia? Ou estava... invisível? Ele estava invisível me espionando? Ele está vermelho agora, ele estava me olhando daqui debaixo o tempo todo? Hah, ele estava mesmo espionando a minha roupa de baixo? Mas eu o vi sair e fechar a porta, foi uma ilusão? Nem quando Calíx quase me deflorou eu o vi tão envergonhado dessa maneira, pela deusa, não ouse me olhar dessa forma Calíx! Eu pertenço ao Cristian!

Ele está olhando para os meus lábios agora e eu ainda estou em seus braços.

— Me responda quais ordens estão ativas.

— Chamá-lo de mestre, não falar a menos que seja para pedir ajuda, não me matar, não morrer, não tentar matar o mestre, não cuspir no mestre, não pensar em planos para voltar no tempo, não esconder planos, não fugir, não sair dessa mansão, esquecer que existe palavrões, não mentir e não provocar o mestre sexualmente.

— Então me responda por qual motivo você caiu da escada.

— Eu caí porquê escorreguei mestre.

— ...

Calíx ainda está olhando para os meus lábios, seu rosto está se aproximando do meu, ele vai me beijar, mas eu coloco minha mão por cima da sua boca.

Ele parece estar surpreso e me coloca no chão, estou com medo, sei que não deveria ter feito isso, mas não quero beijá-lo.

— Olhe pra mim serva.

Estou com o rosto levantado agora, olhando nos olhos de Calíx.

— Você sabe que eu posso ordenar que faça qualquer coisa, até mesmo comer seu próprio braço, posso remodelar a sua memória e fazer você me amar, e ainda assim você tem a audácia de me recusar?

Ele me segura pela nuca, está me apertando contra ele, Calíx está me olhando com muito desejo, ele está mirando fixamente meus lábios.

Céus, porquê ele está fazendo isso?!

— Você pode falar agora Lili, não prefere se entregar a mim de boa vontade, ao invés de ver seu corpo se abrir para me receber como antes?

Estou com medo, mas não posso fazer isso!

— Eu não posso fazer isso de boa vontade pois amo outro homem mestre, eu amo o Cristian, eu... eu... amo o Cristian! Isso! Eu o amo o Cristian! Hahaha!

Eu não posso mentir para Calíx! Então isso quer dizer que eu realmente amo o Cristian de verdade agora! Estou tão feliz!

— Ai!

Calíx me empurrou e eu caí no chão, ele parece estar furioso.

— Você, sua meretriz de olhos vermelhos, abra as pernas para o seu mestre.

— Você está louco mestre? Vai me estuprar?!

— Foi você quem me seduziu Lili, você me beijou primeiro!

— Eu nunca fiz isso mestre! Pare de delirar e saia de cima de mim!

Estou no chão com as pernas abertas e Calíx está em cima de mim, rasgando a minha roupa descontroladamente.

— Pare! Por favor pare!

Calíx segura meus braços contra o chão, em cima da minha cabeça, e com uma única mão ele consegue me dominar facilmente, ele está beijando meu pescoço e sua outra mão está apalpando meus seios, eu estou gritando com ele, mas ele parece estar se divertindo com o meu desespero.

Estou sentindo o membro dele por cima da minha roupa íntima novamente, ele está duro, está se esfregando contra mim.

Céus, ele rasgou a minha roupa de baixo novamente.

— O rato vermelho parece tão fraco agora

— Me dê uma espada que eu lhe mostro quem é o fraco de verdade aqui!

— Você tem a audácia de resistir?!

— O mestre está tão carente e desesperado que nem se dá conta do que está fazendo!

— Carente? Desesperado? Hahaha! Foi você quem se jogou nos meus braços primeiro Lili, não negue! Já é tarde demais para voltar atrás!

— Eu não fiz isso! Me solta! Não ouse me tocar!

— Eu vou enfiar ele dentro de você agora Lili, não serei gentil, eu quero que você sinta muita dor quando eu te comer.

Calíx encosta sua glande na minha pequena abertura, eu ainda sou virgem nessa vida, ele se prepara para me penetrar e me beija, mas eu mordo seu lábio superior e sinto o gosto do sangue dele, Cálix me solta por um instante e eu desfiro um forte tapa no seu rosto.

— Você não é um homem Calíx, é um monstro!

Ele está imóvel olhando pra mim, está visivelmente chocado com as minhas palavras, parece até mesmo um pouco triste.

Calíx saiu de cima de mim e desapareceu no ar, bem na frente dos meus olhos.

Vermelho ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora